terça-feira, 30 de agosto de 2011

A face interna da alma

Boa tarde.
Hoje não vim refletir sobre nada. Não vim filosofar sobre nada. Estou aqui apenas para escrever.
Essa semana está sendo complicada, e infelizmente não só pra mim. Como puderam ver, Zaratustra precisou se afastar por um momento da sociedade. O motivo? Tristeza, decepção, e tempo para refletir. Sendo assim, tentarei manter o blog atualizado na medida do possível, e irei falar agora sobre o que estou sentindo ultimamente. Não é a proposta do blog e nem a proposta dos meus posts, mas as vezes precisamos expressar um pouco o que sentimos.
Dessa vez a vida, ou o amor, ou o destino resolveu sacanear de uma maneira bem elevada. O fim de semana foi agradável. Marcamos de sair com os amigos, jogamos boliche, bebemos, jogamos baralho e rimos.
Porém, segunda feira foi o dia. Como podiam perceber pelos meus posts, eu já estava triste antes, mas alguns acontecimentos fizeram com que mais três amigos tambem ficassem mal. E o mais chato é que todos somos pessoas sinceras e boas. Não estou sendo hipócrita ao ponto de dizer que somos perfeitos, mas somos bons. Temos atitudes boas, e não merecemos sofrer. Quatro amigos, quatro corações. Todos tristes. Todos decepcionados. Pessoas boas não deviam sofrer. Pessoas boas não deviam ficar tristes e não deviam se decepcionar. Algumas conseguem seguir em frente; outras, como eu, simplesmente não tem forças.
Estou triste, sou triste, serei triste e provavelmente morrerei triste. Conheci a felicidade plena por pouco tempo, e ela foi tirada de mim. O que fazer quando perdemos o gosto pela vida e não temos condições de seguir em frente? O que fazer quando a nossa felicidade depende da mesma pessoa que a tirou de nós? Quando não temos mais ânimo, nem objetivos, e que aquilo que faz sentido pra nós e queremos muito não está ao nosso alcance?
Olho para o sorriso de uma criança e sinto saudades do tempo que a vida se resumia em brincar e tomar sorvete. Passo em frente ao cemitério e sinto inveja dos cadáveres que estão lá enterrados, ou do defunto que se encontra dentro de um caixão sendo velado. Sinto falta da época em que eu achava que a vida era boa e que depressão era apenas frescura. Da época em que as coisas funcionavam. Hoje o coração bate, o sangue flui, o cérebro funciona, mas a alma morre. A felicidade está apodrecida no subsolo onírico do cemitério da tristeza, onde larvas espectrais devoram cada centímetro de sua existência. E o único motivo de continuar existindo é o do coração bater e do cérebro funcionar, afinal, é isso que nos mantem vivos, mas não é isso que faz com que a gente viva. Faz apenas com que a gente exista.

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