quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sinais femininos



Estava em um buteco de esquina. Pedi uma Skol, aguardava um amigo. Dei uma grande golada na breja, estava um puta sol, aquele gole me regenerou! Meu telefone tocou, era meu amigo Augusto, que eu aguardava.

- E ae Carlos? Beleza?
- Porra man beleza! E você?
- Suave... Já chegou no buteco?
- Já mano. Já peguei uma brejinha, o sol está foda né hahaha
- Hahaha saquei man. Então, vou atrasar uns 30... Meio q bati boca com a minha mina e vou atrasar uma cotinha belê?
- Porra man, termina essa porra! Sem futuro essa merda!
- Ahhh cara, eu amo ela, não tem como. Mas eu vou sim, só vou atrasar.
- Beleza cara, mas eu já vou bebendo ein hahaha
- Suave, vai aquecendo que já já chego.
- Falow Brother, abraços!

Desliguei o telefone, me irritei um pouco, mas tudo bem, estava num lugar coberto, fugia do sol e tinha uma breja e bebia... Não estava tão ruim assim né? Terminei a primeira garrafa muito rápido. Antes de pedir a segunda garrafa, saí, acendi um Marlboro vermelho. Enquanto estava fumando o cigarro, entraram no bar duas garotas lindas. Uma delas se destacou. Ruiva, com o cabelo bem vermelho mesmo, a pele bem branca. Os olhos claros, o rosto bem desenhado, assim como seu corpo, manoooo que corpo sensacional. Dei aquela fitada grande com os olhos e continuei fumando meu bang. Voltei pra mesa.

- Amigo, me vê mais uma Skol aqui!

Gritei pro garçom. Ele me trouxe a garrafa, servi mais um copo, dei outra boa golada. O sol estava realmente muito forte, aquela cerveja descia como água! A ruiva estava na mesa em frente a minha, portanto conseguia ver bem ela.

Reparei que ela ficava me olhando, passava as mãos no cabelo, sorria e dava risadas enquanto falava com a amiga, mas realmente ela não tirava os olhos de mim, era o tempo todo. Rolou até uma mordidinha nos lábios. Porra! Isso é impossível cara. Eu devia estar brisando! Mas vi que não, os sinais eram muito fortes! De acordo com a convenção social, tudo apontava que ela queria algo comigo. "Bem, eu não estou bêbado ainda, acho que consigo chegar decentemente nessa!" pensava, lembrando de todas as vezes que estava bêbado de cair e tomava foras por chegar de uma forma canalha nas mulheres.

Me levantei, fui até a mesa da ruiva. De forma bem suave e gentil, consegui chegar nela.

- Oi, com licença. - olhei pra ela nos olhos - Desculpa, não pude deixar de reparar que você estava me olhando, eu também estava te olhando... Muito prazer, meu nome é Carlos.

Ela me olhou, olhou pra amiga. Me olhou de novo.

- HAHAHAHAHAHAHA

A vagabunda riu!

- Carlos... Não!

Saí com aquela cara de bunda, cara de derrota. "Será que cheguei errado?" Fiquei pensando enquanto tomava minha (ainda) segunda breja. Mas percebi que na real ela fez de propósito, ela deu os sinais só pra me fuder. Vagabunda!

Zaratustra

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