sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Eu ria, eu ria, eu ria...



Que saudade daquela vez que estávamos juntos
Perto daquele lugar em que você caiu certa vez
E eu ria, eu ria da sua queda
E depois a gente riu da situação toda...

Saudades do seu riso fácil,
Saudades do seu pensamento filosófico,
Saudades das putarias,
Saudades das suas broncas e conselhos

Apesar de não falar com você
Bebo todas as noites, sempre estou bebendo
Na verdade o alcool é para ao menos
Esquecer o seu rosto

Não quero mais lembrar do seu belo rosto
E do seu belo corpo
E de tudo o que fazíamos com ele
Eu ria, eu ria, eu ria de tudo o que fazíamos
O meu mundo era felicidade multiplicada por felicidade
E eu ria, eu ria sempre de tudo
E você me falava que eu era um idiota por ter aquele sorriso no rosto
Pois bem, queria estar rindo agora
Queria ser um idiota novamente

Zaratustra

Ode ao alcool!



Olá amigos! Bom, mais uma noite de alcoolismo de minha parte. E, para variar, dessa vez pedi a ajuda do genial Sócrates para definir o tema da escrita. E ele, me conhecendo bem, sabe o que escrevo de melhor: o alcool. O alcool, para mim, não é só uma diversão, não é só um tipo de bebida. É muito mais do que isso, é um estilo de vida. É alguém que está ali nos seus momentos difíceis. Alguém que te ouve quando você não está em um bom dia. É algo que sempre lhe acompanha. Com dinheiro, ele está ali, na forma de whiskys caros... Na pobreza, sem problemas, ele está ali como uma garrafa de Pedra 90 misturado com Dolly Cola. Portanto, o alcool não merece ser menosprezado por nenhum de nós, pois ele pode salvar famílias de rupturas e seres humanos de atitudes desesperadas!

Vou contar a todos uma experiência minha, muito particular aliás. Vou dar uma mudada na história para não me expor muito, mas a essência é a mesma. Quando estava terminando aquele meu relacionamento sério, do qual sempre falo a todos, inclusive aqui no blog, estava tendo muitas dificuldades. Na época, bebia somente aos finais de semana, entre amigos, nas festas da minha vida. Porém, essas dificuldades me levaram a um novo hábito: beber todos os dias, inclusive durante a semana. Não digo que foi algo simples, algo fácil de ser feito. Diversas vezes acordava mal, gorfava no chão, passava mal a caminho da faculdade. Porém, o objetivo principal, que era esquecer a noite anterior, era sempre conquistado! E tudo isso graças ao alcool! Que néctar dos deuses, que bebida divina!

Os bêbados sempre acabam sendo as melhores pessoas do mundo. Pense bem: um homem alcoolatra é sempre mais honesto do que um homem sóbrio. O alcoolismo faz você falar as verdades engasgadas para todos que merecem ouvir. É como diz o ditado: o alcool entra e a verdade sai. Imagine um mundo onde todos fossemos bêbados e degenerados? Imaginem a felicidade de todos, conversando entre si coisas sem sentido, rindo, gorfando, caindo no chão e levantando depois... Seria lindo demais, mais lindo do que qualquer concepção de mundo ideal! E focaríamos nossas vidas para o alcool, sem nos preocuparmos com as malditas vaidades. Olha-se o carro do vizinho com inveja, queremos ter um melhor. Mas com o alcool, não importa sua condição financeira, você certamente conseguirá ficar bêbado. Seja com pinga barata ou bebida importada!

Falando em bebida barata, que espécime linda são aqueles tiozinhos de boteco, aqueles que bebem Velho Barreiro! Pessoas simples, humildes, que não se dão ao luxo de ostentar belas brilhosas roupas. De fato, geralmente estão sem camisa. E quando vemos eles andando pelas ruas, falando aquelas frases sem sentido algum... Existe algo mais belo do que a falta de nexo em uma frase. Percebemos que eles falam nada com nada, mas nesse nada, sempre encontramos uma lição de carinho e amor. E o que falar de quando eles estão caídos no chão, tomando sol, depois de terem tomado uma garrafa de pinga? É quase como o nirvana no budismo. É um estado de êxtase tamanho, que é necessário o relaxamento por completo. Nesse momento, a sabedoria toma conta desses seres, e basta virarmos a cabeça deles de lado para vermos as ideias brotarem e escorrerem pela calçada a fora, misturada a muito alcool e coxinha barata!

Bom amigos, não vou me delongar. Creio que a minha ode ao alcool está demasiadamente bem explanada. Espero que todos continuem bebendo muito, e alcançando essa alegria que alcanço todas as noites!

Zaratustra

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Quando saímos do banho ainda mais sujos!



Um banho
Ele representa a limpeza
Mas nesse banho, somente nele
Estou acompanhado dela
Que não é algo que chamo de amor
Mas ao menos é uma mulher

Um banho
Quando se está sozinho, geralmente nos limpamos
E pensamos na vida, sempre
Sempre bom né, lembrar das coisas a fazer
Gastar a energia, a água, pensando groselhas
E sairmos limpos, com um frescor no ar

Um banho
Quando eu tomo banho com essa mulher
Eu não consigo ficar limpo
A gente começa com a ideia de "vamos nos limpar"
E ai que ela começa a esfregar as minhas costas
Eu esfrego as costas dela também, com muita calma
E então pensamos "Puxa, tem que lavar o resto do corpo"
E aí não presta, porque ela me dá a ideia de ensaboar minhas bolas
Excelente ideia! Agora o meu pênis está duro!
Temos um problema, ela pensa... Apesar que com o pênis duro
Fica mais fácil de limpar sua total extensão
E aí que problemas de verdade começam, uma vez que eu limpo a buceta dela
E ela limpa meu pênis com movimentos masturbativos
E eu, como sou um cara limpinho, quero limpar a buceta dela por dentro
Tipo, quando você lava um copo... Você lava as bordas e por dentro
É sempre bom deixar tudo limpinho, tudo no esquema
E eu lavando um copo, ela lavando uma colherona de pau
Porra, a gente já tinha lavado o corpo todo, aí limpamos as genitálias
Não dá, não me aguento... Em um sexo selvagem embaixo do escorrer da água
Faço nossos corpos ficarem sujos de novo
Ahhh que merda, penso eu. Agora tem porra no corpo dela e para todos os lados
Estamos suados, pareceu que não tomamos banho
Mas as pernas estão muito cansadas para nos lavarmos de novo
Só uma passadinha de água no corpo deve ser o bastante
Nos enxugamos com a toalha e vamos para cama, meter de novo

Um banho
Quando é feito em casal nunca dá certo
É nesse tipo de coisa que saímos mais sujos do que entramos
Mas ao menos é mais prazeroso do que um banho comum
Regado a pensamentos groselhentos e limpeza

- Inspirado no mestre Charles Bukowski e sua poesia "O Chuveiro"

Zaratustra

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Tristeza, alcool ou verdade? Não sei ao certo...



Os relacionamentos. Tema frequente na minha escrita, na minha poesia, nas minhas crônicas, no meu alcool, no meu gorfo... Sempre eles. Sempre eles me fudendo, me fazendo rastejar sobre toda essa esperança largada e esparramada do chão mórbido e frio daquilo que chamamos de vida. Sempre o que me leva a escrever da pior forma possível, daquela que desanima a pessoa mais feliz e ajuda a afundar mais e mais as pessoas que já estão no fundo do poço. Sabem daquela história "Bom, você chegou até o fundo do poço, daí não se desce mais, só se consegue subir!"? Pois bem amigos, lhes afirmo que, friamente analisando, é possível estar no fundo do poço e ir mais fundo, tendo apenas uma pá e força de vontade. Sempre podemos cavar mais e mais, até o ponto em que chegaremos e não conseguiremos cavar pelo simples fato de estarmos mortos por algum motivo.

Mas enfim, hoje, apesar do nome do post conter a palavra alcool, estou sóbrio e careta. Não estava muito na pegada de encher o copo com aquele líquido que corrompe meu amado e laborioso fígado. Estava na minha, estava tranquilo, quando comecei a pensar. E por favor, não pensem que eu pensar seja algo bom. Na verdade faço o possível para evitar isso (inclusive bebendo pra caralho), mas algumas vezes eu não consigo. E não tenho outra opção quando isto acontece, a não ser me entregar e torcer pra não dar muita merda, para que ninguém saia muito prejudicado. Pois bem, relacionamentos, vamos lá.

Eu não entendo como algumas pessoas namoram com prazos de validade. Na verdade, todo mundo acaba sozinho, seja de uma forma ou de outra. As pessoas se casam, mas se separam. Constroem famílias, mas passados alguns anos, destroem elas com a mesma volúpia que as construiram. Já presenciei longos relacionamentos que acabaram não dando certo. O engraçado de tudo isso é que as pessoas sempre dizem "ahhh mas com Fulano não deu certo por causa dele... Fulano era muito chato, não estavámos bem, mas isso por causa dele (ou dela)". Mas na verdade, e agora eu estou passando a compreender isso, o problema somos nós mesmos. Não digo uma ou outra pessoa em específico, mas o ser humano como todo. O ser humano é abastecido através de esperança. Acho que já falei isso em um post anterior, mas enfim, ele é abastecido com esperança. O homem sem esperança acaba se tornando somente um vegetal, um poço de apatia sem nenhum tipo de intuito ou vontade. Digo isso para todos os campos do ser humano, como as instituições familiares, religiosas, o campo profissional, do aprendizado e por aí vai. Com certeza o campo dos relacionamentos também é válido para tal hipótese. Nós sempre temos que acreditar que o nosso próximo relacionamento pode dar certo, que pode ser diferente. Mesmo quando não sentimos muita confiança nele, batalhamos, lutamos, tentando manter ele firme. Mas o fato é que os relacionamentos, assim como todas as coisas na vida, são passageiros. Amigos, família, trabalho, tudo isso tem começo, meio e fim. É o círculo da vida, algo sempre mutável e muitas vezes instável.

A grosso modo, o que procuro dizer e entender aqui é o seguinte: Porque construir algo que sabemos que vai morrer? Pra que investir em algo que sabemos ser muito volátil, muito raso, como são os relacionamentos. Um relacionamento é como um cachorro. No ínicio é tudo lindo, você ama, faz carinho. Com o tempo, aquele cachorro já não é mais tão bonitinho, você só vai dando ração e torcendo pra ele não reclamar muito. Até que um dia ele morre, e é aí que você chora. Aí que você fica triste. Mas quando ele tava lá, vivo, você era a apatia em pessoa. Isso acontece porque quando uma coisa morre, costumamos, quase sempre, somente lembrarmos das partes boas daquilo. Com o cachorro/relacionamento, não é diferente. Lembramos de tudo que foi bom nele. Mas o ser humano é idiota, burro, babaca, trouxa e afins. Porque quando você pega uma porra de um cachorrinho, você sabe que aquela merda vai morrer um dia! Mas não, você insiste em pegar. Pegar um cachorrinho e iniciar um relacionamento é pedir para sofrer! É o serr humano, dando um auto tapa na cara dizendo "Por favor, eu quero me fuder daqui uns anos! Quero chorar daqui uns anos, ficar mal pela morte disso que estou dando à luz agora!"

Sabem porque que as pessoas ainda tem filhos? Porque apesar de tudo elas ainda se motivam a colocar mais e mais seres humanos no mundo? Por duas razões. Primeiro que o ser humano, pela sua estrutura biológica e psicológica sempre teve o desejo de ser eterno, ser perpetuado. O ato de ter um filho é meio que dizer "Bom, a minha linhagem vai permanecer na Terra. Meu sangue ainda vai continuar aqui. Posso dizer que ajudei a minha família, os meus herdeiros, a chegarem mais distante no tempo." Esse motivo é o mais clássico, o mais "antropológico", se assim podemos dizer. E como segundo motivo (este mais particular e contextualizador da minha ideia), é que o pai e a mãe sabem que seu filho vai morrer depois deles. É claro, uma fatalidade pode ocorrer, mas se o mundo andar como se espera, os pais morrem, depois os filhos, os netos e assim sucessivamente. Imaginem, jovens aspirantes a pais, se soubessem que seus filhos morreriam antes de vocês. Que uma mãe ficou grávida nove meses, deu à luz a uma vida e assiste de camarote toda a degradação, a deteriorarização dessa mesma vida, culminando com a sua morte? Que ser humano suportaria conviver com isso? É claro que para uma mãe ou um pai não é fácil perder um filho, mas isso só é superável porque acontece de repente. Mas e se essa mãe e esse pai já soubessem com antecedência que estão colocando algo no mundo para morrer, para assistir a morte de algo. Imagino que, se assim fosse, os índices de natalidade seriam muitos, mas muitíssimos menores. Pra que dar a luz a algo que vai morrer? Porque isso? E amigos, pasmem, um relacionamento é isso. Você constrói algo que vai morrer antes da sua própria morte. Você inicia algo sabendo que vai matá-lo (ou no mínimo ajudar a matá-lo), dentro de alguns anos. Então, qual é o sentido dessa porra toda!?

Os mais críticos podem afirmar "Ahhh, mas a vida tem que ter seus prazeres, mesmo que saibamos que sejam só de momento. Tentar fazer durar aquilo. Que seja eterno enquanto dure". Beleza. Mas então porque mentir? Pra que fingir que está namorando para ficar pra sempre. Por que não falamos "Porra, vamos ver se essa merda dá certo por algum tempo!" Sejamos honestos uns com os outros! Caralho! Não sei se eu que sou extremista demais, eu devo realmente estar errado quando afirmo essa porra toda, mas as pessoas usam as palavras hoje em dia como se fossem lixos. Trocam frases românticas, versos, ditos de "Eu te amo", como jogam um papel higiênico no lixo. As palavras estão vazias, como os relacionamentos. Dizem que se amam e um dia depois estão se separando, se traindo, sendo falsos, sarcásticos... Porra, as palavras devem ser usadas com o máximo de cautela, não se deve desperdiçar palavras com sentimentos que não existem! Buceta! Cu! Caralho! Porra! Merda! Isso é ódio, ódio real expressado com palavras, sem nenhum desperdício!

Outro dia, infelizmente, (ai caralho, não sei como ainda não furei meus tímpanos, na boa) ouvi uma mulher dizer que está namorando um cara "porque foi indo, foi indo, ele pediu ela em namoro, ela não queria mas ficou com medo de magoar e acabou aceitando, mesmo não gostando muito dele" Porra! Não gosta, fala a verdade caralho! "Olha Ciclano, você até que é bacana, mas namorar não dá" Pronto. Agora não, é mais fácil omitir agora pra fuder com tudo lá na frente. Aí que vai levando, levando, aí casa, tem filhos, aí a mulher surta e resolve terminar esse caralho. Porra, são anos e mais anos desperdiçados! As pessoas não tem noção que quanto mais desonestos somos, mais tempo acabamos perdendo? Se fuderem nesse caralho viu!

Enfim, já falei demais, o recado tá dado e não vou me delongar. A mensagem principal dessa porra toda é que sejamos honestos e não tornemos as pessoas e as palavras vazias. Vamos tentar manter o mínimo de respeito pelas pessoas que gostam de nós, sem ludibriações e mentiras.

Zaratustra

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Meu gorfo, meu gorfo!



Meu gorfo, meu gorfo! Esse excremento horrendo, fedido, um misto do cheiro da vodka que eu engulo com a amargura que eu carrego
Quero gorfar no ser humano, naquele mesmo ser humano que vejo sempre, rindo, brincando, dançando, falando bobagem, falando da novela. Que ódio dos ignorantes! Que inveja dos ignorantes!
Ao mesmo tempo que os odeio, os invejo, porque eu sei que eles não tem gorfo, eles não passam mal, e mesmo se gorfassem, seria algo mais limpo do que o meu, menos amargo, menos fedido e menos alcoolatra
Esses mesmos que se fodem, que se amam, que fodem uns aos outros, arrombando os cus e as vaginas sociais
Essas garotinhas, quero gorfar nas garotinhas... Nessas de vaginas firmes e úmidas, que saem por aí sorrindo da vida, olhando as árvores, pensando em novelas, se apaixonando e se desapaixonando por moleques como elas
A força do meu gorfo não consegue matar alguém, mas o ser humano teria que nadar no meu gorfo, eu exijo que eles nadem no meu gorfo! Eu exijo que eu esteja nessa banheira, nesse gorfo nojento, criado a base de gorós e frustrações, vodkas baratas, whiskies caros, cigarros variados, charutos finos, mas que em tese não presta também, assim como o que "guarda" o gorfo, o meu corpo magro e mórbido
Mas eu juro, eu juro por um Deus que eu não acredito, que ainda algum dia o meu gorfo, somente o meu gorfo, vai acabar com tudo que é merda nessa porra desse mundo
O meu gorfo será expelido em tudo o que se move, em tudo o que pensa, em tudo o que finge, que trai, que mata, que ama e depois deixa de amar
Dizem que meu gorfo é algo extremamente nojento... essas putas baratas de rua, me veem gorfando nas esquinas mijadas do centro sujo e velho da cidade e têm nojo... nojo do meu gorfo fedido e bêbado
Mas eu tenho muito mais, mas muito mais mesmo, nojo das pessoas em que meu gorfo tem que ir, que ele tem que ser esparramado, dilacerando esses corpos, sustentados à música ruim, carnaval e novela
Meu gorfo, meu gorfo! Esse excremento horrendo, fedido, um misto do cheiro da vodka que eu engulo com a amargura que eu carrego
Ele é um cu sujo, ele não vale nada, não vale as bolas que tenho entre as pernas, mas é a minha única arma de defesa para toda essa merda que eu vejo desfilando nas ruas... o meu gorfo vai me salvar de tudo; o meu gorfo vai destruir tudo; o meu gorfo vai me destruir!

Zaratustra

Amor, Paixão, Romance e Sexo



Existe um estágio, profundo, quase submerso entre litros e mais litros de bebidas alcoolicas, que destroem meu fígado dia após dia
E que neste estágio, muitas vezes o ódio se confunde com outros sentimentos, como inveja, cólera, ira, fúria, raiva e todos os outros sinônimos de sentimentos semelhantes
Não quero entrar em questões semânticas, nisso não me aprofundo
O meu olhar, geralmente triste, a minha revolta, geralmente vazia e sem sentido
Está se direcionando neste momento a todos os casais do mundo
Estes seres humanos, que com palavras falsas, atitudes forçadas... Seres humanos médios, com atitudes médias, vazias, com mentiras transbordando dos seus copos de bebidas caras, os seus licores de aproveitamento, a sua tristeza e a sua manipulação
Casais afundados nas suas fodas nojentas, suas fodas sem sentido. A alegria forçada antes, durante e após o coito.
Mas por dentro são vazias. O amor passa. A paixão passa. O romance passa. O sexo, bem, o sexo, é só alegria temporária. O sexo não tem sentido algum, como qualquer outro sentimento expressado por esses casais médios, que carregam dentro de si um rancor, um amargor, um misto de frustração com esperança
E essa esperança, quase infantil, tenta se impor sobre o resto das coisas, mostrar que existe de verdade
Esses casais, malditos sejam esses casais, andando de mãos dadas por aí, pelas ruas, esquinas e bares dessa cidade suja e sem esperanças, sem olhos para a cidade... somente trocam olhares entre si, e essa alegria, essa falsa alegria, isso me corrói, transborda a cólera do meu copo de vodka, faz o alcool virar água, me faz beber e cair e beber mais
Espero, do fundo do meu coração espero, que não existam mais casais no mundo
Que ninguém foda ninguém, que todos sejam sozinhos, solitários e amargos como eu... que o coito não regule um sorriso, um sentimento
Me resta sentir o cheiro da bosta fétida expelida por esses casais que odeio, em filmes, séries, tudo gira em torno de relacionamentos vazios, traições, açoites entre pessoas que falavam que se amavam, que diziam que ficariam juntas para sempre
 Mas por dentro são vazias. O amor passa. A paixão passa. O romance passa. O sexo passa.

Zaratustra

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Aos que acham que eu possa me matar



Aos seres que por acaso imaginam, mesmo que seja de leve, que algum dia esses atormentados pensamentos possam me levar à morte forçada (ou suícidio), tem de ser tranquilizados. Não se preocupem, pois enquanto eu tiver força para levantar um copo e um livro, me manterei aqui escrevendo groselha, lendo groselhas e bebendo groselha... com vodka!

Zaratustra