sábado, 13 de julho de 2013

Por um momento, o sóbrio!



Coçava o rosto
Gorfei minha vida,
amei ela
Ela ainda me amou
o fim estava próximo
Ela queria conversar
eu só queria ela
Morreria naquela noite

Tinha que me manter sóbrio
Ao menos aquela noite
ao menos aquele dia
E ela me maltratava
Meu fígado chorava
mas eu chorava mais
o fim estava próximo
Menos pra ela
e sim pra mim
Amor, coisa maldita
Não se ama, não se tem ciúmes, mas eu tinha
ela não
E tudo prosseguia
Até ela querer falar comigo
e terminar tudo
Eu não era o esperto
eu me ACHAVA o esperto
mas eu somente bebia sozinho
e isso era coisa de alcoolatra
Nada além disso

Ela disse que ia me ver em casa
Arrumei tudo
e pior
Me mantive sóbrio algumas horas
somente algumas horas,
somente pra ela
Apesar de saber do fim
me mantive bem sóbrio
Por um momento fui um homem sóbrio
e ela só riu
e eu ri, não sabia o que falar
e ambos rimos
e ela vinha em casa
Eu tinha uma surpresa pra ela
Foda-se a surpresa!
Ela terminou comigo naquela tarde de
sábado
Eu ouvi The Doors e bebi
Que a morte seja melhor do que isso

Zaratustra

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