sexta-feira, 29 de março de 2013

... é isso ... (namoro)



Dizem que o namoro é a melhor parte de um relacionamento. Eu digo que é a parte menos pior (entre a paixão, o namoro, o noivado e o casamento), menos pior porque é algo um pouco menos sério. Bukowski disse certa vez que o amor é como uma névoa que se queima com a primeira luz de realidade. E o namoro pode se basear nessa frase. No começo tudo é lindo, ótimo de fato. Você se sente nas nuvens, quer ver a pessoa todos os dias, se falam bastante, se beijam e transam bastante. Isso é lindo mesmo, mas o que vem no futuro é o pior. O namoro te alimenta bastante, te faz gostar bastante da pessoa no começo, vamos colocar os seis primeiros meses. A partir daí, começa a queda livre. As cobranças aumentam, a pressão aumenta, as conversas começam a cansar e tudo tende a piorar, até mesmo o sexo começa a ser mais sem graça. Quando menos percebemos, estamos namorando já sem sentir amor algum, namoramos simplesmente por comodismo, pensamos "ahhh dá muito trabalho terminar tudo... temos muito tempo juntos, é mais fácil ir empurrando com a barriga"

Fora outro detalhe. Num relacionamento, é sempre do mesmo jeito. Temos uma pessoa que se entrega, que luta pra que tudo dê certo, se esforça, tenta melhorar o namoro e tudo mais. Do outro lado, temos aquela pessoa que não liga muito, "vai levando", como dizem... Até pode gostar da outra pessoa, mas não se esforça muito pra que o namoro continue bem. Sempre temos um que se entrega 100% e outro que se entrega 50%. Isso é fato! Deve ter uma pesquisa que comprove isso, e se não existe, basta analisar os namoros a sua volta que você perceberá. E o que luta pelo namoro é sempre aquele que vai se foder mais quando a porra toda terminar, devido àqueles malditos seis primeiros meses em que o amor disse "isso, isso, come tudinho essa paixão, se entrega, ame essa pessoa, isso, se interesse mesmo por ela, juro que vai ser assim pra sempre..." Boa amor, muito boa!

E com o fim do namoro tudo se desmorona, é muito difícil reaprender a viver sozinho, esquecer da vida a dois que um dia você achou que ia ser pra sempre, mas que agora você sabe... Nada é pra sempre.

Zaratustra

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