terça-feira, 30 de agosto de 2011

A face interna da alma

Boa tarde.
Hoje não vim refletir sobre nada. Não vim filosofar sobre nada. Estou aqui apenas para escrever.
Essa semana está sendo complicada, e infelizmente não só pra mim. Como puderam ver, Zaratustra precisou se afastar por um momento da sociedade. O motivo? Tristeza, decepção, e tempo para refletir. Sendo assim, tentarei manter o blog atualizado na medida do possível, e irei falar agora sobre o que estou sentindo ultimamente. Não é a proposta do blog e nem a proposta dos meus posts, mas as vezes precisamos expressar um pouco o que sentimos.
Dessa vez a vida, ou o amor, ou o destino resolveu sacanear de uma maneira bem elevada. O fim de semana foi agradável. Marcamos de sair com os amigos, jogamos boliche, bebemos, jogamos baralho e rimos.
Porém, segunda feira foi o dia. Como podiam perceber pelos meus posts, eu já estava triste antes, mas alguns acontecimentos fizeram com que mais três amigos tambem ficassem mal. E o mais chato é que todos somos pessoas sinceras e boas. Não estou sendo hipócrita ao ponto de dizer que somos perfeitos, mas somos bons. Temos atitudes boas, e não merecemos sofrer. Quatro amigos, quatro corações. Todos tristes. Todos decepcionados. Pessoas boas não deviam sofrer. Pessoas boas não deviam ficar tristes e não deviam se decepcionar. Algumas conseguem seguir em frente; outras, como eu, simplesmente não tem forças.
Estou triste, sou triste, serei triste e provavelmente morrerei triste. Conheci a felicidade plena por pouco tempo, e ela foi tirada de mim. O que fazer quando perdemos o gosto pela vida e não temos condições de seguir em frente? O que fazer quando a nossa felicidade depende da mesma pessoa que a tirou de nós? Quando não temos mais ânimo, nem objetivos, e que aquilo que faz sentido pra nós e queremos muito não está ao nosso alcance?
Olho para o sorriso de uma criança e sinto saudades do tempo que a vida se resumia em brincar e tomar sorvete. Passo em frente ao cemitério e sinto inveja dos cadáveres que estão lá enterrados, ou do defunto que se encontra dentro de um caixão sendo velado. Sinto falta da época em que eu achava que a vida era boa e que depressão era apenas frescura. Da época em que as coisas funcionavam. Hoje o coração bate, o sangue flui, o cérebro funciona, mas a alma morre. A felicidade está apodrecida no subsolo onírico do cemitério da tristeza, onde larvas espectrais devoram cada centímetro de sua existência. E o único motivo de continuar existindo é o do coração bater e do cérebro funcionar, afinal, é isso que nos mantem vivos, mas não é isso que faz com que a gente viva. Faz apenas com que a gente exista.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Período "Sabático" - Inicio


Amigos! Hoje não falarei sobre reflexões em geral. Na verdade é só um informativo. Irei me afastar das pessoas por um tempo, e isso inclui este blog, que tanto amo e gosto. O prazo não é preciso, mas pode variar de um a seis meses. Tenho coisas particulares para resolver e preciso ficar sozinho. Obrigado.

Zaratustra

domingo, 28 de agosto de 2011

Sobre a frustração



Amigos! Falarei sobre a frustração. Vamos à reflexão!

A questão da frustração é foda. Você se frustrar é rotineiro. Nós sempre nos decepcionamos com as coisas. Desde coisas como o macarrão diferente que você queria comprar no mercado e naquele dia especialmente não tinha na prateleira, até um casamento que foi destruído depois de anos de convivência. E essas frustrações grandes que nos fodem.

Quando temos uma grande frustração, podemos reagir de diversas maneiras. Alguns simplesmente "engolem" e fingem que nada acontece, mas internamente ele está sofrendo. Mesmo de forma inconsciente. Essa frustração irá voltar algum dia e o sofrimento será avassalador (digdin digdin). As vezes ele acumula essa frustração, e depois de engolir várias, ele descarrega esse sofrimento convertido em raiva colérica, e executa uma ação que denominamos como "explodir". Outra reação que pode ocorrer, é o individuo, assim que se depara com a frustração, externa de forma inconsequente sua tristeza. Chora, sofre, busca fugas (bebidas, drogas, putas) numa tentativa efêmera de tentar esquecer a sua frustração. Mas é claro que isso não resolverá. A frustração é algo irreversível.

É incrível como um ser humano pode destruir outro sem muito esforço. Me refiro a quando um ser humano X se apaixona por um ser humano Y, e o Y diz que não quer ter nada com o X. O indíviduo X, após essa rejeição amorosa, vê todo o sentido da vida desmoronar em questão de segundos. Ele esquece de todas as outras coisas que ele tem na vida e que o motivam a viver. Ele desiste de respirar o ar que o mantem vivo, desiste de trabalho, de estudo. Simplesmente sofre.

Mas vamos analisar os dois lados. Antes de crucificar o indivíduo Y, vamos analisar o lado dessa pessoa. Ela certamente tem motivos para rejeitar o indivíduo X. As vezes, motivos que não podem ser externados, mas internamente existem. E esses motivos levaram o individuo Y a rejeitar o individuo X. Se Y ficasse com X, Y se frustraria com o rumo que sua vida tomou (Parece exatas esses cu de letra do caralho! Mas não tenho opção para simplificar essa porra!) Em resumo, temos o seguinte:

"Quando uma pessoa Y frustra uma pessoa X, a pessoa Y está evitando uma frustração que seria sua e ocasionando uma frustração na pessoa X. Temos um Darwinismo Social claro."

Portanto amigos, não julguem precepitadamente alguém que te frustra. Pense que no lugar dela, você faria o mesmo, porque você quer o seu bem antes do bem do seu próximo. E é isso, somente isso, que te mantêm vivo.

Zaratustra



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Reflexão Sobre Ferimentos e Perdão

Boa noite.
Esta noite, por volta das 21h eu me deitei para dormir, mas de uns tempos pra cá tenho sofrido um pouco de insônia. Uma grande pena, pois a hora de dormir é a hora que eu espero mais ansiosamente para chegar. Enfim, resolvi levantar e ir escrever um pouco enquanto tomava uma taça de vinho. O post se refere ao título, ou seja, ferimentos e perdão. Compartilharei com vocês o meu pensamento.

Assim como enxergamos os objetos, enxergamos os seres vivos. A visão funciona do mesmo jeito para tudo aqulo que enxergamos, ou seja, o nosso objeto emite luz que vai até nossa retina, transmitindo impulsos elétricos para nosso cérebro através do nervo óptico, e esses impulsos serão "traduzidos" resultando naquilo que nós enxergamos.

O mesmo acontece quando enxergamos pessoas, objetos, animais, paisagens, etc. Através de todo esse processo é possível a visualização da imagem que um certo corpo representa, porém, essa visualização só se dá através da superfície externa dos corpos. Tudo aquilo que enxergamos são meras representações.

Não discordo de Aristóteles quando ele diz que a verdade de um objeto está no próprio objeto; mas tambem não discordo de Platão quando o mesmo diz que a verdade de um objeto está em sua essência, em seu plano ideal.

Acredito que, no caso do ser humano, a essência e o físico ocupam o mesmo espaço (corpo); e deste modo, a verdade sobre cada um está na própria pessoa. Platão diria que cada ser humano é a reprentação imperfeita de um ser humano perfeito no plano das idéias; mas no momento não iremos tratar de como seria a verdade do ser humano, mas sim da essência individual que faz alguem ser diferente do outro. Afinal, por fora  somos todos feitos de carne, a mesma composição química. O que faz com que sejamos tão diferentes um dos outro é a nossa essência. Nossa alma.

Tendo em vista que a verdade de cada um acompanha o físico (não confundir com estética), tudo aquilo que acontece no físico tambem pode acontecer na essência. Por exemplo, quando nos cortamos, nossas células são lesadas, suas membranas se rompem, a pele e a carne se separam, ocorrendo muitas vezes o sangramento. Após algum tempo este ferimento passa por um processo de cicatrização, onde dependendo do grau do ferimento pode deixar uma cicatriz macro ou microscópica. Geralmente a cicatriz não dói, mas a marca permanece para sempre, e na memória sempre vamos nos lembrar de onde essa marca veio.

O mesmo processo ocorre para cortes, batidas,, ralados; ou seja, para machucar o corpo físico basta que haja uma lesão física. Uma lesão física, em si, não causa dano à essência, mas, se a essência e o físico ocupam o mesmo corpo, e o que acontece com o físico tambem acontece com a essência, como ela pode sofrer algum processo de lesão?

Para responder essa pergunta termos que definir alguns conceitos. Chamaremos de "plano sensível" o plano onde habitam as representações, ou seja, aquilo que vemos e sentimos.Chamaremos, tambem, de "plano ideal" aquele onde habitam a verdade absoluta e a perfeição, este é o plano onde fica o conhecimento supremo sobre as coisas, onde devemos ir para descobrir a verdade absoluta sobre algo ou conceito. E chamaremos de "plano real" onde habita a verdade individual existente em cada corpo, ou seja, em cada essência. Como podem notar, o plano real é um intermediário entre o sensível e o ideal, pois ele não é tão perfeito e universal para fazer parte do ideal, mas tambem não é tão imperfeito para fazer parte do sensível. A verdade sobre cada coisa não é a verdade absoluta sobre a coisa em si. Simplificando, a verdade sobre Sócrates não é a mesma verdade que a de Zaratustra, mas ambos somos humanos, e nossa verdade não é a verdade sobre o ser humano em si.

Estabelecidos esses conceitos, é forçoso dizer que cada plano não interfere no outro, ou seja, não é possível levar lesar algo no plano real através do plano físico. Sendo assim, para lesar a essência, a "alma", é necessário que seja uma fonte do plano real.

Palavras são capazes de lesar e machucar nossa essência e alma. As palavras, o ato de proferí-las e ouví-las situa-se no plano sensível, mas o que elas representam faz parte do plano real. O mesmo vale para as ações. As ações em si situam-se, assim como as palavras, no plano sensível, mas o seu significado faz parte do plano real.

Seguindo este raciocínio é possível concluir que palavras e ações podem machucar a essência de alguem, e essas fontes só podem ser provocadas por outra pessoa. Desse modo, apenas um ser humano é capaz de agredir a alma e essência de outro. Como tudo o que acontece no fisico tambem acontece na essência, a intensidade da agressão influencia diretamente na dor e na marca que irá se formar, e assim como no físico, essa cicatriz pode durar para sempre.

Uma característica notável do ser humano é sempre pregar e procurar o perdão, mas se formor parar para pensar, o perdão é algo que vem da alma, portanto, situa-se tambem no plano real.. Dizemos que perdoamos, mas qual o motivo disso? Perdoamos pois assim ficamos quites com as pessoas a nossa volta, com nossa consciência, com nosso agressor e até com a divindade superior de nossa religião. Porém, como no físico sabemos que nossas cicatrizes vieram de uma lesão, e sabemos qual foi essa lesão, o mesmo ocorre com a essência. Muitas vezes a dor passa, mas a marca fica. Uma essência lesada, uma alma lesada nunca será capaz de fornecer um perdão sincero, pois o simples fato da cicatriz existir nos faz lembrar que não sentimos a dor, mas que as marcas estão lá.


   

Sobre o amor



Amigos! O que é o amor? O amor é tudo! Porra! O amor pelas pessoas e pelas coisas é o que nos move. É ele que nos motiva a acordar todos os dias de manhã e pegar aquela condução de merda ou um trânsito infernal para trabalhar/estudar. Sem ele a vida (que já não faz sentido), perderia completamente a razão de existir. Eu odeio (de verdade) as pessoas que usam a palavra amor em vão. Caralho! Não se deve usar uma palavra com uma simbologia tão magnânima a toa. Devemos saber a hora de usá-la, e usá-la com prudência. Na minha visão existem três formas de amor. Na verdade quatro, mas falarei só de três. O amor pelos amigos, o amor pelos familiares, o amor pela companheira/companheiro e o amor pelas coisas materias. Não falarei do amor pelas coisas materias, porque ai entraria na questão do materialismo e fugiria do tema central.

O amor pelos amigos é muito bonito. De verdade. Acho bonito quando amigos de verdade dizem que se amam. Isso é uma demonstração de carinho maravilhosa, e deve ser usada sempre que for julgado que o amor entre amigos exista. Os homens, que, em sua maioria são completos animais ignorantes e preconceituosos, ficam com receio de falar para seus amigos que os amam. Caralho! Viadagem é ficar dando de garanhão, de machão. Eu amo meus amigos! Porra! Foda-se! Eu amo eles, pois são importantes para mim. Os considero de verdade. Alguns imbecis (não sejam imbecis leitores, por favor!), que ouvem eu dizer que amo meus amigos, dizem: "Nossa Zaratustra, não sabia que você era gay..." Merda! Bando de ser humano de merda! Eu amo eles. Só isso. Se eu quisesse dar o cu para deles, eu falaria: "Eu gosto de dar o cu para meus amigos." Caralho! Como eu fico puto com isso! Enfim, o amor entre amigos é algo que deve ser mostrado, e é algo que completa e estimula ainda mais uma amizade a crescer, proporcionando que esses amigos continuem a evoluir como seres humanos.

A família é um puta alicerce na vida de qualquer pessoa. Apesar de brigas que possam existir entre irmãos, entre pais e filhos, a família é algo que vai te acompanhar pela vida toda. Portanto, o amor deve ser cultivado. Normalmente, esse amor cresce naturalmente, mas às vezes algumas desavenças acabam destruindo muitos relacionamentos familiares. Eu não sou o dono da verdade, mas o que tenho a expressar, e espero que reflitam nisso, é que seus pais, seus irmãos, e sua família em geral (mesmo que esteja distante de você nesse momento), sempre irão querer o seu melhor. Não se deseja de verdade o mal para um familiar. Existem apenas desavenças, como já disse. Devido à esse carinho todo especial que existe, o amor deve ser demonstrado de forma exacerbada para que uma pessoa fortaleça a outra.

Finalmente, chegamos no amor que é mais popularizado, mais demonstrado socialmente. É aquele amor que você tem pela sua namorada ou pelo seu marido. Pela pessoa que é a sua compania em relacionamentos amorosos. Esse amor é o que te deixa mais feliz, mas é o mais perigoso também. Existem um ditado que diz: "Quanto maior é a altura, maior é a queda." E isso é fato. Quanto mais amamos alguém, mais nos machucamos quando o relacionamento é terminado, ou quando ocorre uma traição. Só quem já passou por isso sabe realmente como dói. E dói. Dói pra caralho. Mas faz parte do trajeto que seguimos, chamado vida. Isso acontece com todos. Se ainda não aconteceu com você, ainda vai acontecer. O processo todo do amor nos relacionamentos nos dá uma certeza. De que sairemos mais maduros. Todo tipo de relacionamento te amadurece. Você aprende muito. Aprende a ver com a visão do outro. Você respira junto com essa pessoa, sente as dores dela, as alegrias, as angústias, as ansiedades. O compartilhamento emocional é tão grande que você deixa seu egoísmo de lado por diversas vezes, só porque você ama aquela pessoa. Digo isso porque eu por várias vezes saí da minha casa de madrugada só para dar um abraço na pessoa que amei naquele momento. E foi bom enquanto durou. Todos que já amaram de verdade sabem do que eu estou falando.

Portanto leitores, o amor é tudo! Caralho! Não esqueçam do amor! Ele é o que deve ser mais propagado na sociedade atual, e infelizmente não tem a atenção que é merecida à esse sentimento tão belo. Espero que eu tenha, de alguma forma, acrescentando algo à visão que vocês tinham sobre o amor.

Zaratustra



Poesias de Sócrates I - Lembranças

Boa noite.
Estava dando uma olhada no blog e gostei da idéia do Zaratustra sobre postar algumas poesias. Como ultimamente ando um pouco sem idéias sobre o que postar, resolvi vasculhar minhas pastas do computador e achei um soneto que criei há cerca de dois meses. Não sou poeta, mas de vez em quando gosto de escrever para passar o tempo e me expressar.


Corra! Corra para fugir dessas lembranças!
Lembranças malditas que insistem em voltar!
Acreditava que havia encontrado a esperança
Mas encontrou a maldição de saber amar!

Não encontrando forças para seguir em frente
Sente falta de um ombro amigo para chorar
No espelho encontrarás a face de um doente
Que espera dormir para não mais acordar

Sofre com o descarte de quem te abraçou!
Dói saber que só a amargura foi o que restou
Saber que esse mundo nos esmaga como aranhas!

Quando tu pulares da montanha mais alta
Tenhas em mente: ninguem sentirá tua falta
A não ser o verme que alberga tuas entranhas



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Poesias de Zaratustra 02 - Isolamento

Amigos! Hoje na sessão da poesia, irei postar algo que é deveras pessoal (como todas as minhas poesias), mas essa é diferente. Foi um momento em que me senti afastado de tudo e de todos. Foi escrita no meu "mês sabático", que foi um dos piores meses de minha vida. Enfim, a poesia fala por si só.

ISOLAMENTO - ZARATUSTRA

Vou sentar no meu canto
Vou fechar os olhos
Apagar as luzes da mente
Esquecer o pensamento coerente

O raciocinio queimarei
Não preciso dele mais
Minha verdade eu pensarei
Sei que sozinho sou capaz

Quero total silêncio
Quero ouvir os pássaros
Ouvir meus gritos calados
Falar com meus egos intimidados

Não quero atenção
Muito menos compania
Vivam sozinhos sua ilusão
De acharem que existe alegria

Deito no chão gelado
Não preciso de mais nada
Estou no meu paraíso
Sozinho com minha cabeça atormentada

Me deixe isolado!
Você não será o culpado
Se algo der errado
E eu terminar enforcado


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Reflexão Sobre a Amizade e Sacrifícios

Boa noite.
Hoje estava conversando com uma amiga que me pediu para que fizesse um post refletindo sobre a Amizade (como podem ver no título). Resolvi compartilhar essa responsabilidade junto com Zaratustra ao expressar a opinião sobre o assunto. Vocês podem ver o que ele tem a dizer no post abaixo do meu. Agora, irei dizer o que andei pensando sobre o assunto. A opinião e os argumentos estão um pouco "crus", mas cabe a cada um interpretar e refletir do jeito como lhe for conveniente.
Gostaria de começar a análise expondo que muitas pessoas confundem amizade com coleguismo. É importante deixar bem clara a diferença entre um e outro. A amizade, apesar do que muitos pensam, não se limita apenas ao tempo que uma pessoa conhece a outra. O tempo é apenas uma ferramenta imprecisa, que junto com a convivência irá desenvolver o que chamamos de confiança. Portanto, a amizade em si está intimamente relacionada à confiança, que é fruto do convívio e do tempo de conhecimento de ambas as partes, onde o convívio (seja pessoalmente ou virtualmente) é o fator mais determinante.
O coleguismo, por outro lado, trata-se da afinidade momentânea que temos com alguem. Pode ser algo de certa forma forçado (por exemplo: colegas de classe) ou espontâneo. Há uma linha muito tênue entre coleguismo e amizade, onde as pessoas costumam se confundir, pois, nesse caso, tambem desenvolve-se um certo grau de confiança.
Confiamos em nossos colegas e confiamos em nossos amigos. E agora? Como faremos para diferenciar um do outro? Ora, vamos analisar de uma forma mais fria. O ser humano, no geral, procura sempre conforto. Essa é a principal base pelas quais estabelecemos nossas relações. Gostamos de nos sentir bem. De nos sentir confortáveis. De nos sentir gostados. Quando algo atrapalha nosso conforto tendemos a afastar essa fonte. Aplicando isso aos nossos circulos sociais, a partir do momento que as pessoas passam a não suprir nossas necessidades de bem-estar, começamos a nos afastar dessa gente. Os que sobram são nossos amigos em potencial, e os que afastamos são nossos colegas. A confiança que desenvolvemos junto com os nossos amigos em potencial foi o principal fator que evitou que eles fossem afastados por não dizerem algo que gostariamos de ouvir, ou por não suprirem nossas necessidades de bem-estar em determinados momentos.
Algumas vezes precisamos fazer alguns sacrifícios pelos nossos amigos. Um dos principais motivos é a necessidade de mostrar que estaremos presentes quando eles precisarem, mas, obviamente, esperamos algo em troca. É da natureza do ser humano querer ser recompensado ou pelo menos reconhecido pelo seu esforço. E o que esperamos? Esperamos que essa pessoa tambem esteja disposta a se sacrificar por nós. E nem sempre isso acontece. E o que isso gera? Decepção.
A decepção é o único fator que pode fazer com que uma amizade desabe, pois ela resulta na perda da confiança, que é o alicerce de uma amizade verdadeira.
Aceitamos as pessoas muito mais pela tolerância de seus defeitos do que pela qualidade de suas virtudes, mas, a partir do momento que quem consideramos nosso amigo não está disposto a fazer um único sacrifício por nós, essa tolerância passa a ser inexistente. Sofremos, pois, quanto mais gostamos de alguem, mais poder essa pessoa tem de nos machucar. É preferível sentir raiva do que sofrimento, pois a primeira é passageira, enquanto o segundo é eterno. (Nesse ponto gostaria de destacar que o sentimento de raiva puro é passageiro. Muitas vezes, a raiva acompanha o sofrimento como mera consequencia da dor que alguem nos causa).
Com isso, concluímos que nossos amigos são os únicos que podem realmente nos machucar, enquanto os colegas são aqueles que nos farão sentir raiva, e nada mais. Quer diferenciar um do outro? Imagine a sua confiança sendo traída por alguem, e veja se o que você ira sentir por essa pessoa será raiva ou sofrimento.

Sobre a amizade e o sacríficio que fazemos pelos outros



Amigos! Hoje em caráter excepcional vou fazer um post atendendo a pedidos de uma leitora dessa bagaça. Isso, por incrível que pareça tem gente que lê essa porra! Enfim, o tema solicitado é a amizade e o sacríficio que fazemos pelos outros. É um tema deveras interessante de fato, mas que merece ser analisado com cautela para evitar conclusões precipitadas. Prossigamos!

Já citei a amizade no meu post q falava sobre a confiança. A amizade é um sentimento. Portanto ele é abstrato, o máximo que conseguimos visualizá-lo é através de simulacros efêmeros. Sendo assim, o que eu tenho de referência imagética sobre amizade é com certeza diferente do que você tem, do que seus conhecidos tenham, do que seus familiares tenham. Em resumo, a amizade é vista por cada pessoa de uma forma apenas. Essa singularidade permite várias ambiguidades, e nessas ambiguidades que nascem os conflitos, as brigas entre os amigos.

Exemplificando: Imagine que você tenha um amigo. Para você, esse amigo é foda, você se doa demais para esse amigo, faria tudo por ele. Ou seja, você realmente "ama" seu amigo. Porém, para esse seu amigo, você é só mais um. Ele acha legal sair com você, conversar com você, ter sua compania, mas não "ama" você. E o amor, é um lindo sentimento. Lindo mesmo! Mas, dependendo de como for interpretado, ele te fode. E te fode sem dó. Ai acontecem as grandes decepções.

Imagine que você se sacrifica (usando o termo do tema dessa porra) por esse amigo, e na hora que você precisa dele, ele simplesmente te trata como um lixo, como um pedaço de carne. Sim, você ficaria fudido. Na verdade, você ficaria destruído. A decepção seria muito grande. Você leitor, me questiona agora: "Então Zaratustra, você afirma que a amizade é uma coisa vazia e que vai magoar alguém com certeza?" Calma. Não é bem assim.

Sou muitas vezes niilista, mas reconheço o valor de uma amizade verdadeira. Não vamos generalizar! Em primeiro lugar, se seu amigo é uma merda, isso é culpa sua. Afinal de contas, não era pra se tornar amigo de um merda que só quer saber de te foder. Por incrível que pareça, existem bons seres humanos no mundo. Você deve procurar essas pessoas (tá parecendo auto-ajuda essa porra...). Enfim, o que quero dizer é que não é possível viver isolado. De fato, você terá que ter amigos. Mas nunca se entregue totalmente. Isso vale para tudo na vida. O racionalismo é importante nas relações sociais. Tem que saber analisar as pessoas, para saber com quem se pode contar de verdade. Encontrando essas pessoas, fortaleça a amizade. Se por acaso, algum amigo seu te traiu, te destruiu, e você jurava que ele era um grande amigo e que te amava, parabéns! Você sempre esteve errado! Ele nunca te amou. Você que construiu uma imagem errada da amizade dele.

Portanto, o que tenho a deixar no ar para ser objeto de reflexão é o seguinte: você tem amigos ou colegas? Pense nisso!

Zaratustra

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Metáforas 01 - Cômodos e mobílias


Amigos! Inicio mais uma sessão nesta bagaça. Como devem imaginar, sou adepto da filosofia metáforica, e sempre costumo usar em meus pensamentos exemplos concretos para demonstrar coisas abstratas. Mas essa sessão é singular, pois ela vai retratar só a metáfora em si, de uma forma até simples e direta.

Enfim, hoje, dia do ócio, (isso porque trabalho aos domingos e folgo às segundas) estive pensando no ser humano como um cômodo. Isso. O ser humano como uma sala. Imagine isso, exatamente dessa forma. Imagine uma sala vazia agora. Certo. A relação que pretendo expor é a seguinte: quanto mais velho for esse ser humano, maior será essa sala. Logo, uma sala de um indíviduo de 20 anos de idade é menor do que a sala de um indíviduo de 60 anos de idade. Certo, já definimos o primeiro conceito.

Agora imagine, que dentro dessa sala, existam mobílias, sejam cadeiras, mesas, estantes e tudo mais que compõem a mobília padrão dos lugares que conhecemos. A relação que pretendo expor é a seguinte: cada mobília representa uma experiência de vida, ou uma inteligência diferenciada. Logo, é natural que, um indíviduo de 60 anos tenha mais mobília em sua sala do que um indíviduo de 20 anos, uma vez que esse indíviduo mais velho já passou por muita coisa em sua vida e já estudou mais. Certo, definido agora o segundo conceito.

Parto nesse momento para uma reflexão, atrelada a esse pensamento metafórico. Imagine um senhor de 60 anos de idade, que teve uma vida simples, não desenvolveu sua capacidade intelectual de forma avançada, não teve experiências de vida que tenham gerado nele algum tipo de "repertório". É uma sala grande porém vazia. Ora, uma sala grande, com poucos móveis não gera incômodo algum. É deveras simples transitar por este recinto. Agora vamos imaginar o outro lado. Imagine um jovem de 20 anos de idade, que já passou por várias situações diferenciadas, que explora seu conhecimento e sua capacidade de aprendizado de uma forma até exorbitante, que "enxerga" demais. É uma sala pequena ainda, devido à sua idade, porém com excesso de móbílias. Imagine vários móveis um em cima do outro, tornando o recinto intransitável, uma verdadeira bagunça.

Não posso afirmar que essa bagunça é benéfica ou maléfica, mas tenho certeza que a complexidade da sala desse jovem o atrapalha para fazer as coisas simples da vida, e por isso ele é muitas vezes mal compreendido, julgado como insano, lunático ou maluco. Me sinto como esse jovem. Sinto que por vezes sou mal compreendido, devido à bagunça interna existente em mim. Pensem nas suas salas e nas suas mobílias e tirem as suas conclusões a respeito.

Zaratustra

domingo, 21 de agosto de 2011

Sobre o tempo como objeto do campo da metafísica


Amigos! Hoje darei uma breve e sucinta explicação de como o tempo é algo voltado para o campo da metafísica da filosofia.

Simples compreender que o tempo é algo metafísico por dois motivos principais. O primeiro, e mais óbvio, é que o tempo é algo que existe, mas não é concreto. Ele só existe, na verdade, por designação e uma atrelação semiótica ao simulacro da palavra "tempo" (Adoro escrever coisas sem sentido algum, mas que parecem ter um sentido pelo uso de palavras dificeis). Ou seja, ele é uma palavra, um conceito. Além dessa palavra, o tempo não existe, mas sabemos que ele existe (Não vou me aprofundar na questão da diferença entre real e realidade, o post não é sobre isso). E o segundo motivo, é que o tempo é algo imutável. O que existe, o que vivemos, é sempre mutável, ou então variável. O tempo sempre será somente "tempo", com infinitas possibilidades de infinitas tentativas de infinitas definições.

Portanto temos:

TEMPO ---> Só uma palavra, que define algo que não existe // Imutável // Não é algo que esteja vinculado a uma imagem. Não é algo simbólico // Simulacro para "vida"

Zaratustra

O Grito Silencioso de um Coração Angustiado

Boa noite.
Hoje irei postar de forma diferente da que vocês estão habituados a ver. Deixarei um pouco meu lado racionalista e vou fazer com que o lado emocional tome conta de mim. O título do post pode até ser um pouco engraçado se for fazer uma análise, porém, esse post não será nada engraçado. E no final talvez vocês entendam o motivo desse título.
Muitos pensam que a parte mais difícil de se montar um post é a conclusão. Outros acham que é o desenrolar do post. No meu caso, a parte mais difícil é o começo. Muitas vezes eu me sento na frente do computador e fico encarando a tela em branco pensando em como começar a escrever mesmo que eu já tenha todas as idéias em minha cabeça. Enfim, vou simplesmente fechar os olhos e deixar meus dedos me guiarem no desenrolar. Chega de enrolação e vamos logo pro que interessa.
Estou cansado. Cansado de pessoas fingindo ser felizes, ou então sendo felizes em um mundo onde uma mísera porção é decente. De vez em quando vou ao shopping dar uma volta e ver alguns livros, tomar um chopp e dar uma fuçada no painel de empregos. Já perdi as contas de quantas vezes eu vi jovens com aqueles malditos bonés, malditas blusas e bermudas andando pelo shopping com o maior gingado e ouvindo música alta na porra daquele celular como se fossem os donos daquele lugar. E o pior: muitos deles não tem nem 16 anos. E pior ainda: é por esse tipo de gente de bosta que as garotas choram.
Já perdi as contas de quantas vezes eu vejo pessoas com dinheiro agindo como se cagassem ouro. Falando de suas viagens para fora do país, falando do que compraram, de como foi viajar na primeira classe em um avião. Me enoja tanta futilidade. E eles são de certa forma felizes com essa merda. Ou pelo menos fingem bem.
Não vou negar que no fundo eu até sinto uma certa inveja dessas pessoas. Afinal, não sou bonito, não sou inteligemte, não tenho dinheiro e não sou feliz. Conversando com Zaratustra esses dias ele comentou sobre uma frase do Nietzsche que dizia que é comum as pessoas não gostarem de outras e inventarem as maiores desculpas, mas ninguem, ao ser questionado o motivo de não gostar de uma pessoa, responde "não gosto dela pois essa pessoa está acima de mim". E realmente é verdade. Admito que tenho inveja de muitas pessoas. Pessoas inteligentes, bonitas, com dinheiro e com uma namorada que as ama. Era tudo o que eu mais queria. Continuem nessa sua ignorância dizendo "ai, não gosto de tal pessoa pois ela é metida". Admita logo que a inveja e queria ter o que ela tem. Admita logo que queria ser metade do que essa pessoa é. Mesmo que a pessoa seja fútil e digna de receber nada mais do que puro desprezo.
Como já devem ter notado em posts anteriores, não acredito na felicidade. E irei citar uma pequena reflexão sobre um trecho de um livro do Schopenhauer. O que existe é a tristeza. A morbidez. O que chamamos de felicidade são apenas pequenos momentos de breve prazer, onde a felicidade fica inativa ou dormente. No fim ela sempre volta, e precisaremos recorrer novamente para nossas fugas para encontrarmos um breve momento de prazer e nos enganar dizendo que estamos felizes.Oras, dizem que recordar é viver. Temos lembranças agradáveis, mas todo mundo sempre tem uma recordação que causa dor. Uma lembrança que causa sofrimento. Basta essa memória estar presente para acabar com todas nossas memórias boas. E o que acontece? Sofremos. Sentimos dor. Todo mundo tem uma ferida interna que não pára de sangrar. Dessa forma, se recordar é viver, e tendo em vista que no fundo a recordação é sofrimento, não tenho medo de afirmar que Viver é Sofrer.
Escutem bem, malditos frutos da miserável existência humana. Qual o sentido em viver? Vivemos para alcançar algum objetivo? Pra procurar uma felicidade que nunca encontraremos? Porra nenhuma! Vivemos pois estamos vivos, e é isso o que pessoas vivas fazem. Elas vivem enquanto esperam a hora de morrer. Se você nunca foi machucado por alguem que considerava especial, não se preocupe, pois pode ter certeza que um dia irão te machucar. Se você se considera machucado mas diz que "seguiu em frente" é porque a dor não foi tão grande, ou então você não gostava tanto dessa pessoa. Pode ser um amigo, uma namorada, um namorado ou alguem da sua família. Uma hora a dor virá, e você irá preferir a morte. Apenas quem amou alguem de verdade, ao ponto de preferir morrer do que ver a pessoa triste, e certo dia esta pessoa te descartar como se fosse um pedaço de papel encoberto de merda sabe o que estou falando. Apenas quem já viu a própria mãe chorando e te abraçando, implorando perdão e pedindo desculpa por não ter condição financeira de dar a vida boa e digna que o filho merece sabe do que estou falando. Amaldiçôo (foda-se se não tem mais acento. Não sei se ainda tem essa porra. Não sou gramático, caralho!) o dia que eu nasci. Gostaria que meu pai tivesse batido mais uma punheta antes de transar com minha mãe, dessa forma eu estaria livre de toda essa podridão das pessoas e desse mundo de merda. Vemos as pessoas que amamos nos decepcionando, familiares e amigos. É tudo muito triste. Angustiante. Desgostoso.
Uma das coisas que eu mais gosto é ver crianças brincando. Elas se divertem e são felizes com pouca coisa. As crianças sim têm um sorriso sincero, uma felicidade sincera, um olhar verdadeiro. Ainda não foram corrompidas pela nefasta escória humana. Muitos já viram alguma criança chorando pois derrubaram o sorvete ou então porque seu balão estourou ou escapou de suas mãos, indo para o céu. E com certeza a maioria já pensou "Poxa, tudo isso por causa de um sorvete/balão?". O fato, seus bostas, é que aquele sorvete ou aquele balão era um dos fatores que tinha feito a criança ganhar o dia. Aquele sorvete ou aquele balão era mais do que um simples sorvete ou balão para a criança. Era a felicidade dela. Quando ela vê seu sorvete espalhado pelo chão, seu balão voando pelos ares, é como se ela estivesse vendo parte de sua felicidade indo embora. E querem coisa mais simples, mais singela do que ter sua felicidade representada em um sorvete? Em um balão? Onde o simples ato de comprar outro sorvete ou balão traria o sorriso de volta nos lábios da criança?
Enfim, tinha muito mais coisa que eu gostaria de falar, mas agora não consigo lembrar. Como eu disse, este foi um post fora dos padrões que eu estou acostumado a escrever. Aproveitem seu dinheiro, sua beleza, sua falsa felicidade. Torçam para que a dor nunca chegue até vocês e torçam para que vocês nunca abram os olhos para o mundo como ele realmente é. Pois quando isso acontecer, seu coração sofrerá com a angústia, e ao gritar... não terá ninguem para escutar.

sábado, 20 de agosto de 2011

Inteligência crítica e inteligência funcional



Amigos! A questão a ser tratada hoje é simples e direta. Explicarei melhor quais são as diferenças entre a inteligência crítica e a inteligência funcional. Também irei expor o que penso sobre ambas. Sei que essa questão é deveras racional, mas tentarei dar uma pitada de subjetividade nessa bagaça. Afinal de contas, o racional desta merda é o Sócrates, mas não é ele que vai escrever essa porra. Enfim, foda-se e vamos à reflexão que é o que interessa.

A inteligência crítica, é mais o meu tipo de inteligência. Ela consiste mais nas áreas de humanas, pois se trata de desenvolver uma visão crítica sobre as coisas. Os filósofos, sociólogos, psicólogos, antropólogos e cientistas políticos são exemplos de pessoas que possuem inteligência crítica. Na minha visão, a inteligência crítica não é somente importante; ela é bonita. Na verdade ela é linda. É muito foda quando aprendemos a criticar de forma coerente as coisas, sem simplesmente mandar se foder e só. É lindo estruturar uma argumentação, planejar diálogos e tudo mais que envolve a inteligência crítica.

A inteligência funcional, é mais voltada para racionalização das coisas. Mais do que isso. É aquele tipo de inteligência que cria algo com um propósito, seja de melhoria social, como uma invenção ou uma nova fórmula matemática. Os cientistas, físicos, matemáticos, químicos e engenheiros são exemplos de pessoas que possuem inteligência funcional. Na minha visão, a inteligência funcional é importante sim, afinal de contas, ela que nos proporciona avanços medicinais e tecnológicos em geral. Sem ela seríamos primitivos ainda. Mas para mim, é muito exata essa inteligência, como deve ser mesmo. Sou um cara mais voltado para o subjetivo. Não acho a menor graça em resolver uma questão de física. Para mim tanto faz o valor de X.

Bom, explicadas as inteligências, vamos para a parte boa da coisa. A hora que eu digo um monte de merda tentando achar alguma resposta. Para mim, ambas as inteligências são importantes, como já havia dito, mas vamos pensar no âmbito social. O cara mais funcional, geralmente ganha uma boa grana, consegue grandes feitos e se satisfaz, esquecendo toda a zoação dos tempos de escola por ser um nerd de canto de sala. O cara mais subjetivo é mais maluco, aprecia bebidas, é mais revoltado com a vida, não aceita as coisas e está sempre a procura de uma solução para coisas banais do dia-a-dia. Portanto convém aceitar que o cara funcional é mais feliz, mais satisfeito com as coisas. Mas essa satisfação, para mim, é algo burro. Ele é feliz porque não pensa na sociedade como nós (os críticos) pensamos. Quando ele cair na real de que a sociedade é uma merda, ele vai entender o que nós passamos.

Portanto, é simples diferenciar as inteligências. A questão subjetiva é qual te agrada mais. Pense nisso. Se você quiser ser funcional, será melhor para você, com certeza. Se prepare para o dinheiro e para a felicidade. Agora se você quer ser crítico, já se prepare para as consequências. Você está fadado à frustração frente aos problemas sociais que você não resolverá. Mas mesmo assim adoro essa porra toda!

Zaratustra

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sobre o capitalismo



Amigos! Hoje infelizmente algumas pessoas ficarão deveras... putas comigo. Me refiro aos marxistas (tanto aqueles que realmente sabem quem foi Karl Marx, quanto aqueles que usam uma camiseta com a foto do Che Guevara e se acham socialistas), e a todo e qualquer individuo que seja favorável a algum modelo de governo não capitalista. O tema de hoje é o capitalismo, e já expondo de imediato o que penso sobre ele, afirmo que sou a favor do capitalismo e de suas consequências à sociedade contemporânea.

O capitalismo sempre existiu. O que a história mascara de todos, e que realmente merece ser citado, é que antigamente o capitalismo estava abaixo da nobreza no que tange a ser o centro das atenções dos estudiosos. O termo nobreza (que era usado em referência a uma classe de pessoas ricas), era mais utilizado do que o termo capitalismo. Para exemplificar o inicio dessa porra toda, utilizarei a famosa frase de Rousseau para explicar o surgimento do capitalismo. "Maldito seja o primeiro homem que cercou um pedaço de terra e disse 'isto é meu'". Aí surgiu o capitalismo, o desejo de possuir, a desigualdade entre os homens. Esse capitalismo, ainda germinante, é o que impulsonou muitos dos avanços do homem, no que tange a ciência. Afinal de contas, um cientista (ou alquimista, dependendo a época) que tivesse uma grande descoberta era recompensado, seja na forma de bens, ou em forma de capital. Aí está o primeiro argumento a favor do capitalismo. Ele incita o homem a criar coisas novas e melhorias em geral, pois recompensa o homem pelo seu esforço.

Os marxistas (que vão querer enfiar uma tora nada roliça no meu ânus) podem contra-argumentar dizendo que eu acabei de afirmar que a origem da desigualdade entre os homens surgiu com o capitalismo. Concordo. E que isso é maléfico para a sociedade em geral. Concordo também. Mas o capitalismo tem uma opção para quem pensa assim. Ele possibilita a ascensão social, pelo menos no fator financeiro. Se você não vive na Índia (em que a sociedade é dividida em castas que, em geral, não permitem mudanças nos estratos sociais, independente do capital que você tenha acumulado), você pode alcançar a classe dos burgueses. Existem vários exemplos por aí de pessoas que nasceram pobres e alcançaram a classe A. Isso depende de cada ser humano, da sua vontade de crescer. Se você aceita seu emprego de merda, seu casamento de merda, seus filhos de merda, que serão uns merdas como você é uma merda, isso é problema seu.

Não vou me delongar muito, afinal tempo é dinheiro! Só quero concluir com o seguinte pensamento: não sejamos hipócritas! Chega de moralismos e defecações de belas palavras que não servem de nada. O que rege o mundo é o dinheiro. Todos somos presos a isso, não há escapatória. Portanto, se adeque a sociedade que você vive, senão, além de você ter uma vida de merda, será tachado de maluco.

Zaratustra


terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Ser Humano como Praga

Boa noite.
Em uma de minhas conversas com nosso já conhecido Zaratustra começamos a debater sobre um post que eu fiz sobre a Racionalidade e a Comunicação. Depois de algum tempo de conversa entramos no assunto de como surgiu a necessidade de se desenvolver uma comunicação mais dinâmica e eficiente.
Convenhamos, não somos fortes, não somos ágeis, não voamos, não nadamos bem, não somos bons velocistas. Como acreditamos na teoria da evolução concordamos que talvez éramos ágeis em nos movimentar entre as árvores, mas isso não era o suficiente. Como a grande maioria dos seres vivos nós provavelmente tínhamos um predador natural. Algum outro ser que nos caçava e fazia grandes estragos em nossos bandos, controlando, de certa forma, nosso crescimento em quantidade. Oras, não era viável ficar pulando, apontando e grunhindo quando tal predador aparecia. A partir disso surgiu a necessidade de uma comunicação mais dinâmica e eficiente.
Conforme o tempo foi passando essa comunicação foi evoluindo, e como tratado no outro post, fomos nos aperfeiçoando em outras artes. Obviamente, após certo tempo, já tinhamos domínio na construção de ferramentas para serem usadas na defesa, e um predador que sozinho conseguia abater dez de nós, passou a abater uma menor quantidade, até chegar ao momento de precisarem de mais de um predador para abater apenas um de nós; até que em certo ponto esse ser deixou de ser nosso predador natural. Usarei a palavra EXTINÇÃO num contexto errôneo apenas para ilustrar melhor o raciocinio,  afinal, nosso predador não foi extinto. Apenas deixou de ser eficaz contra nós.
A partir do momento que o predador natural de uma espécie é extinto, essa espécie tende a se proliferar. Vamos pensar nas abelhas como exemplo. Temos um certo número de abelhas mantendo um certo equilíbrio por causa de seus predadores. A partir do momento que seus predadores são extintos elas tendem a se proliferar rapidamente, e tornam-se pragas. O mesmo vale para gafanhotos, sapos, o que vier em mente. Sendo assim, nada mais justo do que aceitar o fato de que somos pragas. Nos proliferamos de forma monstruosa, resultando em uma superpopulação de seres humanos. Por isso repito: Nós humanos, que nos achamos tão superior aos outros seres vivos, não passamos de pragas.

Poesias de Zaratustra 01 - Como destruir uma vida



Amigos! Inicio uma nova sessão no blog, que conterá meus pensamentos na arte da poesia ao invés da prosa. Comecei com esses trabalhos em 2008 e desde então não parei mais, tendo atualmente mais de 200 obras prontas. Muitas coisas são reflexões de experiências que tive, de momentos que vivi. Essa primeira poesia, intitulada "Como destruir uma vida", é um reflexo de como as pessoas chegam ao fundo do poço. Foi usada inclusive, por um famoso terapeuta do estado de São Paulo em uma de suas palestras sobre a psique humana. Portanto já inicio essa sessão com chave de ouro, e espero que a qualidade dos poemas e poesias só evoluam daqui em diante.

COMO DESTRUIR UMA VIDA - ZARATUSTRA

Aqui vai um pequeno manual
Te ensinando o que não deve ser ensinado
É um guia imoral
Seguido pelos retardados

Primeiro passo
Isolamento completo e total
Conversando consigo mesmo
Você se torna um doente mental

Segundo passo
Compaixão pelos que te odeiam
Pensando na felicidade deles
Esquecendo da sua

Terceiro passo
Fugir de quem te ama
Perdendo quem se importa
Nada mais importará

Quarto passo
Conhecer a si mesmo
Quanto mais você se vê
Mais vai querer morrer

Quinto passo
Se entregar aos malditos vícios
Vamos começar a beber
Vamos começar a fumar

Sexto passo
Não fazer coisas alegres
Pulando na realidade mórbida
Nadando no rio da angústia

Sétimo passo
Odiar você e o mundo
Abasteça sua ira e cólera
Descarregue em si mesmo

Oitavo passo
Não ser nem minimamente feliz
Nada na vida é bom
Nada na vida é bonito

Nono passo
Abraçar o ceticismo
Nunca essa merda vai mudar
E tudo tende a piorar

Décimo passo
Não querer mais viver
Mas sem tentar o suicídio
Aproveitando o sofrimento

Sigam esses dez passos
Que vocês darão o primeiro passo
Para entrar na rota perdida
Para destruir sua vida


domingo, 14 de agosto de 2011

A Tríade da Vida

Amigos! Há cerca de três anos, quando dava os primeiros passos na arte do filosofar, lendo filosofia pessimista, niilista e hedonista, escrevia algumas merdas em algumas folhas velhas, enebriado por alcool barato em madrugadas loucas de porre. A maioria dos pensamentos não tinha sentido algum (culpa da bebida!), mas um deles era completamente coerente e completo. Esse pensamento eu intitulei de "A tríade da vida".

Esse pensamento se explica melhor com a concepção visual dele, que segue abaixo.


OBJETIVOS

ALEGRIAS

FUGAS


O que está escrito acima, é a composição da vida em três palavras. Essas três palavras preenchem completamente o sentido físico da palavra vida. Vou explicar palavra por palavra.

OBJETIVOS - A vida é uma sucessão de objetivos. Tudo se faz na vida com objetivos. Você vai no mercado com um objetivo. Você estuda com um objetivo. Você trabalha com um objetivo. Você vai ao banheiro com um objetivo. Você desiste de ter um objetivo com um objetivo. Tudo na vida tem uma finalidade. Um final. Algo a se chegar.

ALEGRIAS - São as recompensas dos objetivos. Quando alcançamos objetivos, e conseguimos conquistá-los de maneira funcional, é gerado em nós um sentimento denominado alegria. Muitas vezes são momentos curtos, que tentamos repetir frequentemente. São as alegrias que nos motivam a buscar os objetivos.

FUGAS - E quando os objetivos não são alcançados? Para isso temos o que chamo de fugas. As fugas nada mais são do que tentativas efêmeras de aliviar a frustração por não ter alcançado determinado objetivo. Essas fugas são como as alegrias, no sentido de que são curtas. Nos dão um alívio momentâneo, vazio. E no dia seguinte voltamos às nossas frustrações.

Isso é só um esboço do pensamento. Na verdade, cheguei a escrever cerca de vinte páginas sobre o assunto, mas amigos, convenhamos o seguinte: vocês leêm essa merda com o intuito de... sei lá porque, porra. Então tomem esse esboço e reflitam. Acredito que vocês chegarão a muitos outros questionamentos e descobertas. E esse é meu objetivo.

Zaratustra


Diálogos I - A Perfeição

Boa noite.
Fui sábado à uma festa de aniversário junto com três amigos, entre eles, Zaratustra. Foi um dia bem agradável. No total somos quatro pessoas que costumam se reunir geralmente nos fins de semana para conversar, assistir filme e passar o tempo, mas, obviamente, tinha mais gente na festa. Depois de algumas horas uma amiga nossa foi embora e um outro amigo foi conversar com outras pessoas que Zaratrustra e eu não conhecíamos, sendo assim, ele e eu resolvemos dar uma volta pela rua de madrugada e passar em sua casa para pegar uma blusa pois estava frio.
No meio do caminho e após algum tempo razoável de conversa acabamos nos questionando o que seria a Perfeição. Vemos as pessoas dizendo que procuram coisas perfeitas, relacionamentos perfeitos, momentos perfeitos, mas o que é a Perfeição em si? Perguntei isso para Zaratustra e o mesmo começou com algumas citações de filósofos famosos, terminando o resto do raciocinio com uma explicação e opinião própria que durou mais de 5 minutos. Eu nunca havia parado para pensar sobre esse assunto, e entre um balançar de cabeça e outro comecei a pensar em algum jeito de chegarmos a alguma resposta. O diálogo a seguir é uma forma sintetizada da discussão sobre a Perfeição.

- Concordo, Zaratustra, com grande parte do que disse. Mas acredito que para encontrarmos uma resposta mais precisa, pelo menos para nós, devemos nos afastar de todos os conceitos e raciocínios já criados pelo homem, afinal, já sabemos que o mesmo deturpa as situações de acordo com a sua opinião e seus interesses.
- Verdade, mas convenhamos que é difícil se afastar de explicações já prontas e mastigadas.
- Vamos trabalhar isso. Acha que seria melhor começarmos com o conceito de Perfeição na sua forma universal e abrangente? Ou devemos começar com a Perfeição de acordo com o ser humano?
- Começaremos com ela em sua forma universal e abrangente. Precisamos definir primeiro o que ela é em sua totalidade para depois partirmos para o particular.
- Tens meu apoio nisso. Vamos começar considerando que a Perfeição é boa.
- Sim.
- A Perfeição, sendo boa, não faz mal à nada.
- Correto.
- Logo, algo que é bom não é nocivo.
- Obviamente.
- Temos aí então nossa primeira premissa. A Perfeição universal, em sua totalidade, é completamente boa, e por isso é incapaz de causar danos ao seu redor.
- Bem observado.
- A Natureza em sua totalidade é boa?
- Creio que sim.
- O simples fato da natureza existir faz mal à ela mesma?
- Não posso concordar com isso.
- Podemos concluir então que a Natureza, por si só, é Perfeita?
- Com isso eu concordo.
- Vamos incluir agora os animais em nosso raciocínio, mas deixaremos os humanos de fora dessa análise. Eles fazem parte da Natureza?
- Claro.
- Um animal faz mal ao outro?
- Depende da situação, Sócrates. Um predador obviamente faz mal à sua presa.
- Sim, mas isso faz parte do Ciclo da Vida. Um predador só caça quando está com fome, alimentando-se apenas para sobreviver. Se todos os animais fossem vegetarianos arrisco dizer que a vida hoje em dia estaria extinta.
- Tens razão.
- Logo, consideraremos a interação natural entre os animais é Perfeita?
- Consideraremos.
- Um cavalo branco e saudável é perfeito?
- Sim.
- E um cavalo preto e saudável?
- Tambem.
- E  um marrom?
- Tambem, oras. Aonde quer chegar?
- Então a Perfeição está além da estética?
- Está.
- Vamos manter nossa análise usando os cavalos. Um cavalo de apenas três patas é perfeito?
- Depende. Mas deixe-me fazer uma pergunta: por que cavalos?
- Porque eu gosto de cavalos, oras. Recapitulando, ele é perfeito de acordo com a estética?
- Pode ser. Concordamos que a Perfeição está além da estética.
- Esta anomalia prejudicaria seu bando?
- Em qual forma?
- Em um ataque de predadores, ou na simples locomoção conjunta do grupo
- Prejudicaria a si mesmo e aos outros.
- Então este cavalo seria perfeito?
- Mas Sócrates, ele não tem culpa de ter essa anomalia.
- E apesar disso ele pode ser nocivo, causando mal a si mesmo e aos outros.
- Falas com razão. Este cavalo obviamente não seria perfeito.
- Um golfinho de quatro patas seria perfeito?
- De onde tiraste essa idéia?!
- Vai ver onde quero chegar.
- Obviamente que não seria perfeito.
- Para a Perfeição dos golfinhos ou dos cavalos?
- Dos cavalos. Golfinhos vivem na água e isso atrapalharia seu modo de viver, prejudicando a si e aos outros.
- Mas concordamos que um cavalo saudável e com todas as patas seria perfeito, certo?
- Sim.
- Logo, um golfinho em sua forma natural tambem seria perfeito?
- Correto.
- Essas situações dizem respeito ao modo que eles vivem?
- Que quer dizer?
- Quero dizer que um cavalo precisa mais das patas pois vive em um ambiente terrestre, enquanto um golfinho, por viver em ambiente marinho, não precisa de patas.
- Certo.
- Essas situações fazem com que eles sejam funcionais?
- Exatamente.
- Oras, a partir disso tiramos nossa conclusão sobre a Perfeição Universal. Ela é completamente boa, não sendo nociva para nenhuma forma de existência, e é funcional. A Natureza e a interação entre as formas de vida que existem na Natureza são perfeitas enquanto são funcionais. A partir do momento que tal forma perde sua funcionalidade e/ou prejudica outra forma de existência ela perde sua perfeição.
- Falas com razão, caro amigo.
- Vamos agora incluir o ser humano?
- Sim.
- Acha melhor analisarmos direto o ser humano ou vamos primeiro analisar a perfeição que o ser humano procura? De forma mais abrangente?
- Vamos direto para o ser humano. Já analisamos a perfeição de forma abrangente.
- Zaratustra, imagine alguem de vista fraca.
- Imagino.
- Se colocassem uma parede com uma coluna escrita apenas com várias letras A, indo de uma letra pequena até uma letra grande, essa pessoa teria mais facilidade em concluir que a coluna é constituída apenas da letra A se a analisasse da menor para a maior?
- Acredito que seria mais fácil se ela analisasse da letra maior para a letra menor.
- Oras, de certa forma somos como essa pessoa de vista fraca diante de um universo que não temos conhecimento. Analisamos a Perfeição Universal, mas não a analisamos como a forma que o homem procura.
- Concordo contigo. Devemos analisar a busca de forma abrangente para depois partirmos para o particular, que é o homem.
- E o homem está sempre buscando a perfeição. Mas qual seria, de uma forma geral, a maior busca para o homem?
- Acredito que a construção de uma família deva ser a maior busca. Eu diria que é a felicidade, mas não vamos misturar uma análise sobre a felicidade enquanto buscamos o que estamos focados.
- Exatamente. E a construção de uma família pode ser interpretada como uma interação que discutimos enquanto debatíamos sobre a Natureza?
- Sim, claro. Afinal, tambem fazemos parte da Natureza.
- Sabemos que o ser humano é o único ser capaz de se comunicar por palavras, entendê-las e interpretá-las.
- Sabemos.
- Eventualmente, os seres da mesma família conversarão entre si.
- É forçoso que sim. Isso está na nossa natureza.
- Discussões e brigas são frequentes em uma família?
- São.
- Geralmente são feitas através de palavras?
- Quase sempre que são.
- E palavras machucam?
- Mais do que golpes físicos.
- Diferentemente de golpes físicos, os ferimentos causados por palavras são fáceis de cicatrizar?
- Não. Muitas vezes a dor permanece a vida toda.
- E a dor é nociva?
- Obviamente. E sendo nociva, não é perfeita.
- Então o ato de construir uma família eventualmente trará dor a alguem.
- Trará.
- E antes de construir uma família, o que nós chamamos de protocolo social diz que devemos conhecer alguem, namorar, casar. Entre esse meio tempo palavras obviamente serão trocadas e brigas irão ocorrer. Alguem sairá machucado de forma física e/ou emocional?
- Com certeza que sim.
- E nas amizades? Ocorrem brigas e discussões?
- Muitas vezes.
- E um amigo machuca o outro através de palavras?
- Machuca.
- E na relação profissional?
- Sim, se formos seguir a mesma linha de raciocínio que seguimos até agora.
- E isso tudo que usamos como exemplo são formas de relacionamento?
- São.
- Então a nossa vida se baseia em relacionamentos? Seja amoroso, amistoso, profissional, familiar..?
- Baseia-se, sim.
- E de alguma forma em todo relacionamento há a presença da dor, que é má?
- Está sempre presente.
- Então nenhum relacionamento é perfeito?
- Concordo. Nenhum relacionamento é perfeito.
- Mas deixam de ser funcionais?
- Continuam sendo funcionais de acordo com o seu propósito e o que a pessoa procura, mas nem por isso ele é perfeito.
- Então procuramos aquilo que é funcional para nós?
- É o que procuramos.
- Oras, então creio que já chegamos na nossa resposta.
- Não entendo como.
- Acompanhe meu raciocínio. Se a nossa simples existência é nociva ao próximo em algum momento de nossa vida, já não somos mais perfeitos. Porém, estamos sempre a procura de algo, algum objetivo. Para isso passamos por vários relacionamentos, imperfeitos, para chegarmos ao objetivo tido por nós como maior e principal: construir uma família. Mesmo a realização desse objetivo de certa forma vai causar danos a alguem. Seja da própria família, ou de fora dela. Porém, concordamos que apesar de nossos relacionamentos não serem perfeitos, eles são funcionais para nós. No fim, o que procuramos está fora da Perfeição Universal, cumprindo apenas a parte da funcionalidade. Portanto, a perfeição que o ser humano procura não existe. O que existe é apenas a parte funcional para cada um.
- E nem sempre o que é funcional para um é funcional para outro.
- Exatamente. Procuramos o que é funcional para nós, sem nos preocuparmos se isso é funcional para o próximo. Por esse e outros motivos, a partir de certo ponto, a simples existência do ser humano já é imperfeita, assim como nossos relacionamentos e nossa própria vida e existência.
- Creio que realmente chegamos a nossa conclusão, Sócrates. Não quer dizer que ela é verdade universal, mas foi o que conseguimos constatar com essa conversa.
- E se alguem nos perguntar nossa opinião sobre o assunto, já sabemos o que responder.

Após esse diálogo retornamos para a festa e mais tarde fomos dormir. Gostaria de lembrar que não somos filósofos, nem cientistas sociais. Somos apenas jovens que gostam de pensar um pouco sobre assuntos polêmicos e sobre o que nossa espécie realmente é. Gostamos de quebrar os paradigmas impostos pelas pessoas, mas obviamente não nos achamos donos da verdade absoluta. Não chegamos e falamos "vamos filosofar sobre determinado assunto!". O assunto geralmente aparece no meio da conversa, e quando menos percebemos já estamos analisando de forma parecida com a que relatei.  E claro, o diálogo não foi 100% dessa maneira. Foi de uma forma coloquial e descontraída, com alguns palavrões, alterações de ambas as partes por causa da bebida, mas a essência é essa e o raciocínio utilizado foi esse. Tentarei postar de vez em quando alguns diálogos e conversas sobre determinados assuntos. Tenham uma boa noite.
Sócrates.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sobre a loucura



Amigos, em mais uma madruga louca me surgiu uma ideia. Porque não falar sobre a loucura!? É um tema tão importante e pertinente quanto à filosofia socrática, e merece atenção e reflexão diferenciada. A loucura para mim é algo que existe de forma inconsciente no ser humano. É algo que não percebemos quando se apodera de nós. Além disso, tenho uma visão positiva da loucura. Acredito que ela é algo bom e importante para o ser humano. Sem mais delongas, vamos ao que interessa: a reflexão em si.

Nos bons tempos da minha adolescência, em que explorava a filosofia como uma criança explora uma loja de doces, li uma obra - creio que a mais importante, para não dizer única - de Erasmo de Rotterdam, intitulada "O Elogio da Loucura". A obra é claramente parcial, e destaca a necessidade da loucura ser latente nas pessoas. Alguns trechos até exageram nisso, fugindo demais do racionalismo cartesiano que estava sendo difundido naquela época pré iluminista. Mas de qualquer forma, é uma obra essencial e muito divertida e interessante de ser lida para todos os amantes da enfadonha arte de pensar. Enfim, a partir dessa obra comecei a estimular em mim a ideia de pensar a loucura. Com a "Genealogia da Moral" de Nietzsche, entendi que os conceitos de bem e mal são exageradamente moralistas, e se o mundo fosse somente isso, seria deveras chato e monótono. A loucura é uma válvula de escape da nossa realidade. Em suma, é uma letargia praticamente obrigatória para manter a sanidade.

Então Zaratustra, você afirma que a loucura é o que mantêm o ser humano são? Exatamente! O mundo sem loucura seria tão correto que seria desmotivacional fazer parte dele. Quer entender exemplificadamente? Imagine aquele seu amigo que não faz nada considerado "imoral". Aquele amigo que acorda, trabalha, dorme e segue assim a vida toda. Que não sai de casa, que não se diverte, que não pega uma noite para fazer loucuras. Enfim, aquele cara chato. Se todos fossem assim, a rotina seria uma armadilha fatal para a humanidade, e assim não teríamos motivação para viver.

O que quero dizer é que um pouco de loucura torna a nossa vida mais feliz. A felicidade está diretamente ligada à experiências que fogem à nossa realidade "física", transpondo-nos para uma realidade "metafísica". Essa transposição nos dá a sensação que estamos fazendo dos nossos dias uma experiência única, o que nos faz sentir que a vida vale a pena, pois pode ser aproveitada de forma única. A loucura são as pequenas coisas que tornam nossos dias menos cinzas.

Portanto, sou adepto fiel da loucura. Sou louco convicto, e graças a essa loucura que ainda tenho motivação para lutar pelas coisas e pelas pessoas. Porque se fosse um cético racionalista moralista e epicurista, não iria querer levantar diariamente para encarar mais um dia nesse mundo de merda em que fomos jogados sem termos pedido!

Zaratustra

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sobre a confiança


Se realmente confiássemos no ser humano, não trancaríamos nossa casa quando saímos de casa diariamente. Tudo bem, também acho que essa frase é extremante pessimista, mas temos que aceitar que é verdade. Sem generalizações, sabemos que existem pessoas ruins em qualquer lugar do mundo, inclusive na nossa própria vizinhança. Mas, afinal, o que é o ato de confiar? Será que realmente confiamos em alguém, de forma completamente cega e espontânea? A confiança é algo pensado ou inconsciente? Todas essas questões merecem uma reflexão.

Vulgarmente falando, confiar é acreditar em algo ou alguém. O verbo confiar remete naturalmente ao ser humano. Quando confiamos, confiamos em alguém. Essa pessoa geralmente é alguém que temos mais intimidade, que faz parte do nosso grupo primário. Essa intimidade nos dá a sensação de que essa pessoa gosta de nós, e que por isso podemos ceder nossos bens materiais ou nossos maiores segredos a ela que não teremos nenhum ônus. Em parte isso é verdade. Particularmente, possuo um círculo de amigos e familiares que me passam segurança. O perigo está quando uma pessoa te passa uma falsa segurança, e você se entrega a ela de uma forma impulsiva e inconsequente. Isso acarretará coisas talvez irreversíveis, podendo destruir famílias e a própria pessoa ludibriada. Eu não creio que o ser humano possa confiar em outro de forma absoluta. Afinal, todos fazem coisas que nunca falam a ninguém. Isso representa até um certo protocolo social. Existem assuntos, que para o ser humano são verdadeiros tabus.

A confiança é completamente pensada. Não se confia em alguém sem uma profunda reflexão. Afinal de contas, é a vida de um indivíduo que está em jogo. Não se pode brincar com a sua própria vida. Ela é única. Antes de se expor à alguém, é necessário calcular todos os riscos possíveis e impossíveis. E assim, evitamos frustrações e humilhações desnecessárias. A confiança é como um jogo. Se confia em alguém sabendo que isso não trará um ônus para quem confia.

Portanto, afirmo que a confiança é algo que existe, é algo pensado e algo importante para o ser humano. Afinal, é sempre bom que nossa mente entenda que podemos contar com alguém para qualquer coisa. Mas tem que existir uma prudência em quem se confia. Tudo que é bem pensado acaba não trazendo problemas. Basta saber jogar o jogo certo.

Zaratustra

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Reflexão Sobre a Racionalidade

Boa noite.
Esses dias estava sentado na praça de alimentação do shopping matando o tempo e pensando um pouco enquanto tomava uma cerveja. Entre um gole e outro comecei a pensar sobre o que nos torna "racionais". Desde pequenos estufamos o peito e dizemos com o maior orgulho que "o ser humano é um animal racional". Mas o que é a racionalidade? Por favor, não me digam que vocês baseiam sua idéia de racionalidade como sendo a capacidade de raciocinar. Na verdade essa é uma idéia de certa forma precisa, mas tambem incluiriamos o cachorro como um animal racional, o gato como um animal racional e assim por diante. Afinal, eles tambem não raciocinam? Um cachorro agredido não reconhece seu agressor mesmo após vários dias, e sabendo que deve evitá-lo usa os artifícios de sua raça e espécie para se defender? Uma leoa caçando zebras não reconhece a mais fraca do grupo, perseguindo a presa de forma precisa para saciar a fome? Essas não são demonstrações de raciocínio, e de certo modo, de racionalidade? Ora, teremos que ir mais alem então.
Mamíferos, viagem comigo através do tempo. O ser humano se gaba por ser capaz de resolver algumas equações, criar robôs e viajar para o espaço. Mas vamos analisar como isso tudo começou.
Leões, zebras, gatos, cachorros, golfinhos.... todos eles têm em comum o fato de agirem conforme suas necessidades e seus instintos. Tambem creio que todos eles consigam se comunicar entre si, não de forma tão  precisa quanto a nossa, mas de forma eficiente para eles. Essa comunicação pode ser através de rosnados, uivos, gestos e assim por diante. Coisas simples que indicam que é a hora de caçar, hora de comer, que estão em território alheio e por aí vai. Mas o fato é que nenhum deles possui uma forma de comunicação que exercita o questionamento. Em uma matilha de lobos o mais forte é o Alfa. O Beta não chega para o mais forte e diz "Qual o motivo de você ser o Alfa? Simplesmente por ser mais forte e saudável? Eu sou mais inteligente! Eu deveria ser o Alfa!". Nada disso. O máximo que ele faz é desafiar o Alfa para um duelo. Ouso dizer que a nossa racionalidade, como nós a conhecemos hoje, partiu desse princípio. Começou quando fomos capazes de nos comunicar de uma maneira mais "avançada", mais abrangente. Percebam que coloco alguns termos entre aspas, de forma irônica. Termos que muitos pensariam "mas é claro que nossa comunicação é mais avançada que a deles". Eu discordo, pois se tais espécies estão vivas até hoje então a comunicação deles é eficiente para a realidade deles. Mas não vamos divagar sobre isso agora. Voltando para a linha de raciocínio anterior... a partir do momento que nossa comunicação ficou mais abrangente e mais dinâmica do que simples gestos e grunhidos, passamos a questionar as coisas a nossa volta. Passamos a delimitar nossos territórios. Nasceu daí o egoísmo de uma forma mais intensa, a discórdia de uma forma mais intensa, e os questionamentos de uma forma mais intensa. As pessoas começaram a se juntar para tentar entender como as coisas funcionam. Surgiram as histórias para explicar o Universo, e questionamentos dessas histórias que acabaram culminando em mais histórias e em mais questionamentos. Toda essa capacidade de comunicação resultou na nossa racionalidade que conhecemos hoje. Sabemos que 2+2 = 4 pois alguem falou isso, com palavras e escrita, e provou que isso é verdadeiro. Como sabem, mamíferos, não sou filósofo. Apenas gosto de pensar. E em meio a esses pensamentos ouso dizer que nossa racionalidade se deve ao fato de nossa comunicação ser do jeito que ela é, mas nego que somos os únicos animais racionais.

Sobre a educação no Brasil



Tudo bem, tudo bem. Antes que digam que eu sou um sonhador, e que a educação brasileira jamais atingirá um patamar de qualidade, já lhes digo que também acho que uma educação de qualidade é utopia. Mas não irei somente reclamar (como todos fazem, acomodados em seus leitos de ignorância), mas sim propor um novo modelo educacional. Algo completamente viável, tanto financeiramente quanto sociologicamente, mas que ainda encontra resistência no governo, que busca a alienação do povo, ao invés de criar nele uma visão crítica do que o rodeia.

Inicialmente, o modelo de 3 turnos diários está completamente equivocado. O correto seria fazer 2 turnos, um das 9h às 15h e outro das 16h às 23h. Com um tempo mais integral, possibilitaria formar uma educação mais completa, muito mais além do simples ensino das matérias ensinadas hoje somente para preparar para o vestibular. É importante o estudo da física, química, história e todas as outras matérias. Mas, mais importante do que isso, é a formação do cidadão, do ser humano, da pessoa em si. Um caráter de respeito é mais importante do que um conhecimento extraordinário sobre a física quântica. Enfim, com mais tempo de aula, existiria tempo hábil para investir em matérias que incitam a crítica e a curiosidade, como aulas de cidadania e ciências sociais.

Outra modificação necessária, é a mudança do layout das salas de aula. Uma sala de aula montada com um aluno atrás do outro e o professor isolado à frente, cria robozinhos, que decoram matérias que provavelmente nunca usarão na vida, e acabam por criar pessoas acomodadas que exista um lider à frente deles. Isso meio que isola o professor como sendo melhor do que os alunos. Isso tá errado! Caralho! O professor não é melhor do que os alunos! Ele só é mais velho e estudou um pouco mais! Porra! O mais sensato é que os alunos façam uma roda, para que todos se olhem. Isso formaria adultos mais comunicativos, que saberiam trabalhar melhor em grupo. E o professor incluído nessa roda, de forma que seja um mediador entre os debates dos alunos. O quadro negro é coisa de gente velha. Porra! Escrever um monte de bobagem no caderno e no fim do ano jogar tudo fora... Do que vale uma merda dessa? Porra nenhuma! Só o debate e a leitura de livros por parte dos alunos já é suficiente. E as provas? Foda-se! Pra que prova? Só pra segregar os que são "burros" dos "inteligentes"? Que merda vale um papel com um 10 escrito, se o aluno não sabe as merdas que o cercam, não tem visão crítica da sociedade em que está inserido? Porra nenhuma!

Enfim, sei que é utopia essa merda toda, sei que seria necessário que o governo quissesse criar uma sociedade mais crítica e isso é impossível. Afinal, quantas faculdades públicas de filosofia foram criadas? Acho que zero. E quantas Etecs e Fatecs foram feitas? Centenas. Traduzindo: o governo quer criar peões para abaixar a cabeça e trabalhar até ficar velho e depois sobreviver aos trancos e barrancos com uma aposentadoria miserável. Esse é o propósito da educação no Brasil.

Zaratustra


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O sentido da vida



A vida não possui sentido. Não é coerente afirmar que a vida tem um propósito, uma vez que, se a vida tivesse um propósito, e que esse propósito não fosse utópico, a vida perderia seu propósito quando o propósito da vida fosse alcançado. Porra! Isso não faz sentido algum!
Talvez possamos definir que "o sentido da vida é viver." Mas então o que é viver? Porque vivemos? Existe um motivo plausível e não contraditório para "viver" ao invés de simplesmente "estar vivo"? O ato de viver é simplesmente manter a ordem e a continuação da espécie humana. Nos enchemos de pequenas massagens no ego para manter a vontade de lutar pelas coisas. E essas massagens no ego, só servem como um mero consolo para suportar a nossa vida miserável e superficial.
Ou ainda, possamos afirmar que "o sentido da vida é ser feliz". Então somos tristes? Não? Somos felizes? Também não? Somos o que então? Somos vivos, e o que trás a felicidade? Dinheiro? Família? Um bom emprego? Não, essa merda é incoerente. Felicidade é utopia, o que existe de verdade são pequenas alegrias, que são esquecidas no dia seguinte ou no primeiro revés que apareça à nossa frente.
A vida não tem sentido!


Protocolos Sociais

Começarei com uma breve reflexão sobre o que eu costumo chamar de "Protocolos Sociais".
Não é preciso ir muito longe para vermos em torno do que as pessoas giram hoje em dia. As vezes queremos procurar alguma coisa em uma comunidade no Orkut e só vemos tópicos com o título "Beija ou Passa" ; "Fica, Namora, Casa, Joga na Cama..." e por aí vai. Passamos perto de um grupo de pessoas conversando e logo escutamos quantos cada um "pegou" na noite anterior na balada, ou qual carro comprou, qual bem material adquiriu. Grande parte das pessoas são definidas pelos bens materiais que possuem, pelo número de parceiros que conseguem em uma noite, pela quantidade de dinheiro na carteira. Para sermos aceitos, muitas vezes precisamos entrar nesse jogo. As pessoas hoje em dia procuram breves minutos de prazer com vários parceiros ao invés de buscarem anos de felicidade com uma única pessoa. Quem não segue esse protocolo é tido como estranho, fora dos padrões, alguem que deve ser resetado e inserido novamente na sociedade para que possa se encaixar. É triste ver crianças de 12 anos competindo para ver quem fica com mais gente. Hoje em dia não se valoriza mais o que um beijo significa, não se valoriza mais o que um abraço significa. As pessoas se cansam das outras rapidamente. Pessoas que supostamente deveriam nos dar carinho, que nos prometeram amor e felicidade um dia chegam e dizerm que não gostam mais da gente. Qual é o protocolo para isso? Conhecer a pessoa, se apaixonar, conhecer os pais, começar a amar, ser "chutado" pois a pessoa se cansou de você?
Qual o protocolo para uma amizade? Conhecer o futuro amigo, competir para ver quem tem mais bens, quem "pega" mais gente na balada e se afastar quando o dinheiro de um dos lados terminar?
As pessoas giram em torno de aparências, de mentiras. Esquecem qual a verdadeira essência de atos simples. Juras e promessas no final tornam-se apenas palavras. Beijos e abraços no final tornam-se apenas contato carnal. O respeito e a afetividade tornam-se apenas conceitos presentes no dicionário. Qual protocolo iremos seguir? Joguei fora meu livro, mas abra o seu e siga fielmente o protocolo cabível para ser aceito, afinal, o importante é se encaixar.

Apresentação - Sócrates

Boa noite.
Creio que já estão familiarizados com a proposta do blog de acordo com o primeiro post e com o post de nosso amigo Zaratustra. Com o tempo notarão que nossos posts diferem bastante um do outro na questão de expressão, mas que nossas idéias seguem a mesma linha de raciocínio. Alem de tentar retratar a verdade e a realidade como nós a enxergamos, tentarei abordar reflexões sobre coisas que as pessoas dificilmente param para pensar. Procuramos um amor de verdade, mas o que é o amor? Dizemos que tal pessoa é bonita, mas o que é a beleza? Procuramos alguem perfeito, mas o que é a perfeição?
Questões e reflexões como estas serão abordadas em posts feitos em cima de diálogos que eu tive e irei ter com nosso amigo Zaratustra, sentados em um banco de praça e bebendo cerveja durante uma tarde.

Apresentação

Olá.

Inicialmente, já adianto que seguirei a proposta do blog de forma fiel, e que não falarei falsas verdades em busca de fama e dinheiro. A minha ideia é falar aquilo que a maioria da sociedade não enxerga. Ou pior, enxerga e finge que não vê. Não tenho cadastro em nenhuma rede social, e assim me mantenho imune a viroses de falsidade emitidas por pessoas que se orgulham de ter 800 amigos no perfil do Facebook. Também não irei ter pudor no que falo. Se eu quiser falar palavrão, eu direi palavrão. Foda-se! Porra! E também não me importo com críticas dos frequentadores do blog (que certamente serão poucos, pois 90% das pessoas do mundo só fazem peso na Terra). Acho que as críticas ajudam a formar um pensamento mais completo das coisas que nos cercam.

Enfim, irei dizer muita coisa que irão surpreender pessoas mais moralistas e otimistas, mas jamais direi algo que não seja a verdade. Porque a verdade é uma merda, mas é a verdade.

Atenciosamente,

Zaratustra

Proposta do Blog

Bom dia, leitores.
Primeiramente, sejam bem vindos ao nosso espaço. Nesta página irão encontrar pensamentos, reflexões e trechos de conversas de dois jovens com uma visão um pouco deturpada do mundo em que vivemos, abordando desde a filosofia até a sociologia, retratando experiências pessoas, observações e reflexões. Se estão esperando palavras bonitinhas de como o mundo é belo.... aconselhamos apertarem o botão com um X no canto direito superior de vossa tela. Trataremos a realidade como ela é.
Como podem perceber, usamos nomes de personalidades que admiramos no mundo filosófico. Isso não quer dizer que eles pensavam como nós, ou que nós pensamos como eles. Não temos esse privilégio, mas seus métodos e suas idéias nos ajudam a enxergar melhor as coisas como elas devem ser.
Atenciosamente,
 Sócrates e Zarathustra.