sexta-feira, 29 de março de 2013

Tarde num puteiro



Fazia muito frio na capital paulista. Meu drink de conhaque com licor estava no fim. Eu mexia o copo em movimentos circulares, deveras impaciente.

- Vai tomar no seu cu, seu puto! - gritei com o dedo em riste.
- Cara, vai se foder! Se acha o certinho, mas não passa de um pseudo-intelectual de merda! - Augusto me rebateu.
- Eu não me acho porra nenhuma! - afirmei enquanto matava o resto do meu drink - só falo o que penso. Se você não concorda, foda-se mano!
- Cê é um cuzão! Sem mais! - Augusto me xingou e atirou o copo dele no chão.
- Seu filho da puta! Tá louco man?!
- Foda-se, tô cansado de você e seus papinhos chatos. Vou cair fora!

Augusto acendeu um cigarro e saiu do meu apartamento batendo a porta. Renatinho, que só assistia, veio dar sua opinião.

- Cara, sei lá... Cê é meio complexo, mas tô de boas com as suas groselhas - Renatinho tentou me confortar.
- Valeu mano. Sei lá, só sou meio foda-se.
- Vou lá pegar a vassoura pra varrer essa merda.
- Relaxa - eu disse - tô de saída. Bora num puteiro?
- Quê?! - Renatinho estava perplexo - Man, são duas da tarde de uma terça-feira!
- Ainda tá cedo, as putas tão menos usadas - afirmei, pegando uma breja na geladeira.
- Hahaha, cê é louco. Eu vou pra minha casa - Renatinho acendeu um cigarro.
- Cê que sabe... - falei de forma displicente e dei uma boa golada na breja.

Renatinho saiu, acho que ela tava indo pra casa pra jogar um game "hahaha, trocar uma puta por um game... gosto é gosto né?" pensei enquanto matava a breja. "Foda-se o banho, aquela porra ia lavar meu pau com a língua mesmo", resolvi só colocar um tênis e passar desodorante. Morava ao lado do metrô Paraíso. Peguei o metrô, fui sentido Vila Madalena, desci na Consolação. Peguei a Augusta (minha rua favorita), desci sentido ao Castelão.

Paguei dez contos pra entrar, fui ao bar, peguei minha breja. Fiquei bebericando, o lugar estava beeem vazio. Tinha eu e mais uns dois caras, e no mínimo umas dez putas. "Caralho, puteiro de tarde é ótimo! O Augusto é um puto, sou um gênio!" Tinha todo tipo de mulher pra escolher. É tipo a sessão de bebidas do mercado, cê olha, escolhe, compra, bebe e pronto.

Colou em mim uma bela garota, estilo bailarina de programa de TV, seios grandes e redondos, bunda enorme, cabelo grande e liso. Sensacional.

- Oiii gato, tudo bem?
- Fala flor. Tudo sim linda, e com você?
- Eu também, melhor agora. Me chamo Nanda - ela mordeu os lábios.
- Meu nome é Carlos, prazer - dei um beijo no rosto dela.
- E aí, quer gozar gostoso hoje? - foi direta.
- Olha, cê é muito linda, mas vou ficar no bar por enquanto. - matei minha breja.
- Vamo gato! - ela insistiu, me beijou no pescoço e passou a mão na minha virilha - vamo subir.
- Agora não gata. Posso te pagar um drink, mas tô suave pra subir - falei com ela, já pedindo em seguida pro garçom uma dose de vodka.
- Ok lindão. Quando você quiser gozar me ache aqui ein - ela deu uma piscadinha e foi circular, que é o que as putas fazem.

Não que eu não quisesse transar naquela tarde (eu queria bastante), mas aquela puta ia ser muito cara. Particularmente, manjo uma coisa ou outra de puteiros, sei que cada puta tem seu preço. Essas gostosonas saem com os bacanas, cobram até 500 contos a hora, e eu não tinha tanta grana, só queria foder sem gastar muito. Estava disposto a gastar no máximo 100, 150. Aquela não seria a ideal pra mim. Enfim, continuei bebendo minha vodka, na maciota, sem pressa. Ficava olhando bundas e peitos, bebericava "man, isso é melhor do que ver pessoas no parque, ou rolê no zoológico", pensava com um sorrisinho maroto no rosto.

Avisto de longe uma bela garota. Cabelo ruivo, bem vermelho, um corpo magrinho. Seios pequenos, mas com uma bela bunda, belo par de coxas, e o rosto, isso era sensacional. Bem desenhado, olhos verdes. Pisquei o olho, ela vem em minha direção. É falta de educação levantar o braço pra chamar uma puta.

- Oiiii gato, beleza? - ela perguntou com um sorriso nos lábios.
- Fala gata. Meu nome é Carlos.
- O meu é Nati hihihi.
- Nati! Adorei seu nome Nati hahaha. Quer um drink flor?
- Aceito sim lindão! - ela aceitou (putas nunca recusam drinks de clientes)
- Cê bebe o que linda? - perguntei, também com sorriso nos lábios.
- Pode ser vodka mesmo hihihi.
- Tem atitude Nati, gostei! - virei pro garçom - ou campeão, me vê uma vodka aqui!

O garçom serviu a dose dela. Brindamos, dei uma golada grande e ela uma pequena.

- E aí gato, vamos subir? Tô louca pra sentar nesse seu pau enorme! - ela mentiu bem.
- Hahaha sua dose tá cheia ainda linda. É falta de educação deixar bebida pela metade - tentei adiar a foda um pouquinho mais.
- Me desculpa lindo, mas transar com você me parece melhor do que matar o drink.
- Nati, só vou aceitar porque você mente muito bem... E tem uma bunda maravilhosa! - elogiei a bunda, mas estava curioso pela buceta.
- Hihihi, tenho certeza que não estou mentindo.

Eu jamais deixaria uma dose cheia, portanto, matei o drink dela. Peguei ela pelo braço, passamos no caixa, 120 reais a hora "tenho olho clínico pra puta", pensei, imaginava esse valor, ainda paguei barato. Fomos pro quarto. Era pequeno, mas a cama era boa o suficiente. Ela começou por uma boa chupada, parecia saber os pontos exatos onde colocar a língua. Depois comi ela por cima, papai-mamãe, aí invertemos, veio ela por cima. Aí depois ela mandou um caubói invertido, depois meti nela de quatro. Gozei na cara dela. Em uma hora garanti duas gozadas. Foi uma tarde bem agradável.

Saí de lá no fim de tarde. As pessoas saiam do trabalho e estavam a caminho de casa, e eu, fico a tarde num puteiro "que eficiência ein hahahaha". Cheguei em casa, tomei um breja, depois um bom banho. Fumei uns cigarros, bebi meia garrafa de vodka, peguei no sono. Dormi com um sorriso no rosto naquele dia.

Zaratustra

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