segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Metáforas 01 - Cômodos e mobílias


Amigos! Inicio mais uma sessão nesta bagaça. Como devem imaginar, sou adepto da filosofia metáforica, e sempre costumo usar em meus pensamentos exemplos concretos para demonstrar coisas abstratas. Mas essa sessão é singular, pois ela vai retratar só a metáfora em si, de uma forma até simples e direta.

Enfim, hoje, dia do ócio, (isso porque trabalho aos domingos e folgo às segundas) estive pensando no ser humano como um cômodo. Isso. O ser humano como uma sala. Imagine isso, exatamente dessa forma. Imagine uma sala vazia agora. Certo. A relação que pretendo expor é a seguinte: quanto mais velho for esse ser humano, maior será essa sala. Logo, uma sala de um indíviduo de 20 anos de idade é menor do que a sala de um indíviduo de 60 anos de idade. Certo, já definimos o primeiro conceito.

Agora imagine, que dentro dessa sala, existam mobílias, sejam cadeiras, mesas, estantes e tudo mais que compõem a mobília padrão dos lugares que conhecemos. A relação que pretendo expor é a seguinte: cada mobília representa uma experiência de vida, ou uma inteligência diferenciada. Logo, é natural que, um indíviduo de 60 anos tenha mais mobília em sua sala do que um indíviduo de 20 anos, uma vez que esse indíviduo mais velho já passou por muita coisa em sua vida e já estudou mais. Certo, definido agora o segundo conceito.

Parto nesse momento para uma reflexão, atrelada a esse pensamento metafórico. Imagine um senhor de 60 anos de idade, que teve uma vida simples, não desenvolveu sua capacidade intelectual de forma avançada, não teve experiências de vida que tenham gerado nele algum tipo de "repertório". É uma sala grande porém vazia. Ora, uma sala grande, com poucos móveis não gera incômodo algum. É deveras simples transitar por este recinto. Agora vamos imaginar o outro lado. Imagine um jovem de 20 anos de idade, que já passou por várias situações diferenciadas, que explora seu conhecimento e sua capacidade de aprendizado de uma forma até exorbitante, que "enxerga" demais. É uma sala pequena ainda, devido à sua idade, porém com excesso de móbílias. Imagine vários móveis um em cima do outro, tornando o recinto intransitável, uma verdadeira bagunça.

Não posso afirmar que essa bagunça é benéfica ou maléfica, mas tenho certeza que a complexidade da sala desse jovem o atrapalha para fazer as coisas simples da vida, e por isso ele é muitas vezes mal compreendido, julgado como insano, lunático ou maluco. Me sinto como esse jovem. Sinto que por vezes sou mal compreendido, devido à bagunça interna existente em mim. Pensem nas suas salas e nas suas mobílias e tirem as suas conclusões a respeito.

Zaratustra

Nenhum comentário:

Postar um comentário