domingo, 12 de maio de 2013

No bar (parte 1)



Eu realmente não entendia porque eu bebia naquele bar sujo e fétido. Estava irritado sem motivo. As pessoas fodem e transam e se amam. Porque? Pra que tudo isso? Senti saudades da minha vodka, do meu quarto. Da minha vida fora dali. Caralhos, todos se pegavam e eu somente bebia. Porra, me senti bem mal mesmo. Eu bebia muito? Me drogava muito? Sei lá. Ouvia a banda tocar e me sentia triste. Por Deus! Eu ia ser solteiro pra sempre. Deus me dê uma boceta! Merda! Deus nem existia, eu bebia e escrevia em guardanapos. Bêbado? Claro. Triste? Acho que sim, pelas vacas que comiam os caras, eram todas vacas! Olhava a loira do lado do balcão. Fumava cigarros e tinha belas coxas. Eu a foderia fácil. Mas ela provavelmente gostava dos playboys, peitos depilados e casas de veraneio. Acho que tô ficando chato. Me aplaudam, me beijem. Eu nem ligava pra nada. Bebia. Meus amigos fodiam. Eu bebia. Destinado a isso? Acho que sim. A cara pesava. Chorar? Não, valeu. Ainda bebia muito e o tempo passava. Chega! Nada mais de sair de casa e ver pessoas fodendo pessoas. Ia ficar trancado. Meu quarto era meu templo. Beberia e bateria umas 4 punhetas ao dia. Valeria a pena.

Zaratustra

Nenhum comentário:

Postar um comentário