quarta-feira, 26 de junho de 2013

As putas do centro de SP



Estavam todas perfiladas, ali, em frente aos hotéis sujos, e com ratos e aranhas e formigas e velhos tarados e escorpiões, e com porras nos lençois, porras de outros caras, que não eram eu. Quartos minúsculos como o meu, e também (imagino) infernais. Uma hora de foda por uns 50,60 reais. A apatia na cara delas me brochava, meu pau não ficaria duro jamais. Mulheres sem vida, com corpos até que bem desenhados, mas rostos de fracasso e de tristeza e de tudo que possamos chamar de "lixo humano" e de "cheiro de merda" elas eram isso, prostradas, esperando clientes e respostas e dinheiro pra bancar o leite dos 2,3,4 ou 5 filhos que estavam em casa, esperando um milagre. Vi elas, aguardando, me olhando com um olhar de buceta molhada, mas falso, elas tinha a buceta seca, não me achavam bonito, ou feio, ou qualquer coisa, não me consideravam, é isso, elas não me consideravam, isso fazia a buceta secar. E meu pau não subia. Elas me chamavam, mas eu percebia a falsidade e simplesmente passava reto. Por todo lado elas estavam. Rua Aurora, Vieira de Carvalho, Avenida Liberdade, na Barão de Iguape, na Barão de Itapetininga, no Largo do Arouche, na Avenida São João, em que rolavam também uns shows nas cabines, para punheteiros dispostos a gastar 5 pratas em 25 minutos de strip. Eu já não tinha culhões pra isso, isso me fodia. Preferia ir pra casa e beber sozinho. Fiz isso e me senti digno!

Zaratustra

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