domingo, 28 de julho de 2013

Pra que um título?



Amaciei o fígado com as brejas. Me preparei pra vodka. Aliás, me preparava, me desculpa pelo erro de português, honestamente nem sei escrever, eu não sou escritor, só escrevo e penso demais e acabo jogando tudo nas palavras, ou no alcool, mas isso faz diferença pra quem lê? Acho que não e eu também nem ligo pra isso. Só me importava se a cerveja estava acabando, e isso, naquela altura ainda estava longe, pois eu havia comprado um fardo cheio faziam algumas poucas horas. Era bem leal ao meu alcoolismo, apesar de que todos me criticavam, mas eu não me importava tanto. Aprendi com a minha CupCake, ou melhor, a Carlinha, sim, ainda a Carlinha. Aprendi que não posso, por mais que eu mude, eu não posso mudar pelos outros, nem beber menos, nem beber mais, nem nada disso... Tenho que ser eu, fazer o que eu curto e aprender a viver sozinho, nada além disso. E sim, ia aprender a superar as coisas e a beber menos algum dia, mas ainda não era a hora. Tudo tem seu tempo. Ser promovido teria seu tempo, ganhar dinheiro e ficar bem, teria seu tempo, arrumar uma boa namorada teria seu tempo e isso me deixava tranquilo naquele domingo frio em que eu ouvia Los Hermanos. Fodam-se as coisas, iria me focar nos estudos e na minha carreira profissional e pessoal.

Meu fígado estava bem macio, já havia entornado um monte de brejas, estava na hora da vodka. Acendi um cigarro. Sempre que bebo vodka me dá vontade de duas coisas: cigarros e cocaína. Como eu não tinha cocaína, fiquei nos cigarros, e claro, na vodka. A vodka descia enquanto eu ainda pensava na vida e nas mulheres. Mas ali, somente naquele momento me senti muito bem mesmo, e explanava isso para todos. Foda-se. Vodka, cigarros e brejas, eu estava no céu.

Zaratustra

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