terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sobre a educação no Brasil



Tudo bem, tudo bem. Antes que digam que eu sou um sonhador, e que a educação brasileira jamais atingirá um patamar de qualidade, já lhes digo que também acho que uma educação de qualidade é utopia. Mas não irei somente reclamar (como todos fazem, acomodados em seus leitos de ignorância), mas sim propor um novo modelo educacional. Algo completamente viável, tanto financeiramente quanto sociologicamente, mas que ainda encontra resistência no governo, que busca a alienação do povo, ao invés de criar nele uma visão crítica do que o rodeia.

Inicialmente, o modelo de 3 turnos diários está completamente equivocado. O correto seria fazer 2 turnos, um das 9h às 15h e outro das 16h às 23h. Com um tempo mais integral, possibilitaria formar uma educação mais completa, muito mais além do simples ensino das matérias ensinadas hoje somente para preparar para o vestibular. É importante o estudo da física, química, história e todas as outras matérias. Mas, mais importante do que isso, é a formação do cidadão, do ser humano, da pessoa em si. Um caráter de respeito é mais importante do que um conhecimento extraordinário sobre a física quântica. Enfim, com mais tempo de aula, existiria tempo hábil para investir em matérias que incitam a crítica e a curiosidade, como aulas de cidadania e ciências sociais.

Outra modificação necessária, é a mudança do layout das salas de aula. Uma sala de aula montada com um aluno atrás do outro e o professor isolado à frente, cria robozinhos, que decoram matérias que provavelmente nunca usarão na vida, e acabam por criar pessoas acomodadas que exista um lider à frente deles. Isso meio que isola o professor como sendo melhor do que os alunos. Isso tá errado! Caralho! O professor não é melhor do que os alunos! Ele só é mais velho e estudou um pouco mais! Porra! O mais sensato é que os alunos façam uma roda, para que todos se olhem. Isso formaria adultos mais comunicativos, que saberiam trabalhar melhor em grupo. E o professor incluído nessa roda, de forma que seja um mediador entre os debates dos alunos. O quadro negro é coisa de gente velha. Porra! Escrever um monte de bobagem no caderno e no fim do ano jogar tudo fora... Do que vale uma merda dessa? Porra nenhuma! Só o debate e a leitura de livros por parte dos alunos já é suficiente. E as provas? Foda-se! Pra que prova? Só pra segregar os que são "burros" dos "inteligentes"? Que merda vale um papel com um 10 escrito, se o aluno não sabe as merdas que o cercam, não tem visão crítica da sociedade em que está inserido? Porra nenhuma!

Enfim, sei que é utopia essa merda toda, sei que seria necessário que o governo quissesse criar uma sociedade mais crítica e isso é impossível. Afinal, quantas faculdades públicas de filosofia foram criadas? Acho que zero. E quantas Etecs e Fatecs foram feitas? Centenas. Traduzindo: o governo quer criar peões para abaixar a cabeça e trabalhar até ficar velho e depois sobreviver aos trancos e barrancos com uma aposentadoria miserável. Esse é o propósito da educação no Brasil.

Zaratustra


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