sábado, 27 de julho de 2013

Conhaque e cigarros



Aí que ela veio na minha direção com um copo cheio de conhaque, enquanto ela acendia um cigarro daqueles de menta, que eu particularmente odeio. Mas ela curtia, e eu acendi um Marlboro vermelho, e ela me sorriu com os dentes esfumaçados, eu também, fazendo descer na sequência o conhaque, do copo que estava cheio restou apenas a lembrança.

- Você é diferente. - ela me disse
- Sou sim amor, sou o cara mais foda que você já ficou na vida, sei disso - respondi com um ar de macho alpha.
- Hihihi seu bobo - ela me olhou mais alguns instantes - Sério, você me faz muito bem - ela me disse, seriamente, enquanto afundava o nariz no meu cangote, com sua respiração funda.
- Também te curto flor... Também te curto - eu disse acariciando o cabelo longo dela, que aliás estava pintado de vermelho.

Ela apoiou o copo em cima da mesinha de centro, o conhaque era lembrança, e também colocou os maços de cigarro, ao lado do copo. Me beijou de forma fulgaz, dizem que os que beijam bem são aqueles que realmente expressam desejo, e isso ela tinha e eu também, de sobra. Estavámos apaixonados, isso era muito bom. Dizem que é por isso que quando um relacionamento termina nos sentimos no inferno. Porque quando ele começa nos sentimos no paraíso. Desencanei de mais conhaque e mais cigarros naquela noite. Eu tinha ela. Eu tinha tudo.

Zaratustra

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