segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Exageros



Sim sim, estou exagerando
A ideia era expor isso
Mas porra, porque não exagerar!?
A vida está boa, sim está boa
Mas falta algo
Alguma coisa pequena isso falta
A Liza se foi, isso merece um trago
E pensar que fodi com tudo, outro trago
Mas ainda estou firme
Sou uma esponja, sim sou sim
Mas estou exagerando
Preciso diminuir com essa porra
Mas continuo quebrando tudo
E no dia seguinte olho o estrago
Uns copos quebrados, garrafas
Uns pinos largados, queixo doendo
Apanhei (acho que apanhei, só pode)
E tudo gira e tudo dói
O coração dói (mais que o fígado)
E bebo, mas com cuidado
Estou exagerando, tenho que parar
Tô tentando parar, sério
Mas é difícil mesmo
Enquanto não consigo parar
Eu bebo e bebo e bebo mais
E mando, mando muito, os pinos são incontáveis
E sei que alguma hora eu paro, sei disso
Mas não agora, agora eu preciso de exageros
Eu preciso mesmo exagerar, e mandar
Tentando parar de foder tudo
Juro, juro mesmo
O dia em que eu não foder tudo, nesse dia eu paro
E fico suave, suave mesmo
No máximo uma brejinha de tarde, no domingo
E no resto da semana, suave
E paro de mandar e de beber
Mas agora, me perdoem, me perdoem mesmo
Mas preciso me auto destruir
É uma fase, juro que é só uma fase
Eu vou melhorar, sério
Mas agora não
O objetivo agora é beber mais e mandar mais e beber mais
Momento "foda-se", manja?
Eu preciso disso, mais do que preciso de comida
Então, nesse momento, não me critiquem
Preciso desses exageros, sério
E quando eu parar, quando eu parar
Eu juro que vou ficar suave, suave e te chamo pra um encontro
E beberemos uma brejinha suave
E vamos comemorar que o dia está nascendo
Não vamos mais querer morrer
O dia será lindo
Será um lindo dia, no dia em que os exageros pararem

Zaratustra

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