quinta-feira, 18 de abril de 2013

Gorfo no rosto e briga!



Eu tirava aquela meleca do nariz como se fosse um maldito esporte olímpico, construia pequenas bolinhas, atirava elas para o alto, na verdade sem me interessar aonde cairiam. Sim, meu dia estava realmente bem entretido, o tempo passava de forma tranquila. Senti que a vodka do dia anterior havia batido no meu estomâgo de forma implacável, sabia que ia dar uma das cagadas moles e que federiam o meu banheiro. "Coitada da empregada, coitada!" pensava, tinha pena da dona Lourdes, mas pensava nisso e corria ao banheiro, já abaixando as calças, óbvio, sentindo que aquela merda iria escapar a qualquer momento do meu cu. Foi Deus, sim, passei a acreditar em Deus por um momento, pois logo que sentei na privada não consegui segurar, e aquela merda saiu feito água, meu cu parecia umas cordas vocais, as pregas tremulavam como bandeiras em dia de muito vento, e saia aquela merda como se fosse um espirro sujo. "Ahhh, bem melhor", senti a barriga mais leve, me senti aliviado, apesar que depois desta cagada, senti uma assadura no cu pesada. Para melhorar a assadura, resolvi entrar no banho "Já que estou aqui, porque não?" E entrei no maldito banho. Meu estômago ainda chorava, mas eu sabia que merda não sairia dali. Limpei muito bem o corpo e ainda melhor o cu, para evitar qualquer tipo de assadura incômoda que iria me foder por dias e mais dias.

Estava completamente limpo e com o estômago pronto pra mais um porre. Não tinha ninguém a fim de sair naquela quinta feira a tarde, uma vez que estavam todos nos seus malditos empregos e somente eu mamando nas tetas do governo, vivendo de seguro desemprego e na maciota. Coloquei um jeans preto, uma botina meio de rock e uma camisa do Megadeth. Decidi sair de casa, rumo a um boteco qualquer que tivesse aberto e tocasse uma boa música brega.

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Andei por uns bons 20 minutos "ainda bem que limpei bem o cu, senão a assadura estaria fodida", pensava enquanto puxava aquele cigarro bem pra dentro do pulmão. Cheguei num lugar que estava tocando Amado Batista, haviam somente pessoas feias lá dentro. Percebi que ali seria um bom lugar para tomar meu porre e poder cagar mole no dia seguinte. Me sentei no balcão e fui um pouco canalha com a atendente de belo rabo que lavava copos por ali.

- Chuchu, me dá uma Skol? - pedi, sorrindo e piscando o olho direito pra ela.

Ela, emburrada, colocou a garrafa e o copo em cima da mesa, me olhando com cara de desprezo. Pensei que eu nem queria aquele rabo maravilhoso dela, estava de boa, e me servi, colocando um pouco do líquido da garrafa no copo e matando tudo numa única golada. Servi outro copo e fiquei observando o movimento no bar. Tudo parecia bem tranquilo, bem tranquilo mesmo. Passava jogo de futebol, acho que era Liga Europa, e sim, um infeliz ainda ouvia Amado Batista, acho que aquele filho da puta tinha a discografia inteira daquela merda! Mas sem estresse, bebericava minha breja e estava na maciota mesmo.

Um sujeiro mal encarado entrou no bar e sentou do meu lado no balcão. Era um cara do norte, com orelhas de abano e rosto bem feio mesmo, mas parecia bom de fígado.

- Uma dose de pinga pura! - ele exclamou, apontando pro balcão em sua frente.

A atendente de belo rabo atendeu ele, colocou uma dose de 51 pra ele, e estava menos emburrada, talvez porque ele tivesse quase dois metros de altura e fosse bombado, mesmo que fosse feio pra porra. Mas a última coisa que eu iria me importar era isso, ela que dê mole pra quem a buceta dela piscar, estava de boa. Eu bebia minha breja, ele a sua pinga e o ecossistema parecia bem heterogêneo com isso tudo, estava tranquilo com a situação toda.

Acho que aquele filho da puta estava já no seu copo de número 11, era coisa pra porra, e eu, como bebia de forma tranquila, estava na minha nona garrafa de breja. De repente, como se fosse no filme exorcista, eu vi que o grandalhão ia gorfar. De ínicio, ele colocou a mão na frente da boca... Depois ele virou em minha direção e liberou todo aquele líquido que cheirava a cachaça bem no meu rosto! O instinto me fez limpar um pouco com a língua, mas senti que isso era nojento, e que eu ia acabar gorfando também, por isso parei com esse ato degradante. Peguei um guardanapo, tentei limpar o rosto enquanto ele limpava a boca gorfada com as costas da mão. Mas não adiantou, eu estava um traste de nojento, pra sair o cheiro daquilo da minha roupa e do meu rosto demorariam dias! Sem muita conversa, me levantei, peguei ele encurvado limpando o gorfo e dei um soco potente de baixo pra cima  no seu queixo. Ele, já tonto, caiu no chão.

Foi quando ele ficou de pé que percebi a merda que eu havia feito. Aquela porra era enorme, certamente me quebraria em dois, fácil fácil... Me praparei para o pior. Ele segurou minha cabeça e começou a me socar no nariz de forma bem violenta. Já no terceiro soco eu senti a minha veia nasal estourar, e no quarto soco o sangue chegou na boca e pude apreciar seu sabor. Depois de apanhar muito na cara, consegui me desvencilhar dele, e como um ninja lhe disparava socos no estômago e esquivava os golpes dele. Mas parecia que por mais que eu batesse nele, nada fazia efeito. Tive azar de ele acertar dois socos certeiros no meu estômago. Senti o sangue subir, passando pela minha garganta e sendo cuspido por mim no chão daquele bar brega, que aliás, agora, tocava Waldick Soriano. "Desisto, vou morrer assim" pensei e tentei escapar. Mas o grandalhão me segurou pelas pernas, me derrubou no chão. Estava de bruços, achei que aquela porra ia me estuprar, e sim, eu sei que meu cu não ia sobreviver depois de um estupro daquele. Mas ele resolveu socar minhas costas. Eu ainda cuspia sangue quando consegui rastejar pro lado de fora do bar. Caí como um saco de bosta na calçada, achei que ele ia me pegar de novo, e estava certo, mas uma voz salvadora me ajudou.

- Deixe ele pra lá, continue bebendo!

Era a atendente do rabo bonito. Ela havia me salvado, com certeza. O grandalhão pediu mais uma dose de cachaça e me deixou fugir, ao menos minha dignidade ainda estava intacta, meu cu ele não tinha comido e pra mim estava bom assim.

Me arrastei na calçada até o fim do quarteirão, deixando um rastro de sangue, vindo do meu estômago e dos meus dentes, que sangravam mais do que mulheres de chico. Com muito esforço me levantei, consegui andar com muito sacríficio de volta pra casa. Entrei, tomei outro banho, estava realmente fodido! Não parava de cuspir sangue! Abri a geladeira, peguei uma breja, engoli rapidamente, senti o gorfo vir, mas senti alívio nos dentes "ao menos os dentes parecem melhores" pensei e bebia mais. O que me recordo depois disso foi ter acordado no meu sofá todo ensanguentado. Percebi que era melhor deixar as pessoas gorfarem em mim daquele momento em diante.

Zaratustra

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