domingo, 21 de abril de 2013

A asiática e a punhetinha em público



Eu tossia pra caralho naquele domingo a tarde. Imaginei que era consequência dos dois maços de cigarros diários que eu fumava há cerca de dez anos. Sim, eu havia chego nos 30 e ainda estava solteiro, filhos muito menos, graças a Deus, porque eu sabia que os meus filhos seriam piores do que eu sou, e isso me deixaria mais deprimido do que eu estava naquela tarde de domingo. Apesar de toda a tosse e de estar cuspindo sangue (talvez pelas drogas, mas isso é outra história, nem vale a pena contar), eu permanecia fumando cigarros atrás de cigarros, sem medo das possíveis consequências à minha saúde.

O dia prosseguia um lixo, e sim, eu ainda por cima tinha que cagar mole de novo, assim como eu fazia há cerca de dez anos, sempre cagava mole, acho que eu comia muito mal e bebia muito, porque a minha merda era o meu retrato exato, não somente um pedaço de mim: suja, mole e afundando (no caso dela na água né). Caguei bem fedido naquele domingo a tarde, mas nem me preocupei com isso, acho que minha saúde ainda estava pior e acho que dos 40 eu não passava, e honestamente, não é uma cagada mole que vai me fazer parar com as merdas que eu fazia, sim, mesmo com 30 anos eu ainda não havia criado o juízo que minha mãe me disse que algum dia brotaria.

Apesar de toda tosse, decidi sair naquele domingo a tarde, sempre sozinho claro. Sim, solteiro, sem filhos, com 30 anos e sem amigos. Na verdade eu tinha amigos, mas eles me julgavam tanto que decidi abortar todo e qualquer rolê que eu fazia com eles. Além do mais, estavam todos com suas esposas, casados e cheios de filhos e faziam churrasquinhos caretas no sábado a noite e caretice me incomodava pra caralho. Preferia sair sozinho, geralmente ouvindo meu Ipod, algo bem pesado e melancólico, algo mais pro grunge, um Nirvana ou um Alice in Chains ou ainda algo mais nacional, um Los Hermanos caia bem enquanto eu andava pela paisagem cinza daquela maldita cidade chamada São Paulo. Mas nesse dia ouvia Heart-Shaped Box do Nirvana e procurava um barzinho simples na Brigadeiro, a fim de beber e beber e ver o que acontecia. Prosseguia minha caminhada e cantarolava como louco a letra da maldita música

She eyes me like a Pisces when I am weak
I've been locked inside your heart-shaped box for weeks
I've been drawn into your magnet tar pit trap
I wish I could eat your cancer when you turn black

Sim, na verdade eu queria comer o cancer das pessoas que eu gostava, mas repito, isso era outra história. Cheguei num bar que parecia atrativo. As pessoas lá ainda estavam bem pra um domingo, cerca de 17hs e o som era agradável, não tocava um Pink Floyd, mas ao menos rolava um Seu Jorge com Edi Rock, mesmo não sendo um bar de rap, enfim, me parecia um bom lugar.

Sozinho, entrei e me sentei, e claro, pedi uma Skol

- Campeão, me vê uma Skol! - pedi solicito.
- Claro parceiro, claro! - ele também foi solícito.

Minha breja chegou e minha seca de alcool acabou, assim como acaba uma transa de forma rápida com uma daquelas putas caras que te fazem gozar em cinco minutos e depois te mandam embora e ainda por cima cobram o preço de uma hora, ou seja, bebi bem rápido mesmo aquela primeira garrafa.

Assim que chegou a minha segunda garrafa, eu vi uma asiática sozinha no bar. Ela era meio gordinha, meio redonda, assim como a maioria das asiáticas, mas caralhos, eu sempre tive queda por asiáticas, e sim, me apaixonei por aquela merda assim como uma mulher se apaixona pela homem que lhe tira a virgindade, ainda mais se ele demora pra gozar. Aquele cabelo grande e liso, aquele rostinho bunitinho, o corpinho pequeno e bem desenhado (mesmo sendo meio redondo), e aquela carinha de "papai não me deixa transar", realmente me atrairam. Eu era só um cara veiaco e com a cabeça de um adolescente, então pensei que poderia sentar com ela e ver que merda que daria! E foi isso que eu fiz, me aproximei dela.

- Posso me sentar aqui? - perguntei com uma sobriedade incrível.
- Claro, tanto faz... - ela respondeu com uma displicência enorme.

Confesso que no começo apenas bebia minha breja, ela bebia algo mais forte, acho que era maria-mole. Por fim tive coragem de tentar algo, afinal, se fosse pra não tentar eu ficava em casa, batia punheta, mas nem queria bater punheta nesse dia, meus braços serviam apenas para levantar copos e garrafas e decidi que era isso que eu ia fazer daquele dia em diante!

- Cê tá bem? - eu perguntei, meio sem saber o porque eu havia perguntado.
- Tô... na verdade não. Tô fudida, por isso estou aqui bebendo maria-mole! 
- Como que você chama?
- Nati... E você?
- Meu nome é Carlos, prazer... Que que aconteceu Nati?
- Ahhh, problemas com a família, trabalho... Acho que meu pai me odeia, não nos damos nada bem sabe? Tá tudo muito foda e difícil de encarar!
- Saquei! - eu disse, já visando seu problema com o pai, uma vez que toda mulher que tem problema com os pais acaba sendo uma transa fácil - mas não fique assim! Ao menos você tem alguém pra beber agora! - levantei meu copo de breja e dei um sorriso. Ela sorriu de volta, e sim, isso me deu esperanças com ela.

Prosseguiamos bebendo bastante, eu nas brejas e ela nas marias-moles. Começamos a conversar, ela gostava de grunge e de literatura marginal, e sim, me apaixonei ainda mais por ela e me sentia bem por isso. Discutimos Bukowski e Dostoievski principalmente, mas ela tinha uma paixão platônica por Kafka e acabei falando um pouco dele com ela.

Ela já bem bêbada, eu também, ela senta do meu lado. Que fique claro que não haviamos nos beijado ainda! O bar estava cheio, já eram cerca de 19hs, e o pessoal começava a chegar depois dos rolês monstros de sábado para se manterem bêbados. Ela meteu a mão nas minhas calças jeans, abriu o zíper, levantou a cueca, e de forma reservada começou a me masturbar. Mantive o silêncio, na verdade estava com medo que alguém visse, devem ter visto, mas nem falaram nada. Eu fazia caras e bocas, e ela nem perto do meu pescoço chegava. Não entendia a atitude dela, mas me deixava levar, e sim, ela tinha uma força na mão esquerda que era descomunal! Bombeava meu pau como se fosse uma maldita lâmpada mágica, com vontade de que saisse um gênio dali, apesar que ela sabia que sairia no máximo porra, e sim, isso aconteceu, cerca de dez minutos depois que ela começou. Juro que avisei ela

- Eu vou gozar! Vou gozar porra!

Ela não respondeu, ela queria isso. Gozei na mão dela. Ela, com a mão direita, guardou meu pau debaixo da cueca de novo. A mão esquerda, cheia de porra, ela lambeu como se aquilo fosse mais uma dose de maria-mole, não deixou rastros daquele líquido branco e pastoso. Foi sensacional! 

Sem que eu pudesse falar ou tentar alguma coisa, ela se levantou, pagou sua conta e foi embora, sem nem ao menos se despedir de mim... Mas a tarde havia valido a pena, eu sabia que nunca mais ia dar essa sorte. Resolvi ficar por ali, bebendo brejas e sentindo meu pau mole e anestesiado por aquela punheta em público que havia melhorado meu dia!

Zaratustra

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