terça-feira, 16 de julho de 2013

O silêncio, sempre ele!



Precisava de um pouco mais de nada e um pouco menos de tudo. Naquele momento eu saquei que por mais que eu tentasse sair do inferno e melhorar e beber menos e não perder pessoas, eu precisaria de um tempo para mim, para a minha reflexão, e somente isso. Este era um dos problemas que eu tinha bêbado, eu falava demais, sendo que o silêncio é sempre a melhor resposta. Essa verborragia que eu tinha, essa vontade de falar, e quando falava só saia merda, e depois eu tentava explicar as merdas, e tudo acabava virando uma grande bola de merda, devastadora, estraçalhadora e belicosa. Era um ato falho sem fim, muito menos começo, uma vez que as ressacas se confundiam com o começo das bebedeiras. Precisava resolver meus problemas de outra forma, que não fosse beber e falar. O silêncio era primordial, era sempre a melhor resposta. Prometi pra mim mesmo naquele dia, após um dia fodido de trabalho, que minhas respostas seriam bem monossilábicas a cada decepção, a cada tristeza, eu agiria com um regular "ok", e veria a coisa ruir sem abrir a boca. Se eu precisasse desabafar, teria que reaprender a chorar um pouco, coisa que não fazia há tempos. Que o silêncio seja melhor do que o inferno, caso contrário prefiro a morte.

Zaratustra

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