sexta-feira, 10 de maio de 2013

Porque eu bebia tanto?



Puta merda... Nem entrava mais cocaína no meu nariz. Eu já nem cheirava mais tanto "Havia perdido a graça" Eu pensava. Se era mentira eu não sei, mas me parecia bem mais fácil beber e não cheirar. Enfim, minha vida seguia muito bem ainda. As pessoas me chamavam pros rolês, às vezes eu ia, às vezes não. Houveram dias em que preferi ficar em casa. Lia Bukowski desenfreadamente, ouvia Alice in Chains e Nirvana e bebia como uma esponja. Bem legal isso, de ficar em casa e beber sozinho. Gostava mesmo, e fazia isso bastante. Chorei naquela tarde de sexta-feira, mas juro, não sabia o porque. O telefone insistia em tocar, me ligavam, me chamavam, insistiam em me chamar pros rolês. Eu era, naquela altura, o Carlos Louco! Me adoravam, sim, todos me adoravam. Gostavam da forma como eu me drogava. Viam aquilo e pensavam "Bom, eu tô de bouas perto desse degenerado!" Acho que era por isso que me adoravam... Mas naquela noite de sexta eu já havia bebido tanto, mas tanto, que nem sentia meu rosto mais. Tava tudo anestesiado. Por Deus, eu era um completo degenerado, nem andar mais eu conseguia. Chamei a Carlinha pra sair no sábado, sim, estava me dedicando a uma mulher, mesmo ainda com medo de me apaixonar (porra! eu estava apaixonado???) Jesus, me ajude! Porque eu bebia tanto, porque? Queria só saber o motivo, só isso! Estava preso no alcoolismo, sem ao menos saber o porque. Porque eu bebia? Eu nem sabia na realidade. Mas enfim, a vida seguia e as coisas andavam e isso que importa né?

Zaratustra

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