segunda-feira, 20 de maio de 2013

A garota com quem conversei mais do que 5 minutos



A insônia me fodia faziam algumas longas semanas. Dormia no máximo umas 4h por dia, e isso estava me irritando progressivamente mais e mais e mais. Havia ido dormir na quinta por volta das 6h da manhã de sexta. Acordei umas 9h, com uma daquelas ressacas fodidas de sempre. Me levantei e fui no banheiro. Estava gorfando todos os dias quando me levantava e, detalhe, me levantava sempre bêbado da noite anterior. Dei a descarga, limpei minha boca com as costas da mão. Ia escovar os dentes, desisti. Fui na cozinha, esperando achar alguma bebida na geladeira. Não havia nada. Olhei os armários. Ainda assim nada de alcool. Pela primeira vez em meses minha casa não tinha nada de alcool, e isso me estressava a beça.

- Merda! Devo ter tomado tudo ontem. Merda!

Andei como um zumbi pela sala. Achei a garrafa de vodka vazia e em cacos atrás do sofá.

- Porra, ainda por cima atirei a garrafa com violência no chão... Porra, caralho, buceta!

Eu devo ter tido um ataque de fúria. Sim, andava meio pra baixo, talvez isso explicasse a insônia. Tava me sentindo cansado de tudo da vida, das pessoas, dos papos, dos sims e nãos que a vida nos oferece. Tudo em geral me parecia demasiado enfadonho. Tinha vontade de mandar todos se foderem, comprar meus 3 metros de corda e fugir de vez daqui. Mas me faltavam culhões. Fugia através do alcool, e no momento era o que eu tinha. O alcool e nada mais.

- Buceta! Merda nas bucetas alheias, se foderem. Preciso sair pra comprar alcool às 9h da manhã de sexta. Que a morte seja melhor do que isso...

Banho? Nem pensar. Fui como estava mesmo, com a roupa do dia anterior, o bafo mais fedorento do que um cu de mendigo a vagar pelos esgotos. Sai do meu ap, morava ali na Brigadeiro, do lado do Extra 24h, ainda tinha meus pequenos luxos. Na verdade o ap foi escolhido estrategicamente por isso. Enfim, meus passos arrastados ainda tinham forças para me conduzir ao mercado. Cheguei e fui passeando pela sessão de bebidas. Falava sozinho:

- Hmmm... Uma garrafa de vodka são 10 reais. Vem um litro. Uma de cachaça são 5 reais, também com um litro. Posso comprar dois litros de alcool ruim por 10 reais, ou um litro de alcool bom pelo mesmo valor. O que fazer?

Cocei a barba, mas nem pensei muito. Peguei duas garrafas de cachaça mesmo, foda-se, eu ficaria bêbado da mesma forma, só precisaria ter mais culhões pra beber aquela porra. Mas depois das duas primeiras doses imaginei que ficaria mais fácil. Fui em direção ao caixa. Ela me olhou com uma cara de reprovação, repulsa e pena, sim, tudo isso ao mesmo tempo.

- Cê vai querer nota paulista? - ela perguntou
- Não precisa, brigado.

Passei minhas compras e me arrastei de novo, meus passos estavam arrastados pelo fato de eu estar bem macumbúzio, não era problema com as minhas pernas. Cheguei no ap, coloquei as bebidas no congelador. Tirei a roupa, fiquei de cuecas e descalço. Sentei no sofá, acendi um cigarro. Jogava a fumaça pro alto e pensava na vida. Pensar na vida só me irritava ainda mais, mas caralhos, já que não conseguia dormir seria melhor me manter pensando. Ou não? Na verdade não, e por isso me levantei e fui pegar a garrafa de cachaça no congelador, mesmo que ainda não estivesse gelada. Voltei ao sofá, continuei fumando. Dei a primeira golada, desceu rasgando. Lógico que fiz careta, lógico que pensei uns 7 palavrões diferentes. Na segunda golada, senti um engasgo na garganta, como um gorfo ou algo do tipo, mas os bons Deuses do alcool fizeram ele descer de novo. A terceira golada foi ruim, ainda fiz careta, mas agora só pensei em 4 palavrões. Do quarto gole em diante foi tudo mais suave, e parecia que eu bebia caipirinha, daquelas feitas em Copacabana, bem decentes. Passei a tarde no sofá me embebedando e fumando cigarros e mais cigarros. Não lembro a hora, mas consegui pegar no sono, no sofá mesmo.

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TRIM... TRIM... TRIM... Acordei com o toque infernal do meu celular.

- Merda... Quem será que me fode uma hora dessas.

Olhei a garrafa de cachaça na minha mão, estava com pouco mais da metade do seu conteúdo. Sorri, ainda tinha alcool. Atendi o telefone completamente irritado.

- Alô.
- Carlos! Como cê tá?
- Quem diabos é nesse caralho de telefone?
- Porra, não tem meu numero salvo hahaha Sou eu, o André!
- Hã? - respondi ainda macambuzio
- Porra mano! André, seu amigo?
- Ahh sim, lembrei. Que que você quer?
- Isso é jeito de falar com seu brother?
- Cê me responde uma pergunta com outra... Se foder velho.
- Tá bom foda-se... Você me parece irritado.
- Faz diferença?
- Claro que faz man! Faz dois fins de semana que você não sai de casa!
- E?
- E que você precisa sociabilizar, ou vai enlouquecer, ou já enlouqueceu.
- Estou bem acompanhado.
- Ahh, então arrumou uma vadia e tá metendo pra caralho! Não esquece dos amigos ein hahaha
- Não tem vadia. A melhor compania que eu posso ter sou eu mesmo.
- Ok, você enlouqueceu mesmo. Mas escuta, hoje vamos sair. Baladinha, na Augusta. Qual é, você sempre adorou isso porra! Mudou de uma hora pra outra.
- E?
- E o que caralho?
- E que diferença isso faz?
- Nada. Só quero o melhor pra você, só isso.

Eu ainda tinha alguma consideração com o ser humano, sim, ainda tinha. Resolvi hastear a bandeira de paz.

- Ok André. Agradeço seu convite, mas não posso ir.
- Porque não?
- Tenho outros planos.
- Que planos?
- Faz diferença?
- Faz?
- Que diferença?
- A diferença é que acho que você vai ficar ai sozinho, provavelmente bebendo.
- Tem problema?
- Claro que tem porra!
- Bom, mas esses são meus planos. Como lhe disse a melhor compania que existe sou eu mesmo.
- Vamos lá! Olha, faz assim, como sou seu amigo eu te banco no rolê, só porque tô com medo de você enlouquecer.

Hmmmm, drinks grátis. Porra, eu estava duro, estava bebendo cachaça. Pensei um pouco.

- Sei lá mano.
- Mano, isso porque sei que você bebe como uma esponja! Sei que sua comanda pode dar uns 600 contos. Eu pago. Além do que acabei de ganhar bonificação no trampo.
- Hmmm, beleza, mas eu escolho os drinks.
- Fechou! E me agradeça depois por eu ter te salvo do manicômio hahaha
- Tá bom tá bom... Te encontro aonde?
- 22h metrô consolação bele?
- Ok, estarei lá. Abraços.

Desliguei o telefone e pensei "Merda, quando consigo dormir me acordam! Porra do caralho!" Enfim, iria beber uns drinks grátis, isso talvez valesse a pena. Coloquei a garrafa na geladeira e tirei a outra do congelador. Fui no banheiro, tirei minha cueca, dei uma cagada que cheirava a enxofre, aliás, era pior que enxofre. O Diabo cagava mais cheiroso do que aquilo. Limpei meu rabo, entrei no chuveiro. Parei o banho, voltei pro vaso fedido e gorfei. Acho que o cheiro do vaso triplicou meu gorfo, originalmente incitado pelo alcool. Voltei ao banho. Escovei os dentes enquanto a água escorria pelo meu corpo. Limpei as bolas, o pau, as costas e o resto do corpo. Sai do banho, me enxuguei. Fui no quarto, me vesti com a primeira jeans que achei e também a primeira camiseta. Decidi que ia a pé até o metrô Consolação, a noite estava agradável pra se andar na Augusta...

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A Avenida Paulista a noite parece a Babilônia. A gente vê todo tipo de gente, fazendo todo tipo de coisa, fodendo, andando de skate, se drogando, tocando violão, ou simplesmente pessoas passeando. Cheguei no local no horário. Encontrei André. Ele me cumprimentou efusivamente, me dando um abraço.

- Grande Carlos! Bom que você veio cara!
- É
- E aí, vamos lá? Cê vai ver, mó rolê foda mesmo.
- Sim. Bacana.

Dei um oi geral pros amigos do André, que eu, na verdade não conhecia um, e de novo na verdade, naquela época estava tão irritado que nem pretendia conhecer. Fomos a pé descendo a Augusta. André ia me fazendo perguntas, que eu respondia monossilabicamente. Por fim chegamos em um lugar, uma balada que eu nem conhecia. Dizia André que havia sido aberta à pouco tempo. Era sertanejo que tocava lá. Pensei "Ótimo! A noite não pode ficar pior do que isso!". Entramos, peguei minha comanda. André pediu pra que eu ficasse com a comanda, usasse, e no fim ele pagava. Aceitei a proposta, imaginei que ele tinha boas intenções, acho que ele não gostaria de me embebedar pra me foder no cu depois.

Fui direto ao bar, enquanto o resto do pessoal ainda olhava o local. Pensei em pedir um whisky 12 anos, mas repito, acho que as intenções dele eram boas, e repito de novo, eu ainda tinha alguma consideração pelo ser humano. Resolvi que ia beber só Red Label a noite toda. Peguei minha dose. Olhei a balada no geral. A banda ainda montava seus instrumentos. Por Deus, o que eu estava fazendo ali!? Pessoas que ostentavam a beleza, que sorriam forçadamente, que conversavam entre si demonstrando interesse... Rapazes em cima de garotas, mentindo pra fodê-las, e elas na maior naturalidade, achando legal isso, legal eles ficarem babando o ovo delas. No fim das contas elas eram todas carentes e mimadas, mal-criadas pelos pais, com pais ausentes. Elas viam nesses homens, de uma certa forma, uma figura masculina que durante toda a sua infância havia sido ausente. Ouvir um elogio desses fodelões faziam elas sentirem que seus pais estavam elogiando. "Que nojo, que nojo" Entornei com tudo a primeira dose e disse "Amém". Sim, ainda tentava enganar Deus hahaha. Pedi a segunda dose e ainda olhava a multidão, bem desinteressado mesmo. André chegou com os amigos dele.

- E aí Carlos!? Já bebendo? Hahaha típico seu, esse negócio de queimar largada.
- É
- E aí, bebendo o que?
- Whisky.
- Caralho hahaha eu não tenho fígado pra aguentar essa merda não. Vou de brejinhas mesmo.
- Legal

Ele pediu sua breja, serviu seu copo e continuou.

- E aí, o que você achou daqui velho?
- Legal.
- Só legal?
- Bom, o whisky é legal. O lugar é indiferente.
- Por Deus! Você tá parecendo um velho chato, pelamor!
- Pois é.
- Como você consegue ser tão amargo?
- Sei lá.
- Cara você é a apatia em pessoa.
- Talvez.

Acho que André havia se cansado de tentar puxar assunto comigo. Estava meio caladão ultimamente. Conversava comigo mesmo, e isso me parecia bem legal mesmo. Envolto nos meus pensamentos eu evitava os dos outros.

A banda resolveu começar a tocar. Porra, até que o ritmo sertanejo é bem bacaninha, o violão, com a guitarra e a bateria. Mas o que me incomodava eram as letras. Todas diziam a mesma coisa de formas diferentes. Não existia enredo, muito menos sentido. Eles não usavam tanto a palavra "sexo" como usavam a palavra "amor". Mas eu sabia que esses astros sertanejos usam a palavra "amor" querendo na verdade "sexo" Para eles, as mulheres são simples máquinas de foder, nada além disso. Puta merda, eles mentiam pra conseguir uma foda. Diziam que era "amor", mas na verdade era "sexo" Como eles eram baixos! Puta merda! Nada me fode mais do que mentir pra conseguir meter com alguém. E eles faziam isso descaradamente. E pior: as garotinhas, sim, as mimadas com pais ausentes, caiam no conto do vigário deles. Por Deus, o mundo estava desmoronando e parece que somente eu via. Já estava na quarta dose e isso ainda me incomodava. Mesmo bêbado eu via a verdade que eles sóbrios negavam.

Havia um grupo de garotas, um pouco mais a frente de mim. Percebi que elas me olhavam e davam risada. "Merda!" Pensei, sabendo que coisa boa não era. Um grupo de garotas bem bonitas, mas uma delas era mais feia. Aliás, essas riquinhas não conseguem serem feias, elas nasceram em berço de ouro, comeram leite ninho quando crianças, ficaram fortes, sempre usaram os melhores produtos de beleza e estudaram nos melhores colégios. Seus pais pagavam suas faculdades e o futuro delas estava garantido, de carro importado e baladas sertanejas todos os fins de semana. Seus problemas eram totalmente efêmeros, e mesmo assim choravam desenfreadamente. Ela era gorda, o fato era isso. Enfim, ela veio em minha direção.

- Meu nome é Ana hihihi
- Foda-se

Ela me olhou espantada.

- Como assim foda-se?
- Cê sabe o que significa?
- Sim.
- Então cê entendeu.

Ele me olhou de novo, ainda mais espantada.

- Qual é o seu problema? Seu grosso.
- Pode ser.
- Pode ser o que?
- Pode ser que eu seja grosso
- E pra você é normal tratar pessoas assim?
- A maioria sim.
- Ninguém me trata assim.
- Eu sou ninguém então.
- Cê me acha feia?
- Hã?
- Me acha feia?
- Isso faz diferença?
- Pra mim faz.
- Pra mim não.
- Então eu sou feia?
- Cê é reporter?
- Não. Na verdade faço facul de...
- Então não me faz perguntas e me deixa beber a vontade - interrompi, virando pro balcão e pedindo outra dose.

Ela ficou quieta um instante. Parece que quanto mais você espanta uma mulher, mais ela quer alguma coisa com você.

- Olha aqui, como você pode agir assim com uma mulher? - ela me virou pelo braço.
- Sei lá.
- Cê me acha gorda então! Certeza!

Fiquei quieto.

- Me responde!
- Cê não me perguntou nada
- VOCÊ ME ACHA GORDA? Tá claro agora?
- Isso pra mim não importa nada, tanto que nem merece resposta.
- Você é gay?
- Não.
- Então porque age assim comigo? Só pode ser gay!
- Se eu falar que sou gay cê vai embora e me deixa beber em paz?
- Sim.
- Então sou gay.
- Não senti sinceridade.
- Então só vá! Pelamor de Deus!

Ela ficou quieta. Parecia meio abalada, acho que estava pegando muito pesado com aquela vadia mimada.

- Você ficaria com aquela garota lá - apontou pra mais bonita do grupo.
- Não.

Ela olhou, ainda mais espantada do que antes.

- Mas como assim!? Porque não?
- Porque ela é igual a você.

Ela não havia entendido.

- Você é doente, foda-se! - saiu xingando sozinha.

Por Deus! Um pouco de paz. Parece que quanto mais as pessoas vão bebendo nas baladas, pior vai ficando. As cenas eram cada vez mais grotescas. Enfim, estava na minha oitava dose, bem tranquilo pelo fato de que não iria pagar. Desisti de ver a merda do show, só rezava pra acabar logo, mas eu sabia que, assim como o inferno, aquilo duraria uma eternidade.

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Por volta da minha dose de número 10, André veio em minha direção, já alterado pelas brejas. Me virou do balcão.

- Cara, cê tá muito fechado aí no canto.
- Estou bem. O whisky daqui é ótimo.
- Vamos, te arrumei uma foda!
- Não, valeu.
- É uma garota meio emburradinha de um grupo de garotas que estavamos conversando. Achamos que vocês tem a ver hahaha
- Ótimo. Valeu, mas não quero.
- Se você não sentar lá do lado dela, você paga sua comanda.
- Seu filho da puta! Chantagista do caralho! Filho da puta!
- Sinto muito cara, mas você precisa sociabilizar um pouco.

Merda! Eu estava encurralado. Precisava sentar ao lado dela pelo menos. Mas porra, as mulheres tinham papinhos muito chatos, certamente devia ser outra muito chata, daquelas que eu não consigo conversar mais do que cinco minutos. Porra! Não tinha outra opção.

- Ok, eu me sento ao lado dela.
- Maravilha! Ela está ali ó - ele apontou pra uma garota solitária no balcão.

Fui em direção a ela e me sentei do seu lado direito.

- E aí? - eu disse.
- E aí?

Ficamos quietos por um tempo.

- Eles ameaçaram não pagar sua comanda também? - ela perguntou.
- Sim
- Uma merda
- É

Ficamos quietos por mais um tempo. Ela bebia vodka pra caralho.

- Cê bebe legal - eu disse.
- É você também.
- É.

O silêncio era constrangedor, mas não podiamos sair dali. Estavamos ambos encurralados. Merda!

- Acho que eles querem que você me coma - ela disse.
- Também acho.
- Cê quer me comer?
- Não sei.
- Beleza.

Ficamos quietos mais um tempo. Olhavamos nossos drinks e iámos bebendo, torcendo pro tempo passar mais rápido.

- Somos meio quietos - eu disse
- Não gosto de pessoas
- Eu também não
- Dizem que sou maluca.
- Talvez seja.
- Talvez você também seja - ela retrucou
- Sim, somos loucos.

Ela estava me parecendo uma garota bem legal até. Alias, não queria nada além de beber sua vodka.

- Bukowski diz que não gostava das pessoas - eu disse.
- Bukowski é legal.
- Também curto. Leio qualquer coisa dele e acho bem legal
- Eu também. E tudo que seja marginal.
- Adoro os marginais também.
- Eles são bem legais mesmo.

Pela primeira vez havia conversado mais de cinco minutos com uma garota sem ter mandado ela se foder, ou tomar no cu, ou ainda, me deixar em paz.

- Eu moro aqui perto. Vamos sair dessa merda? - eu disse
- Cê vai me comer?
- Não sei. Só quero ir embora.
- Me parece legal ir embora. Vamos sim.

Entreguei minha comanda pro André. Havia tomado 14 whiskys, ele estava fodido naquela noite. Ela entregou a comanda pra amiga dela e saímos. Pegamos o metrô e fomos pra casa.

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Chegamos no meu ap. Entramos. Nos olhamos e quase que mutuamente fomos um em direção ao outro e nos beijamos violentamente. Nos pegavamos como dois animais no cio, puta merda, ela me arranhava nas costas como se não houvesse amanhã. Enquanto tirávamos nossa roupa, perguntei:

- Qual é seu nome?
- Faz diferença?
- Não.

Continuamos a nos pegar violentamente. Levei ela pra cama. Meu Deus, ela fodia como uma leoa, demonstrava raiva através de sexo. Gozamos juntos e dormimos com sorrisos nos nossos rostos. Não sabia seu nome, nem se eu a veria de novo, mas a noite, enfim, havia valido a pena.

Zaratustra


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