quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Conhaque e fliperama



Lembrei de quando comecei a beber de forma pesada mesmo. Acho que tinha uns 14 anos, estava na oitava série. Estudava de manhã, e tinha um amigo que adorava um fliperama. Porra, eram vinte e cinco cents a ficha. Com cinco conto você ficava o dia inteiro lá! Pois bem, esse fliper era na rua da escola. Matavamos aula, íamos lá por volta das 7, 7h30 da manhã. Ainda estava fechado, mas o dono, que nos conhecia, acordava, abria, e deixava a gente lá jogando. Depois a gente acertava tudo. Fora que ele deixava uma garrafa de conhaque Dreher em cima do balcão. "Se vocês quiserem beber!" ele dizia. Não é a coisa mais correta do mundo, mas demonstra uma certa atenção por parte dele. E bebíamos, íamos bebendo e jogando. Quando eram umas 11h da manhã já estavamos um lixo, e aí deitavamos lá dentro e dormiamos, num cantinho que tinha lá. A gente acordava umas 16h, já melhores. Acertávamos o que tinhamos gasto e íamos pra casa. Um ano inteiro fazendo isso frequentemente e nossos pais nunca descobriram nossa vida de conhaque e fliperama... Bons tempos!

Zaratustra

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