terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Casar, aliança no dedo, ter filhos...



Me deparei com a seguinte pergunta: será que alguém ainda curte casar, ter filhos, usar aliança nos dedos? Bom, me senti dividido. Eu até curto a ideia, mas aí é que está o problema, não se arruma uma mulher que justifique isso, manja? O problema das pessoas é que elas tem medo da solidão, e por isso ficam com qualquer um, namoram, e quando vão ver estão prenhes e divorciados. A paciência nesse sentido é bem escassa, e isso amassa minhas bolas de raiva saca? Me enoja algumas atitudes, mas cada um cada um, já dizia um velho ditado. O que a vida me ensinou é que o ser humano aprende 90% das coisas depois de errar, e pelo menos, 50% depois de errar duas vezes. E isso é uma lição valiosa. Somos seres empíricos, experimentativos, mas as pessoas acham sempre que o problema é o outro quando não dá certo, sendo que na real, o problema é com a pessoa. Aí, na afobação, no medo de ficarem sozinhas, pulam de galho em galho, relacionamento em relacionamento, e sempre dá merda, e sempre vai dar merda enquanto pensarem assim. "Ahhh como eu sofro, não acho ninguém, ahhhh meu Deus", reclamam essas pessoas, mas aí é que está o problema. As pessoas ficam pouco tempo sozinhas, tão pouco tempo que não conseguem se conhecer, não conseguem evoluir por si mesmas. Sempre são moldadas de acordo com a pessoa que estão namorando no momento, mas esse molde é muitas vezes falso, porque não é sincero consigo mesmo. A solidão tem como consequência o auto-conhecimento, e assim aprendemos a nos tornar mais seletores nos nossos relacionamentos, desistindo da ideia de engatar qualquer coisa com o primeiro babaca ou a primeira puta que apareça.

Casar, aliança nos dedos, ter filhos, parece uma boa ideia, mas a paciência não vai me fazer cometer o mesmo erro duas vezes. As coisas tem que acontecer no seu tempo, e espero que as pessoas abram a cabeça para essa forma de pensar. Acho que isso é o futuro. Acho que isso é a felicidade.

Zaratustra

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Houve um tempo...



Houve um tempo na minha vida, há algum tempo atrás para ser mais exato, em que eu tinha resolvido me ajustar socialmente, me incluir e ser como todos são. Tinha uma esposa, pensava em pegar um cachorro e criar uma família, sei lá, ter uns dois filhos, um casal, um menino mais velho e uma menina mais nova. Criar raízes, porque não, raízes são sempre boas né? Arrumar um empreguinho qualquer, de segunda a sexta, que servisse para pagar minhas contas e um churrasquinho nos finais de semana. Bebida, só de leve mesmo. Uma cervejinha na sexta, lavar roupas no sábado. Nas noites de sábado, uns dvds, coisa bem de leve, só pra ficar ali, deitado de boa, comendo pipoca e tomando guaraná. De domingo, acordava cedo, arrumava a casa toda "Meu Deus, isso cansa" pensava, mas com aquele sorrisinho na boca de quem procura melhorar a si mesmo saca? E de tarde chamava os meus amigos e os dela, fazíamos um churrasquinho, compravamos uns dois fardos de cerveja, e ficavámos ali, tomando, ouvindo um sonzinho suave, coisa leve, do tipo de Seal, Duran Duran e Genesis, saca? E bebia de leve, sempre de leve mesmo, sabendo que na segunda estaria pronto para trabalhar de novo. Pagar as contas, o aluguel, a luz, o telefone, a internet, aff era tanta conta que nem lembro todas. E de segunda a sexta, chegar em casa de boa, dormir cedo, assistindo um programinha qualquer na TV, só pra ficar bem de leve mesmo sabe? Sem essas noitadas exageradas que sempre me perseguiam. E era feliz assim, só na cerveja, sem exageros, isso me pareceu bom por algum tempo. Planejava ficar o resto da vida assim, cuidando da casa e tomando brejas suaves no domingo.

Mas isso não passou de um nada, um nada vezes nada, que acabou me levando a nada. E hoje sou feliz, bebo bastante, arruaço, e a vida segue nos seus conformes, tudo está sendo como realmente deveria ser saca? E já não tento mais lutar contra a vida, ou me adequar aos padrões. O que for mais interessante eu faço. E para as consequências que vierem, estou preparado.

Zaratustra

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Festa, alcool e foda



Sentado no sofá, em um estado de moleza alcoolica. Estava lá, assistindo qualquer merda que estivesse passando, mudando entre as tragédias, passando pelo futebol e vendo as fofocas das celebridades. "Porque não?" Pensei que essas porras podem ter uma vida um pouco mais interessante. Abro a geladeira e vejo que a bebida acabou. "Puta merda, sair bêbado pra comprar mais bebida é uma merda!" O caixa do mercado sempre fica te olhando com um olhar de nojo, desprezo e pena. Mas eu não tinha outra opção. Era isso ou logo eu ficaria sóbrio. Decidi rumar ao mercado, munido de dinheiro suficiente para comprar muitos refis destes amados destruidores de fígados e sonhos. No meio do caminho ouço uma voz gritar meu nome:

- Carlos! Carlos!

Quando me viro, vejo um sujeito muito magro, e que tinha um rosto meio engraçado, com as sobrancelhas pesadas e os lábios grandes. Era Renatinho, um amigo meu de longa data.

- Fala Renatinho. Que que você manda?
- Então mano, vai fazer alguma coisa hoje?
- Honestamente tenho grandes planos. Estava indo no mercado comprar uma garrafa de vodka, uma de coca e umas brejas. As minhas noites de sexta consistem em beber.
- Qual noite que você não bebe, não é mesmo? Hahaha Mas enfim, hoje vai rolar uma festa na casa da Valéria.
- Quem é Valéria?
- Amiga da Claudinha, aquela dos peitos grandes e de cabelos enrolados.
- Ahhh sim a Claudinha... Belos peitos aliás. Enfim, não sei cara. Tô meio pra baixo pra ir em festas - na verdade a ideia de beber com pessoas me assustava naquele momento. Preferia mil vezes beber sozinho.
- Vamo lá mano. Tá cheio de mulher. Quem sabe a gente não arruma uma bela trepada?
- Pelo tanto que eu bebo, acho difícil eu estar de pé. Mas agora estou curioso pra ver quem vai comer quem naquela porra. Beleza, vou sim. Precisa levar alguma coisa?
- Sim, tem que levar algum drink.
- Beleza, vamos passar no mercado. Ia pra lá de qualquer maneira.

Comprei uma garrafa de vodka e uma de coca, deixando um fardo de brejas pra uma outra hora. Renatinho comprou uma garrafa de conhaque e uns maços de cigarros. Passei em casa, dei uma cagada demorada, e antes do banho me olhei no espelho. Percebi que anos nessa vida de alcoolismo estavam me destruindo. Minha barriga estava visivelmente crescendo, o rosto estava muito mais velho e a aparência como um todo estava um lixo. De qualquer forma, tomei banho e coloquei uma roupa qualquer. "Conseguir uma trepada... Tái um negócio meio que impossível hoje." Não sou muito otimista nesta área. Mas ia ter bebida. O importante é tentar ficar bêbado pra ver se aquela porra faria algum sentido alguma hora. Terminei de me arrumar e saí de casa. Ahhh claro que dei uma grande golada da vodka no caminho, pra não chegar lá totalmente sóbrio.

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Cheguei ao local da festa. Era um apartamento bem localizado, ali próximo à Domingos de Moraes, a uns cinco minutos da estação Vila Mariana. Quando cheguei à porta e toquei a campainha, veio me atender um cara grandão, tatuado. Aquela porra deveria ter uns dois metros de altura.

- Pois não? - perguntou o mal encarado.
- Opa chapa, beleza? Sou amigo do Renatinho e da Claudinha. Eles devem estar aí já - respondi meio com o cu na mão.
- Ahhh sim, tranquilo irmão, pode entrar.

Não sei que diabos aquele cara era, porque no resto da festa, ele foi pro seu quarto e se trancou. Enfim, não vou julgar o cara pra não me fuder não é mesmo? Era melhor beber e ficar na minha. Logo que entro, chega Renatinho, abraçado de Claudinha, já meio alterado pelo conhaque.

- E aí seu puto! Bom que você chegou ainda cedo. A gente já tá no esquenta aqui.
- Fala sua chupeteira. É, meu banho acabou demorando demais, tava pensando na vida man.
- Ahhh cara, você pensa demais na vida - respondeu ele de forma contrariadora
- Cara, ou eu bebo, ou eu penso na vida. Sempre algum dos dois.

Enfim, não quis delongar muito aquela discussão e entrei na porra da festa. Já fui direto na cozinha. Resolvi pegar uma brejinha, pra ficar de leve, e montei um drink de coca com vodka. Sempre seis dedos de vodka e dois de coca. "Assim economizo coca e fico bêbado mais rápido" pensei. Bom, me servi, e fui na sala. Imagine um lugar com um clima pesado. Estavam quase todos bêbados. E, puta que pariu, quantos amigos feios aquela Valéria tinha. Já de cara, percebi uma mina feia pra caralho me olhando com cara de safada. Ela tinha um rosto estranho, meio torto ou sei lá. E o corpo, meu Deus. Ela não era gorda, mas tinha um corpo esquisito. Parecia ser deformado também. Enfim aquela porra era o resumo do que aconteceu em Chernobyl. "Eu cuspi na cara da sorte, só pode ser isso, puta que pariu", pensei dando uma grande golada na cuba, e em seguida dando uma golada de leve na breja. Resolvo acender um cigarro quando a anfitriã da festa se apresenta pra mim. Era uma mulher sensacional. Tinha um belo par de coxas. De seios ela era normal, mas as coxas e a bunda, pelo amor de Deus! Que delícia de mulher! Tinha um cabelo grande, moreno e bem liso. Um rosto bem comum, mas ainda assim era uma gracinha.

- Oi, você deve ser o Carlos, amigo do Renatinho.
- O próprio minha linda. E você deve ser a Valéria?
- Sim sim hihihi, a própria também. E aí, ta curtindo aqui?
-  Olha, vamos esperar eu ficar bêbado e eu respondo, pode ser minha linda?
- Ahhh sim, Renatinho disse que você bebe como uma esponja. O que você faz pra viver?
- Olha gata, o meu trabalho não importa, porque ele paga minha bebida. O que eu faço pra viver é beber e escrever merda. Nisso se resume minha vida.
- Hmmm entendi hihihi tá bom, fica a vontade aí escritor hihihi
- Valeu gatinha, ficarei com certeza - respondi olhando com uma cara de gigolô barato.

Dei mais um grande gole do meu drink, matando o copo, e para amenizar o gosto forte, mais uma grande golada na breja e outro cigarro. Acendi o cigarro, fumei, dei umas tragadas e fiquei de canto na festa, bebendo e fumando. Assim que acabou a breja, fui na cozinha, peguei um grande copo, coloquei conhaque e vodka misturado "Vamos ver que merda isso vai dar" Sabia que ia me deixar bêbado mesmo. Peguei mais uma brejinha, acendi um cigarro e fui pro canto da sala do apartamento. Dei uma grande golada naquele experimento "Meu Deus, que bagulho ruim, tá loko mano!" Aquela merda era horrível, mas ainda assim forte o suficiente, e isso que importa, não é mesmo? Dei um grande golada na breja e me senti aliviado. O gosto horrível tinha ido embora. Continuei de canto tragando meus cigarros, quando Valéria se aproxima com aquela mina feia "Puta que pariu sem dente, essa porra é mais feia ainda de perto. Melhor continuar bebendo pra aguentar essa cara feia me olhando!" Pensei, dando uma grande golada naquela mistura de merda e uma tragada fudida no meu Marlboro.

- Olá Carlos - disse Valéria já me empurrando aquele encosto - Essa daqui é a Fabi.
- Opa Fabi, belezinha? - respondi, dando um beijo naquela cara feia
- Oiiii hihihi e aí, tudo bem? E aí, curtindo aqui? - me perguntou o encosto.
- Ahhh só de boa no meu canto. Bebendo pra ver se o tempo passa mais rápido, sabecomoé né.
- Hmmm sim sim, o Renatinho disse que você bebe bastante.
- Olha querida - respondi, dando uma golada fatal no conhaque com vodka e em seguida outra golada fatal na breja - eu gosto de beber. Se eu gosto, tento fazer bastante - respondi, meio tonto já, e percebendo que estou começando a groselhar.
- Ahhh sim. Eu estou indo pegar um drink, quer alguma coisa?
- Uma vodka pura, beeeem gelada, uma breja, não muito gelada, por favor - pedi já sabendo que a fodeção me parecia inevitável. "Melhor estar bêbado", pensei, acendendo outro Marlboro vermelho.

A filha de Satã foi na cozinha e Valéria me pergunta:

- E aí, gostou dela? - perguntou já esperando uma resposta negativa.
- Olha, não faz muito meu tipo, maaaas acho que rola sim - respondi pensando que aquela porra não fazia o tipo de ninguém.
- Beleza hihihi vou agitar com ela também.

A tal Fabi chegou, trouxe meus drinks e pra ela uma dose macia de Jurupinga. Brindamos, demos uma grande golada em nossas bebidas (sempre mandando uma brejinha depois), e vi ela e Valéria saindo de canto. Agora que eu já não estava tão sobrio, resolvi dar uma volta no local. Cheguei em um dos quartos. "Cheirinho bom", pensei, sentindo cheiro de maconha no local. Entro, e encontro meu amigo Renatinho, já em altos pegas com a Claudinha e fumando um beck em roda com algumas outras pessoas feias o bastante para mutilarem o próprio rosto de vergonha. Me sentei, matei a vodka em uma golada final, e comecei a dar uns pegas. Aquela erva tava esquisita, certamente era bosta de cavalo. A vontade de vomitar veio, mas segurei, mandando um gole da breja pra ajudar aquela merda a descer "Porra, nem de maconha essas porras entendem" pensei com a mão na boca, logo depois de engolir a breja e o gorfo. Enfim, já meio alterado por aqueles becks de bosta de cavalo - fumamos quatro daquelas merdas - eis que chega Fabi, me chamando pra ir pra um terceiro quarto com ela.

- Peraí - respondi - vou lá na cozinha pegar um drink. Você quer alguma coisa, sua linda? - "Puta que pariu, linda foi foda" pensei, sabendo que estava pronto pra encarar aquela merda.
- Não hihihi, tô tranquila - me disse ela com aquele olhar de buceta molhada.

Fui na cozinha, abri a geladeira, peguei a garrafa de vodka e coloquei na mesa. Enchi um copo, virei. Resolvi então pegar a garrafa e mais umas duas brejas. Saí, acendendo um cigarro e tragando bem forte. Aquela noite ia ser difícil. Cheguei no tal quarto. Imaginem um lugar bem sujo, sujo mesmo. Tinha umas baratas andando, e umas camisinhas usadas no canto. Pensei que aquele quarto deveria ser o tal "quarto da foda" pois o cheiro de sexo e putaria estava iminente. Resolvi matar em uma virada so a breja. Senti o gorfo vir, me deitei e a filha da rapariga começou a me chupar. "Até que ela é boa nisso, ou estou bêbado demais" pensei. Resolvi entornar a garrafa de vodka. A partir daí, o tempo fechou, pois não lembro o que aconteceu.

No dia seguinte, acordo com a tal Fabi na cama do meu lado, uma garrafa vazia de vodka na mão e uma camisinha no pau. "Essa é a parte boa de trepar com mulheres sóbrias, ela se protege e eu também", pensei já procurando um cigarro. Acendi meu cigarro, dei umas boas três tragadas fortes, vi que Fabi estava dormindo e levantei. Fui no banheiro, dei um peido, uma mijada deliciosa e me vesti. Fui na cozinha, peguei uma latinha de breja, abri, dei um gole monstro, peguei o resto do conhaque que estava lá. Todos ainda dormiam. Saí de lá e fui bebendo minha breja no caminho pra casa, aonde cheguei e dormi mais.

Zaratustra


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sinais da velhice precoce



Me olho no espelho, completamente nu, me vejo por inteiro
Dou uma golada na garrafa de vodka - que desceu rasgando aliás...
Vejo que estou começando a ficar velho, velho mesmo
Não digo que estou com rugas, mas parece que em dois anos de uma vida complemente maluca
O meu corpo está pedindo arrego
A barriga já está pretuberante
A barba enorme, parecendo um mendigo sujo
Alguns cabelos brancos já estão visíveis... principalmente dos lados
Sei com certeza que vou ficar calvo ainda um dia
Ahhh, mereço mais um grande gole da vodka - que desceu rasgando de novo aliás
O rosto. Não queria nem falar do rosto. Já está destruído, com certeza
Sempre aumentam minha idade. Nunca é pra menos, sempre pra mais
E quando subo uma escada? Chego morrendo. Parece que meu pulmão tá desistindo também
E a cabeça? O psicológico em si, a visão do mundo... Isso é ainda pior
Acho melhor dar mais uma grande golada na vodka - que desceu rasgando pela terceira vez
Os sonhos estão cada vez mais complicados
A aversão às pessoas está cada vez maior. Sempre fico encanado com tudo e com todos
Confiança: palavra complicada hoje em dia. A ingenuidade faz parte do passado
Aquele brilho nos olhos foi trocado por profundas olheiras
E quanto aos relacionamentos, namoros, ficadas e afins? Meu Deus, melhor nem comentar
Mais uma grande golada na vodka - que está descendo sempre rasgando aliás
Agora consigo falar disso
Parece que as coisas estão cada mais mais complicadas, e a esperança nisso está morrendo
Mas não fico mal com isso. Talvez seja o melhor mesmo, pra todo mundo que eu pense assim
Outra grande golada na vodka - que desce rasgando
Olho a garrafa. Talvez cada rasgada que essa vodka me dá
Seja um corte na minha juventude, nos meus sonhos e esperanças
Bom, acho melhor matar e garrafa e ver o que vai dar.

Zaratustra

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pensamentos de um dia de ressaca



Acordei. Abri os olhos e vi um copo quase cheio de alguma coisa. Bebi tudo o que tinha lá em uma única golada. Senti que era vodka. Na verdade eu sabia que água com certeza não era. Eu nunca bebo água, porque diabos eu deixaria um montão de água num copo do meu lado? Olhei no celular, buscando saber as horas. Eram 13h34. Pensei "caralho, ainda está muito cedo", mas decidi levantar de qualquer maneira. Somente depois que levantei que eu percebi a peculiaridade de ter um copo do meu lado "geralmente eu bebo direto do gargalo, porque tem um copo? O que será que me levou a isso ontem?" Enfim, como não tinha um resposta plausível resolvi continuar de pé e fui em direção à cozinha, com uma dor de cabeça dos infernos. Juro que pensei em pegar um daqueles remédios pra dor de cabeça, mas aquela merda iria me dar muito sono e não estava muito a fim de dormir. Aí pensei em alguma coisa mais alternativa para me curar daquele maldito incomôdo. Abri a geladeira para checar os estragos da noite anterior. A garrafa de vodka no finalzinho. Uma garrafa vazia de Contini. Uma outra de Caipiroska, também vazia. Eis que olho uma de Jurupinga, ainda fechada (para o meu total espanto) e umas quatro ou cinco latinhas de cerveja. Resolvi pegar logo a Jurupinga. Já que é pra tomar remédio, que seja um forte. Servi um copo com uma generosa dose. Dei uma golada que desceu rasgando. Dei outra, essa já mais suave. Olhei que em cima da mesa haviam dois maços de Marlboro vermelho. Um deles amassado e claramente vazio. O outro tinha pouco menos da metade já fumado. Percebi que fumei muito naquela noite. Peguei o maço, fiquei com preguiça de procurar o isqueiro e resolvi pegar fósforos na cozinha mesmo. Saí para o quintal, peguei uma cadeira para me sentar e outra para apoiar meu cinzeiro, minha bebida e o celular. Coloquei um sonzinho de leve, só pra dar aquela relaxada. Já estava no meu segundo copo quando percebi que a dor de cabeça estava passando. "Santo remédio! E as pessoas perdem tempo indo na farmácia quando o remédio pode ser o próprio causador da merda toda: o alcool."

Estava tentando reconciliar os fatos do que tinha acontecido na noite anterior. Lembro de muita coisa, mas o problema é que quando bebemos nunca sabemos uma frase completa do que foi dita. A gente lembra do contexto do que falamos, das ideias que foram discutidas, mas nunca uma frase inteira. Nem uma frase sequer! Já matando o segundo copo, resolvi pegar uma cerveja e acender um cigarro. Aquela cerveja descia mais suave do que água e me ajudou a matar a sede causada pela maldita ressaca. Enfim, lembrava do que havia ocorrido na noite anterior. Geralmente nas noites de sexta eu fazia exatamente a mesma coisa que fazia todos os dias: acordava cedo, pegava um trem lotado com um monte de gente fedida e sem esperança, que ficavam falando do capítulo da novela e reclamando do prefeito e do governador. Ia para a faculdade, almoçava, trabalhava, pegava o mesmo trem com os mesmos filhos das putas e depois passava no mesmo bar. Pedia todos os dias a mesma coisa. Chegou um ponto que eu não precisava nem pedir. O garçom na real devia estar cansado de ver minha cara. Lembro que sentei e falei com o cara:

- Amigo, me trás três St. Remys e uma dose de Old Eight.

Muitos achavam estranho eu pedir as três doses de uma vez. Honestamente eu não tenho uma explicação coerente pra isso, sei que gostava de pedir assim e foda-se. Não ligava se a bebida ficava quente, porque independente da temperatura aquela merda ia me deixar bêbado, e esse era o objetivo! Fazia sempre da mesma maneira, de segunda a sexta, porque nos sábados e domingos costumava só beber em casa. Tomava um gole pequeno do whisky, e um gole grande do St. Remy, até acabar com os quatro copos e sair do lugar, trançando as pernas e rindo sozinho, pensando em qualquer merda. Eis que quando chegava em casa, pegava uma garrafa de vodka, deitava no sofá e ficava tomando até cair no sono. Parece algo agressivo, mas era minha única escapatória. Estava me divorciando, e morava com uma mulher que não era minha esposa e ainda por cima a vadia tava dando pra outro já. E a puta nem trabalhava, eu que sustentava ela. Em resumo, eu mantinha ela pra outro cara comer. O banho que ela tomava pra ficar com a buceta limpa, saia do meu bolso, mas quem colocava a língua lá não era eu. A comida que deixava a bunda dela gostosa, era paga por mim, mas eu não encostava lá, era o outro. E ela se recusava veemente a sair de casa, e a situação toda era uma merda pra mim, portanto eu bebia pra ver se as coisas passavam mais rapidamente. Geralmente, quando estava deitado no sofá bebendo, não lembrava de tudo exatamente como acontecia, mas meio que por espanto tinha forças suficientes para acordar no dia seguinte e fazer tudo de novo. Mas acho que pelo fato de ser uma sexta-feira eu acabei exagerando. Sou assim com relação à bebida. Eu bebo até acabar, ou até onde eu conseguir, até desmaiar. Admiro muito aquelas pessoas que falam "hoje vou beber somente três cervejas e parar" e que realmente conseguem fazer isso. Eu não sou assim, eu vou bebendo e bebendo e bebendo e ver o que acontece. E na sexta acho que acabei exagerando. Não sou muito de fumar e na sexta comprei dois maços. O problema é que eu tiro o maldito filtro do cigarro, e isso acaba fudendo ainda mais a porra toda. "Fumar essa merda sem filtro deve fuder os dentes", sempre penso nisso. No pulmão eu não penso, até porque o que eu consigo ver são os dentes. No dia seguinte sempre rola uma falta de ar, mas que depois acaba passando.

Já tinha matado a latinha de cerveja e estava indo pro quarto copo de Jurupinga e pra mais um cigarro. Pensava coisas aleatórias. "Caralho, a bebida fode por causa disso. A gente acorda mal no dia seguinte por ter tomado um porre fudido, aí como estamos tristes bebemos mais. É tudo um círculo vicioso!" De qualquer forma resolvi continuar bebendo. Naquele ponto levava a bebida a sério, era meio que meu trabalho. A grande questão é que as pessoas não queriam (ou não conseguiam) me acompanhar nisso. Por isso sempre bebia sozinho. Acho que o pior alcoolatra é aquele que bebe sozinho. Se você é um daqueles caras que bebe em festas e baladas e pega várias mulheres e se diverte, acho ruim, mais ainda é melhor. Beber sozinho remete à depressão. Beber entre amigos é sempre uma festa. E eu era o tipo de cara que bebia sozinho e ficava pensando merda. Lembro um dia que pensei "quer saber, acho que vou num puteiro. Comer aquelas mulheres tristes e sem perspectiva, ver o que elas conseguem fazer" Mas acabava desistindo sempre. O dinheiro que eu gastaria pra me divertir com uma puta por uma hora, iria me garantir dias e dias de bebedeira. Colocando tudo numa balança, sempre valia investir em bebida. Já não tinha muitos planos na época. Tudo o que eu pensava em comprar, como roupas, celulares ou qualquer outra coisa, eu acabava desistindo pra comprar bebida. Simplesmente porque me parecia uma aplicação mais construtiva.

Resolvi pegar meu quinto copo de Jurupinga e mais uma breja. O esquema era tomar a Jurupinga, e na sequencia beber a breja. Não sei porque, mas a sensação era agradável. Comecei a sentir algumas dores estomacais, mas estava naquele ponto em que eu pensava "bom, se eu continuar bebendo de duas uma: ou essa dor passa ou estarei tão bêbado que desmaio e pelo menos não sinto a maldita dor." Era aquela maldita dor aguda que não me deixava fazer nada. Com certeza eu sabia que tinha que pensar em alguma coisa pra fazer naquela tarde de sábado. Sei lá, pegar o telefone, ligar para algum amigo meu? Pensei que não, porque provavelmente eu teria de estar sóbrio para fazer qualquer coisa e definitivamente sobriedade é algo que me assusta. Com muito custo matei mais um cigarro, e estava já no fim do sexto copo de Jurupinga. Tinha que me levantar para pegar uma breja, mas estava muito cansado. Aí comecei a pensar em como a apatia sempre fica enorme em algumas situações. Não que a bebida me deixasse apático, longe disso na real. Ela sempre me deixava o cara mais verdadeiro do mundo, mas a maioria das pessoas que são sóbrias acabam sendo apáticas, no estilo de um maldito zumbi. Se fecham em um canto e tem preguiça demais de fazer as coisas, de lutar pelo que querem. Isso me fez refletir, e tive motivação para pegar minha lata de breja na geladeira.

Já com a lata na mão resolvi tomar coragem e subir para o quarto. Me muni das minhas armas, pegando a garrafa de Jurupinga (que aliás já estava no final), o maço de cigarros e a latinha de Itaipava e subi. Geralmente não fumo no quarto, mas pensei "bom foda-se, não tenho muito com o que lutar mesmo, um pouco de cheiro de cigarro no quarto não vai matar ninguém". Sentei na cadeira, liguei o PC. A puta da minha mulher (que não era mais minha), estava em sei lá diabos aonde, portanto sabia que teria um fim de tarde e noite agradáveis, sem pentelhação, sem pessoas me julgando. "Hoje o fim de dia vai ser suave", pensei, acendendo um cigarro e matando em um único gole o sexto copo de Jurupinga e na sequência mandando uma boa virada da breja. Por fim traguei o cigarro e coloquei um sonzinho. Um Floyd sempre me faz refletir. Estava lá eu, no meu alcoolismo solitário quando o telefone toca.

- Oi - atendi de forma meio seca (não sabia de quem era aquele número, e naquele dia não estava pra gentilezas)
- E aí Zaratustra bele? É o Augusto cara.
- Porra mano beleza. O que vc manda?
- Ahhh cara, sabadão, vamos fazer um rolezinho? Tô querendo dar um pulo na Augusta.
- Afff cara, acho que nem rola ein - respondi, dando um grande gole já no meu sétimo copo de Jurupinga - Tô meio destruído hoje. Acho que vou ficar suave. Ressaca fudida.
- E quando você não está de ressaca né? - respondeu ele em tom de brincadeira, mas ao mesmo tempo senti certa preocupação - Bom você que sabe cara, qualquer coisa dá um toque.
- Beleza mano, abraços.

Desliguei o telefone e dei uma golada grande na breja, na verdade grande o suficiente para acabar com a lata. Acendi um cigarro, e enquanto soltava a fumaça, pensei "porra, parece que sempre as pessoas tem que sair, e se divertir e trepar e beber com várias pessoas" E isso não deixa de ser verdade. É uma mania de querer se manter ativo socialmente que por vezes me enoja. Eu até tinha forças para sair, mas se for pra ficar bêbado na rua, que eu ficasse bêbado em casa oras! Resolvi matar o sétimo copo de Jurupinga. Vi que na garrafa só tinha mais um restinho. Peguei esse restinho, desci para a sala e fui na cozinha. Peguei o que percebi ser a última latinha de cerveja na geladeira "chegamos na hora da tristeza" pensei, vendo que a Jurupinga e a breja estavam no final. Mas acho que o efeito da bebida me fez rir de besta, e logo esqueci que a pior hora do dia estava pra chegar. Sentei no chão, virei em três grandes goladas o resto da Jurupinga, acendi outro cigarro e comecei a pensar pra onde estava indo e o que estava fazendo com tudo o que havia construído em todos aqueles anos de alcoolismo, de casamento, de celibato. Percebi que tinha colocado meu pau no lugar errado por muitos anos, e, naquele momento era melhor evitar de entrar com ele em qualquer outro lugar. Me restava a bebida. Não lembro de ter tomado a última cerveja. Provavelmente peguei no sono e sabia que eu dormi com um sorriso no rosto, porque apesar dos pesares, aquele dia havia sido muito bom.

Zaratustra

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sobre mulheres "perfeitas" e porque elas ficam com os babacas



Universalmente existe entre os homens uma dúvida. Porque as mulheres consideradas como "perfeitas" para os homens, sim, aquelas que são descontraídas, bonitas, divertidas e simpáticas não ficam com os caras ditos "perfeitos" que se esforçam e se apaixonam por elas, lutando bravamente para fazê-las felizes?

Em tese, já adianto que o que irei dizer pode soar como falso, agressivo, parcial ou qualquer outra ideia do gênero. Mas entendam meus amigos, que meu objetivo sempre será o esclarecimento e a melhora do ser humano, da sociedade e, por que não, dos valores. Tudo o que penso é muito bem analisado. Portanto, lhes digo, homens da mais triste feição: as mulheres "perfeitas" estão solteiras por causa dos próprios homens "perfeitos"!

Xinguem agora rapazes, vamos lá, me crucifique. Digam que estou errado, estou pirando, que nada mais está fazendo sentido. Digam que a vodka finalmente terminou de destruir minhas linhas de raciocínio coerente. Agora o que resta são apenas ideias dispersas e sem nexo. Digam isso agora.

Pronto, agora que já fui crucificado, me deixe explicar a ideia desse pensamento. Vamos fazer uma pequena hipótese. Imagine uma garota "perfeita". Linda, divertida, engraçada, fala bobagem, gosta de games, futebol, alcool ou qualquer outra coisa que seja dita como "masculina". Pois bem, agora vamos pegar essa garota e colocá-la no meio de homens ditos "perfeitos". Ela, por ser "perfeita" também, vai se entrosar muito bem. Vai ser como um garoto conversando com outros, só que vai ser mulher (e linda!). Obviamente vai atrair olhares dos outros caras. Muitos vão pensar em partir pra cima dela, tentar uma aproximação melhor. E ela pode recusar ou aceitar o que lhe for proposto.

Beleza, vamos para outra hipótese. Peguemos essa mesma mulher. Agora, ela está namorando um desses caras "perfeitos". E ela por ser "perfeita" continua tendo muitos amigos homens. Como lidar com toda essa exposição que é exercida sobre ela. É tipo uma zebra na África, em que os leões correm todos atrás, sedentos pela carne. Ela pode estar namorando, mas ainda assim, os outros caras vão conversar com ela. Pra esses outros caras (maioria desses caras na verdade), ela é só um homem de saia. Gostam da amizade, mas não querem necessariamente pegar ela. Porém amigos, me desculpe a ofensa que virá. O que a grande maioria (grande mesmo, quase total) desses homens "perfeitos" têm como principal defeito? A insegurança! Sim, somos todos grandes inseguros (me uno a vocês amigos, também tenho meus problemas). E no momento em que vemos a nossa grande musa platônica ameaçada pela grande matilha de lobos, acabamos destruindo tudo o que construimos. Sufocando de uma forma que ela não suporta, resultando na grande ecatombe universal do término.

E os babacas, sabem o que eles têm? O foda-se engatilhado. Pra eles tanto faz, eles não ligam muito para a garota. Dão o carinho necessário só no começo, com o objetivo de fazê-las se apaixonarem por eles. Com isso conquistado, eles vão para a sessão foda-se, gerando sofrimento da parte dela, mas ao mesmo tempo uma apatia tamanha, que ela fica impossibilitada de resolver a situação, se entregando ao choro e ao sofrimento silencioso. Ela rasteja por ele, e não ele por ela. Os níveis de segurança beiram a imbecilidade, mas ainda assim funciona. E o cara "perfeito" aonde está? Se apaixonando por essa garota e reclamando que ela está com o babaca e não com ele. Welcome to my world!

Porém, é importante ressaltar que o mais importante, quase sempre, acaba sendo o equilíbrio. Sejamos carinhosos e atenciosos durante todo o relacionamento. Vamos parar com essa ideia de ter a pessoa na mão. Controlar ela. O que sente, o que pensa, o que faz e fala. Entendam que é uma parceria. Vamos no ritmo delas, sem afobação, sem desespero. Desespero não leva a nada. Vamos abrir exceções, ouvir o que ela tem pra falar, impor nossas opiniões, sempre com muito respeito. E claro, vamos matar a insegurança! Não vamos temer uma traição. Se for pra acontecer, vai ser independente da insegurança. O que pode impedir são nossos atos dentro do relacionamento, e não a tentativa de cortar influências externas. Elas sempre vão existir. Vamos pensar mais em nós, e em como administramos nossos relacionamentos.

Espero que tenha ficado claro que um dos maiores problemas da humanidade (se temos condições de engrandezar tanto isso) não passa de culpa dos próprios que reclamam. Ah, e gostaria muito de agradecer à pessoa que me limpou os olhos no que tange ao assunto, mostrando que as mulheres também tem pontos de vistas que tem de ser analisados. Creio que com essas considerações, fique mais fácil de alcançar os objetivos nos relacionamentos. E que os babacas fiquem com as putas e os homens fodas fiquem com as mulheres fodas!

Zaratustra


Sobre os jovens escritores




Sabem o que percebi nos jovens escritores?  Sim, naqueles que eu vejo que escrevem há cerca de um ano ou pouco mais?  Que existe romantismo demais. Sim, eles usam palavras muito difíceis, que manipulam as ideias sem querer, buscando um reconhecimento maior do que os que simplesmente escrevem por prazer, como eu faço!

Parece que depois de um certo tempo, escrevemos qualquer merda que nos veem à cabeça.... E isso os incomoda. Vejo os jovens escritores de hoje usando metáforas, criticando por trás, sem querer revelar quem estão querendo xingar, mas o que eles não sabem, é que estou vendo sempre o que acontece! No meu mundo, eles não conseguem influenciar!

Se antigamente eu ia de Alvares de Azevedo, hoje vou de Charles Bukowski! Se antes ia de Machado de Assis, hoje vou de Jack Kerouac! Estou a cada dia mais sujo e mais agressivo. Quero mostrar para o mundo não o meu lado poético, desta fase já passei. Quero mostrar para o mundo o quanto lhe entendo, e sei que esses caras (apesar de não muito romantismo), são os que mais ensinam sobre o
assunto!


Zaratustra


Vamos lá!




Depois de beber muito, irei escrever nesta porra! Tendo um objetivo, escrevemos o que é necessário! Keep drinking my friends, vamos continuar nos juntando à massa! E se eu groselhar, me digam. Me digam que estou passando do ponto!

Zaratustra

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Bipolar



Percebi que sou muito bipolar. Existem dias bons, dias ruins. Dias em que escrevo merdas suicidas, dias que escrevo coisas motivacionais. Mas a vida pra mim é isso aí: um dia após o outro!

Zaratustra

Hey! Levanta a cabeça! Não tem outra opção!



Um pouco de motivação matinal: a vida pode não ter sido nossa escolha. Podemos não ter escolhido nascer, não ter pedido pra nascer. Mas encaremos o fato de que já que estamos aqui, não temos muito o que fazer a não ser tentar fazer essa passagem agradável. Tentar fazer o que queremos, o que nos faz bem. Não ficar perdendo tempo com pessoas que não merecem nossa atenção. Hey! Existem muitas pessoas que querem o nosso melhor. Sim, o ser humano é horrível, mas ainda existem alguns que merecem um pouco do nosso tempo e luta.

Não vamos ficar esperando atitudes dos outros querendo o nosso próprio bem. Às vezes, o que é bom para nós pode não ser bom para outra pessoa. Aquela pessoa que gostamos pode estar feliz de estar em um relacionamento com outra pessoa que não seja nós. Paremos de ser tão egoístas. Vamos evoluir nossos pensamentos. Vamos tentar parar de viver em função de outras pessoas. Sabemos que nem sempre elas vão querer o nosso melhor antes do melhor delas.

Portanto, vamos levantar a cabeça, não temos outra opção além desta. Já que estamos de passagem aqui na Terra, tentemos fazer disto uma experiência positiva. Chega de se importar com perdas de tempo. Não vamos esperar que as coisas mudem no futuro. O futuro é consequência do presente. Mudar o presente melhorará o futuro!

Zaratustra

Chegamos naquele ponto!



Corpo dolorido
Mente sonolenta
Dor no estômago
Vontade de vomitar
Sudorese fria
Mãos trêmulas
Lapsos de atenção

Chegamos naquele ponto... O alcool e suas reais consequências!

Zaratustra

sábado, 12 de janeiro de 2013

Positivismo alcoolatra!



Aos meu amigos que bebem! Segue este pequeno ensaio sobre as coisas alegres e felizes da vida. Não há nada melhor do que um gorfo de quinhentos reais. Vamos continuar bêbados. Algum dia, chegaremos à algum lugar com belas vadias e bucetas rígidas e molhadas o suficiente para uma penetração não dolorosa.

Mas não temos do que reclamar das mulheres atuais. Elas tem umas bucetas apertadas que se encaixam perfeitamente em nossos pintos finos e pequenos. Mas tudo bem, pois quando comemos elas, geralmentes estão bêbadas o suficiente para não se lembrarem. Pois quando elas lembram que deram para seres como nós, elas choram de arrependimento e suas bucetas fecham de tristeza.

Malditas sejam! Malditas sejam estas bucetas que se fecham e impedem que nosso pinto embriagado entre e faça uma sujeira necessária para que alcancemos o orgasmo mútuo. Espero que essas garotas, sim essas mesmo, das bucetas tristes, encontrem a felicidade bucetal. E que eu não tenha que pegar o meu alicate e abrir a buceta antes de entrar. Imagino que seja doloroso arrombar bucetas com alicates de pressão.

Eu digo meus amigos, aos meus amigos que bebem, principalmente aqueles com bafo de cachaça, e que transpiram o alcool pelas axilas. Meus amigos, sejamos positivos. Sempre existirão bucetas que irão transpirar um alcool equivalente. Ao invés de lubrificação, existirá um cheirinho agradável de alcool Zulu. Sim, aquele que compramos no mercado, e que nos agrada sempre. Teremos prazer no oral. Beberemos direto das bucetas apertadas. E elas não ficarão fechadas.

Amigos! Vamos continuar nesta vida de merda. Aguardem, que suas bucetas rígidas e molhadas chegarão à cavalo!

Zaratustra

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A rotina diária do escritor Hunter S. Thompson



Amigos! Hoje não falo de mim. Hoje falo de um escritor: Hunter S. Thompson. A única obra que li dele foi Medo e Delírio em Las Vegas. Já nesse texto, percebi traços de loucura nele, mas nunca pesquisei sua vida a fundo. Heis que estou na internet quando me deparo, quase por acidente, com a rotina diária dele. E honestamente, conclui que é o estilo de vida mais insano que já vi. Segue abaixo.

15h - Hunter acorda
15h05 - Uma dose de whisky Chivas lendo jornal e um cigarro Dunhill
15h45 - Um risco de cocaína
15h50 - Outro copo de Chivas e mais um cigarro Dunhill
16h05 - Primeiro copo de café, outro cigarro Dunhill
16h15 - Um risco de cocaína
16h16 - Suco de laranja, outro cigarro Dunhill
16h30 - Um risco de cocaína
16h54 - Um risco de cocaína
17h05 - Um risco de cocaína
17h11 - Café e cigarro Dunhill
17h30 - Mais uma dose de Chivas
17h45 - Um risco de cocaína
18h - Um cigarro de maconha, para passar o efeito das outras drogas
19h05 - Saia para a taverna Wood Creek para jantar - Nessa ordem: uma Heineken, duas margueritas, dois cheeseburguers, duas porções de fritas, um prato de tomates, salada de repolho, uma salada de tacos, uma porção dupla de anéis de cebola, bola de cenoura, sorvete, feijões, um cigarro Dunhill, outra Heineken, um risco de cocaína, e, na volta pra casa, um cone de neve (um copo com gelo moído, coberto com algumas pingadas de Chivas)
21h - Um risco de cocaína
22h - Usava ácido
23h - Chartreuse (uma especie de licor francês, com várias ervas), um risco de cocaína e um cigarro de maconha
23h30 - Mais um risco de cocaína
00h - Hunter estava pronto pra começar a escrever
00h05 até as 6h - Enquanto escrevia: Chartreuse, cocaína, maconha, Chivas, café, Heineiken, cigarros Clover, uvas, cigarros Dunhill, suco de laranja e gin
6h - Na banheira: champagne, barras de pomba (????), fettuccine Alfredo (espécie de massa)
8h - Halcion (remédio para dormir)
8h20 - Hunter vai dormir

Isso é completamente insano! Que tipo de ser humano consegue viver nesse ritmo? E o mais inacredítável é que esse cara viveu 67 anos. Difícil de acreditar...

Bom amigos, este post foi um pouco mais leve. Tomara que tenham gostado de ver a rotina de um dos maiores escritores norte-americanos.

Zaratustra

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A melhor parte da vida é que um dia ela acaba...



Amigos! Mais uma noite com os sentimentos niilistas (malditos, malditos sejam!) completamente aflorados. A todas aqueles que pensam como eu, que infelizmente não se vêem em outra opção, que se juntem a mim meus amigos! Peguem aquela velha dose de alcool que sempre te faz mal, aquela porção de droga que te deixa brisado e se juntem a mim. Levanto meu copo para todos vocês, meus sinceros amigos de niilismo! Vocês merecem uma dose do meu melhor whisky. Vistamos, porque não, vistamos sim, esta máscara recheada com hipocrisia da bem barata, mas que os idiotas da superfície ainda acreditam. Ahhh os idiotas, como não poderia falar dos idiotas, estes seres tão nojentos, mas que ao mesmo tempo são tão necessários para nós. Eles que nos revoltam, eles que nos sufocam por dentro. Os malditos ainda se impregnam em nós de uma tal forma, que não conseguimos nos livrar deles! Ficam sempre em nós, como o encardido de uma cueca suja. Estes bebedores de cerveja barata, alimentados à base de música ruim e mutilação audiovisual!

Vamos, vamos continuar os nossos caminhos para baixo! Para baixo, sempre para lá! Estamos munidos da nossa máscara, infelizmente é tudo o que temos neste momento. Não tentemos mudar o mundo como um todo, isso já sabemos que não funciona. Vamos tentar viver como se não houvesse amanhã, como se tudo isso fosse simplesmente passageiro e perecível. Afinal de contas, daqui não levamos nada mesmo, não é? Do que vale toda a nossa luta, para ganhar mais dinheiro, conseguir uma pessoa que amamos e ficarmos juntos das nossas famílias? Aonde chegaremos com tudo isso, sendo que no final das contas, não passaremos de meros corpos em decomposição debaixo da terra? O esforço vale mesmo a pena? Pensemos nisso meus amigos, e façamos outro brinde!

Portanto só me resta aqui frisar que a melhor parte da vida é que ela acaba um dia! Parece repetitivo (sim, tenho consciência de que sou repetitivo e cansativo muitas vezes), mas infelizmente a verdade é como um prego, um maldito prego: tem de ser martelada continuadamente nos pensamentos e nas atitudes de todas as pessoas. E que esse niilismo se mantenha entre nós, para que essa passagem momentânea pela Terra seja um pouco menos dolorosa e um pouco mais fulgaz.

Zaratustra

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Bebendo até desmaiar!



Mais um dia, mais uma noite... sei lá, a gente tenta evoluir, melhorar, mas parece que a cada dia está difícil... Parece que está pior a cada dia... Bêbado pra caralho, tentando esquecer pessoas e os velhos vícios que me perseguem. Que eu beba hoje até desmaiar!

Zaratustra

O medo começa a crescer...



Maldita, maldita seja a mistura da frustração com a insegurança! Malditas sejam as pessoas que cultivaram essa porra dentro de mim! Malditos sejam os que alimentaram isso tudo dentro de mim, que dia após dia só cresce e cresce
Irei direto ao destino final, pulando todas as fases denominadas importantes. Desta forma, o maldito medo começa a crescer. Os sintomas aparecem, e quanto mais aparecem, mais raiva e mais medo eu sinto de tudo o que me cerca!
Ahhhh mas isto talvez seja deveras complexo para pessoas comuns que estão de bem com a vida neste momento, satisfeitas com o que tem todos os dias de manhã, de tarde e de noite. Sim, aquelas pessoas que se fodem na semana e festejam aos domingos
Isto amigos, isto! Comemorem o ócio! Comemorem o fato de não terem nada nesta cabecinha pequena que vocês tem. Isso, estas cabecinhas minúsculas que não foram abastecidas com a maldita frustração e a maldita insegurança, e que por isso vivem muito bem, obrigado
E o medo começa a crescer, tomando proporções jamais vistas antes... Devastando pessoas, relacionamentos, esperanças e os sonhos, que fazem a gente querer acordar no dia seguinte

O medo, sempre ele, sempre o medo, sempre acaba me fodendo!

Zaratustra

Um pouco de ar, por favor!



Precisando de um pouco de espaço, um pouco de ar puro. Fugir desta cidade maluca, cheia de contradições, erros e assassinos. Mal consigo respirar envolto por toda essa fumaça que me cerca, que me incita a continuar da forma como estou. Preciso assoprar estas nuvens negras para fora de mim. Ter um tempo que seja somente meu, pensar nos meus problemas e buscar para eles as minhas soluções, sem a participação de ninguém neste doloroso processo. Sem prejudicar aqueles que só querem o meu bem, que me amam e me respeitam de verdade. A estes peço sinceras desculpas, mas neste momento estou passando por uma fase díficil de reformulação geral.

Zaratustra

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A chave daquilo que chamamos de sonhos



Certa vez ouvi uma música, que falava sobre uma chave, escondida dentro de nós mesmos. Esta chave era o que abria um baú, também dentro de nós. Neste baú, existia uma espécie de ponte entre o nosso passado e o nosso futuro. Com essa ponte, conseguíamos percorrer toda a nossa existência, compreendendo os nossos verdadeiros sonhos desta forma. Somente com a total compreensão de nós mesmos (tendo conectado todas as nossas memórias do passado e aquelas memórias que estão guardadas no futuro), e somente assim, conseguíamos desvendar aquilo que realmente desejamos e sonhamos para nossas vidas. Porém, para alcançar essa chave e esse baú, temos que, de alguma forma, entrar em um lugar muito profundo, um lugar desconhecido por nós mesmos, aquele lugar obscuro. Aí falo sobre uma outra música, um album na verdade, chamado "O lado negro da lua", de uma banda famosa por ai. Esse album trata de todas as complexidades e obscuridades dos seres humanos, tais como loucura, morte, tempo, e seus desdobramentos, como dinheiro, sonhos, velhice... por aí vai. Ou seja, trata daquilo que geralmente temos medo de tratar. O desconhecido gera uma insegurança muito grande em todos nós, e, o que essas obras-primas musicais querem dizer é que somente com o auto conhecimento conseguiremos a nossa própria evolução, e, consequentemente, alcançaremos os nossos verdadeiros sonhos. Sonhos que muitas vezes nem imaginávamos que existissem antes dessa longa e louca viagem por nós mesmos.

Por causa disso, sempre que observo alguém que está no fundo do poço, que esteja mal, incentivo a tentar cavar mais e mais, tentar chegar o mais fundo que dá. Claro que sempre existe um acompanhamento para evitar desastres. Assim a pessoa acaba se descobrindo, e quanto mais sabemos de nós mesmos, melhor conseguimos delimitar nossos planos e desejos. É como diz aquela velha máxima usada por todos os psicólogos quando se deparam com um paciente que apresente intuito de suicídio: "Que bom que você quer se matar! Você quer matar essa pessoa ruim que existe em você, quer evoluir, quer ser algo melhor do que é no momento!" E concordo com isso plenamente! Existem sim casos de suicídio, mas frequentemente, esse desejo de morte aparece na pessoa de uma forma mais sutil. A pessoa está simplesmente cansada, e pensa em desistir de si mesma. O ato de desistir implica em se alterar, mudar a forma como essa pessoa é. E isso que é cavar um buraco, isso que é ir pro fundo. É refletir, refletir e refletir quantas mais vezes forem necessárias. O choro, na verdade, é seu antigo eu escorrendo pelo seu rosto, é a lavagem interna do seu psicológico. Quanto mais você cava, mais você chora, mais você sofre. Mas isso é parte importante em todo o processo de mudança. E quando você encontrar o baú, vai querer encontrar a chave, ou vice-versa. E isso vai te motivar ainda mais pra aprofundar e aprofundar, refletir mais umas duzentas vezes, ter calma, paciência para que você encontre isso na hora certa. Às vezes é muito cedo para conseguir achar isso, o momento pode não ser o certo, mas cada pouquinho que você avança nessa caçada te motiva mais a continuar tentando e tentando.

Portanto, fica aqui uma reflexão (que é deveras rara, uma vez que estou completamente sóbrio dessa vez). Vamos tentar ligar nossas memórias, construir essa ponte, para que ela nos conduza inicialmente ao fundo, depois ao sofrimento, depois à redenção e por fim à felicidade. Que consigamos todos alcançarmos nossos maiores desejos particulares!

Zaratustra

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Danos inevitáveis



Dependendo do que aconteça, alguns danos acabam sendo inevitáveis. A questão é analisar a situação da coisa, colocar tudo na balança e ver o que é o melhor a ser feito.

Zaratustra

Um pouco de calma é sempre necessário!



Apesar de toda a fúria que às vezes acaba ecoando dentro de todo mundo, sempre existe aquela hora em que temos que sentar com calma e refletir as coisas. Buscar uma real solução para tudo o que está de errado. Ter frieza é sempre bom também, não ter afobações, isso sempre acaba levando ao erro. Uma coisa que aprendi é que a nossa vida não é eterna, mas infelizmente não podemos tentar apressar as coisas, as atitudes, as decisões, as escolhas. Tudo tem que ser no seu tempo, tudo na sua hora, independente do que seja. Compreendendo que as coisas acabam acontecendo naturalmente, que, apesar do nosso desespero interno para que tudo seja vivido, resolvido e aproveitado, no mundo real não é assim que funciona. No mundo real as coisas funcionam de acordo com vários fatores, e não dependem só de uma ou outra pessoa. Algumas coisas podem acontecer em minutos, mas outras fatalmente ocorreram em anos. E se for necessário aguardar anos para que as coisas se acertem, que esses anos sejam aguardados! O atropelamento das coisas acaba danificando elas.

Um pouco de calma é sempre necessário. Que as coisas fluam. Esse é o caminho para que cada um encontre o que é melhor para si mesmo.

Zaratustra

Destruir e matar (2008)




Mais uma bobagem escrita em 2008, pior ano de todos...

Sou só um garoto novo
Nessa cidade maluca
Pegando carona com esse povo
Sem moral e sem conduta

Reuni meus conhecidos
Para andar pelas vielas
De prédios demolidos
Pelos moradores da citadela

Minha realidade violenta
Só alimenta
O furor que me atormenta
Da tristeza que não se aguenta

Vemos uma criança
Que se tornará lembrança
Destruiremos sua esperança
Quando começarmos a matança

Pobre garoto pobre
Não nasceu com sorte
Lhe falta dinheiro
Mas garantiremos sua morte

Os moradores ficam chocados
Com nossos atos errados
Somos as pedras nos sapatos
Os causadores dos fatos

Com nossos antecedentes
Podemos ser presos
Mas estamos cientes
Que nos tratam com menosprezo

A gangue do mal
Não deixa sangue no local
Lambemos como um canibal
Somos como um só animal

A cidade está em ruínas
Não precisa agradecer
Estupramos as meninas
E te fizemos sofrer

Escutamos um metal pesado
Quase sempre embriagados
Pela nossa amiga Natasha
Que nos tira da desgraça

Acabamos com tudo
Destruimos o mundo
Crianças matamos cem
Dos adultos não sobrou ninguém

E pra fechar em grande estilo
Destruimos nosso destino
Matamo-nos de uma só vez
Para fugirmos da morbidez

Zaratustra