segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Casamento com bons drinks e o Chico



Eu havia conhecido aquela garota fazia pouco tempo. Creio que umas duas semanas, no máximo. Não vou mentir, ela era feia PRA CARALHO. Sério, uma das piores que conheci (e já conheci muitas garotas feias). O nome dela era Alessandra. Um belo nome para alguém tão feia. Ela era alta, tinha um rosto meio redondo, várias espinhas. O cabelo era de boa, assim como seus peitos. Um destaque para os peitos tem que ser feito, eram peitos bem grandes, os maiores que já havia colocado minhas mãos. Ela não tinha nada de bunda, era meio pra dentro até, e era meio estranha de corpo. Ela não era exatamente gorda, só era esquisita. Bom, eu havia acabado de sair de um relacionamento longo, ela tinha um papo bacana e seios confortantes, aí pensei "Porque não?" Saímos uma bela tarde, fomos ao cinema e o resto é história. Ficamos nos pegando na estação de Itaquera, escondido de todos. Ela me ouvia, eu ouvia ela, nos pegávamos e isso era divertido pra mim na época.

Pois bem, eu tinha um grande amigo, Renatinho, cuja irmã mais velha iria se casar. Eu estava meio receoso de ir na porra do casamento, mas aí ele me disse pra chamar a Alessandra, e, naquele momento me pareceu um rolê interessante. "Drinks, festa e se der sorte uma boa trepada no fim da noite." Eu ainda não tinha transado com a Alessandra, quando nos viámos era muito rápido, e diabos, estavamos saindo fazia umas duas semanas, tudo tem seu tempo caralho. De qualquer forma, aceitei a ideia de ir no casamento, e chamei a Alessandra, que aceitou na hora.

No dia do tal rolê, bebi umas duas cervejas, dei uma bela, bela cagada mesmo. Aquela cagada me regenerou. Me limpei, tomei um banho, passei meu melhor perfume, coloquei uma roupa social meio surrada (não costumo usar roupa social, me fode os culhões), e parti rumo a casa do meu amigo. Iamos nos encontrar lá, eu, a Alessandra e a namorada dele. Renatinho tinha uma bela namorada na época, que inclusive era amiga da Alessandra, então parecia que tudo iria correr muito bem. Pois bem, nos encontramos na casa dele.

- Carlos! Você tá lindo! Todo chique. - me disse Alessandra.
- Nossa Alê, você também está ótima! - respondi pensando que ela estava menos pior.

Ela usava um decote, que decote! Eu morreria afogado naquelas tetas, morreria feliz e de pau duro.

- Todos prontos? - perguntou Renatinho.
- Sim sim - respondi - Só espera eu pegar uma breja.
- Mas vai ter bebida lá Carlos! - me reprimiu Alessandra
- Ahhh, mas até chegar lá dá uns 40 minutos mano! E se eu ficar sóbrio, aí fudeu! - respondi já indo na cozinha pegar a porra de breja e meio puto com aquele ato de repressão.
- Beleza man, pega duas! Eu também vou bebendo! - disse Renatinho.
- Senti firmeza Brother!

Peguei as brejas, abrimos, brindamos, demos uma grande golada e fomos para a van. A porra do casamento tinha van que levava a gente, era um casamento chique, sabia que a irmã do Renatinho tinha gastado uma nota naquilo, ou o cara que tava comendo ela. De qualquer forma, parecia uma festa promissora.

Chegamos na igreja. "Puta que pariu, tem a maldita igreja antes da porra do rolê monstro!" Eu não podia ficar sóbrio, não podia. Já eram vários dias bêbado, e eu sabia que a cerimônia na igreja ia demorar uma cotinha. Fui malandro. Passei no McDonald's, comprei um refri de 500ml, joguei fora, passei na padaria, comprei uma garrafa de Brahma de 650ml. Bebi um grande gole e o resto coloquei dentro do copo do Mac. Isso me possibilitou entrar na igreja e continuar bebendo! "Caralho, eu sou uma porra de um gênio mesmo!" pensei enquanto dava goladinhas na breja de canudinho. Alessandra sacou que aquela merda não era refri, e dentro da igreja me deu esporro.

- Carlos... Carlos, você tá bebendo cerveja aí?
- E se eu estiver gata? Problems?
- Mano, a gente tá na igreja! Você não respeita nem isso!?
- Meu Deus é o alcool. Tenho que respeitar ele. Além do que, se eu ficar sóbrio vai foder tudo, porque aí vou ficar de saco cheio e querer ir embora. Agora fica de boa e assiste os caras tomando a decisão de merda de falar sim!
- Carlos Carlos, você precisa parar de beber!
- Ai ai ai carai... - resmunguei, já vendo que eu não teria futuro com aquela porra mesmo.

A cerimônia foi suave, eu ri muito na hora do sim. Me olharam estranho, mas eu dei um gole no "refri" e desencanei dos outros. Fim da cerimônia, abraçamos os noivos e fomos para a porra da festa. Eu aguardava ansioso pra ver o que teria de drinks lá. "Vodka boa? Cerva cara? Algum destilado de responsa?" Era isso que passava pela minha cabeça o tempo todo, só pensava na bebida. Mas o que me esperava, o que os bons deuses do alcool me reservaram, isso era demais pra mim.

Chegamos no local da festa. Era um puta lugar. Tinha espaço aberto, espaço fechado. No que tange às músicas, tocava de tudo, de rock a pagode, disco, techno, funk, sertanejo... E, porra, pra mim tava ótimo, eu dançava de tudo mesmo. Mas foi quando eu cheguei no bar que eu senti o que era felicidade.

- Champz, o que você tem de alcool aí?
- Cerveja, vodka e whisky.
- Man, que whisky que é?
- Red Label cara. Você vai querer?

Caralho! Que pergunta é essa porra!? Lógico que quero! Tem Red Label a vonts na porra do rolê. Sério, acho que tinha morrido, ou tava alucinando só pode! Era só pegar a porra do copo e pedir "Ou, coloca mais whisky aqui pra mim". Meus olhos, eles brilhavam de alegria e felicidade. Tinham muitas garrafas de Red Label, aquela porra não ia acabar nunca. E porra, isso me fazia feliz, isso me fez ver que o rolê estava valendo a pena! Épico!

Peguei dois copos, um pra mim e um pro Renatinho. A Alessandra era meio careta, pegou a breja (boa também, Skol), mas naquela noite eu ia de whisky, whisky até não querer mais, ia beber todo o whisky que eu merecia. Minha vida estava um lixo, tinha passado por um divórcio, estava com problemas no trabalho, na faculdade... Eu precisava de um porre decente, sem ser de vodka barata, sem ser das bebidas que me fudiam o fígado. E ali, somente ali, eu tinha a oportunidade, e ia aproveitar ela, com certeza! A felicidade me encontrou em forma de malte!

Bem, estava bebendo muito whisky, muito mesmo, e dançando com a Alessandra. Ela, só na breja, curtia também, mas na maciota. Eu estava começando a ficar realmente alterado. Meus melhores momentos na festa era quando saia pra fumar um cigarro com Renatinho. Cena épica: dois amigos fumam cigarros, bebem whisky e falam da vida. E era isso que fazíamos! E porra, estava ótimo, estava foda demais aquele rolê!

A festa rolava, quando eu, já bêbado, chamei a Alessandra pra ir pra um motel na volta. "Terminar com uma boa trepada, aí sim a noite seria épica!" pensava enquanto chamava ela. Ela ficou meio espantada, me olhou estranho. Achei que tinha exagerado, que tinha chamado ela muito cedo pra esse tipo de coisa, mas estava bêbado e o alcool me deu coragem pra fazer aquilo, e foda-se, na pior das hipóteses ela terminava comigo e resolvia meu problema de pegar aquela mina feia PRA CARALHO. Ela disse que não daria pra ir pro motel, não quis dizer o porque, e eu, como cavalheiro que sou, também não insisti muito.

Bom, fomos para a casa do Renatinho, nós quatro. Eu ia dormir na sala com a Alessandra, e ele no quarto com a namorada dele. Eu estava mesmo bêbado, muito bêbado. Acho que bebi quase uma garrafa inteira de Red Label, e só não bebi mais porque a porra da festa acabou. Mesmo assim, vim bebendo na van uma última dose, num copinho de plástico (isso é típico pra mim), e cheguei no grau na casa do Renatinho. Porra, sou homem, eu ia dormir com a Alessandra, era claro que ia tentar trepar com ela, ainda mais bêbado.

- Alê, vamos vai! - falava e beijava ela no pescoço
- Não dá!
- Como assim não dá? Você acha muito cedo?
- Não é isso... Só não dá!

Olhei pra ela. Aceitei a derrota "mais tarde vou no banheiro e bato uma e foda-se. Ela não vai me impedir de foder hoje!" pensava já muito bêbado. Eis que ela resolve mandar a real.

- Eu tô menstruada! É por isso!
- Relaxa baby, eu não tenho nojinho não!

Ela me olha espantada. Pensei que tinha dito merda, mas temos que ser honestos com nossos parceiros né?

- Mas eu tenho! - me respondeu ela.
- Ok, baby, ok. Sem forçar a barra. Boa noite flor.

Me arrumei para dormir. Aquela havia sido uma grande noite. Estava acabado. Um sono ia cair muito bem. Eis que pouco depois do boa noite, vejo ela entrando dentro do edredon. Ela pega meu pau, dá umas bombadinhas e começa a chupar. E foi uma bela chupada, gozei com gosto. E sim, ela engole, era das que engolem. Aquela chupada valeu mais do que uma boa trepada. "Ainda bem que ela estava de Chico" pensei, pouco antes de cair no sono.

Zaratustra

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