quinta-feira, 11 de abril de 2013

Transa com a mulher em apagão



Era uma maldita quinta-feira em que eu estava entediado em casa. Não tinha nem ânimo pra beber, muito menos pra fumar. Simplesmente assistia qualquer merda na TV (acho que era futebol, sempre vejo futebol quando nao quero pensar). Meu telefone tocou, atendi com a esperança de um jovem virgem quando vê os peitos da sua namorada de quinze anos e acha que vai alcançar a buceta.

- Opa e aí Renatinho!
- Fala Carlos, beleza?
- Beleza mano, beleza... Que que cê manda?
- Esquema! Hahahaha brinks brinks... Mas na real queria ir pegar um esquema. Vamos?
- Claro! - disse entusiasmado.
- Me encontra no lugar de sempre.

Coloquei uma roupa qualquer e fui correndo ao ponto de encontro. O esquema seria todo pra ele. Ele estava com 100 reais nesse dia, disse que precisava de droga pros rolês de sexta e sábado. Eu iria só fazer companhia. Chegamos no tal lugar marcado, fomos direto na biqueira. Encontramos lá um outro amigo (isso é recorrente pra viciados como nós hahaha), era o Alberto, conhecido como Beto.

- Porra Beto, e aí?! - dei um abraço efusivo.
- Carlos, o louco! Como cê tá mano? Suave? - ele retribuiu o abraço.
- E ai mano, beleza? - Renatinho foi mais frio e só deu um aperto de mão.

Eu era mais porra louca, chegava em todos cumprimentando e abraçando e estava de boa nisso, talvez fosse um cara mais efusivo. Falamos com Beto que íamos comprar umas paradas, mas ele disse que tinha achado um outro pico, que a parada de lá era melhor. "Oras, compremos de lá porra!" pensei.

- Só que lá tenho que ir sozinho... Quantos que vocês precisam? - ele perguntou
- Precisamos de 15g.

Beto nos olhou perplexo. 15g era coisa pra caralho, entendi o motivo do susto dele.

- Cara, se a policía me pega com 7g já sou preso... Imagina com 15! Cês tão loucos!
- Mas precisamos mano! É pra dois, se pá três dias de rolês! - Renatinho já acendia seu cigarro atônito, enquanto eu falava com Beto. - Ajuda nóis aí irmão!
- Beleza, mas se der merda eu entrego você Carlos! Foda-se!
- Relaxa, coloca meu nome na boca da porra do sapo, tô de boas mano!

Beto se ausentou, com malditos 100 reais no bolso. Ficamos aguardando, eu e Renatinho. A demora de Beto nos incomodava, mas tentávamos passar tranquilidade. Enfim, depois de longos 30 minutos eu vi ele descendo o morro. "Ao menos vivo ele tá" pensei aliviado. Ele chegou bem próximo e disse.

- Quem vai levar a parada?
- Cê leva Carlos? - Renatinho me perguntou com cara de medo.
- Eu levo! Suave! - respondi solícito.

Beto me entregou um maço de cigarros, era daquele cigarro Red, paraguaio, mas dentro do maço haviam 15g de cocaína. Uma quantidade que daria tráfico, no mínimo, eu ficaria com a minha ficha suja pra sempre, se me pegassem, mas estava de boa.

Nos despedimos de Beto, eu e Renatinho acendemos um cigarro e fomos tranquilos pra casa (ao menos eu fui tranquilo).

Em casa, resolvemos experimentar a parada nova. Mas antes, íamos chamar a garota mais doida da cidade. Seu nome era Letícia, era linda, corpo escultural, bela bunda e seios na medida (o que mais uma mulher precisa ter né?) e curtia beber muito. Na real, qualquer homem comeria ela, mas ali entre amigos ela sempre se fazia de difícil. Anyway, chamamos ela como amigos mesmo, porque sabiamos que ela curtia mandar um esquema pra fuça, até o fim do nariz.

Ela chegou, e chegou causando.

- Cadê a vodka caralho!? - ela gritou
- Cê tá bêbada né Letícia? - eu perguntei já sabendo a resposta.
- Nem nem, tô suave - ela mentiu (que é o que os bêbados fazem!)

Montei três carreiras das gordas. Mandamos. Eu bebia devagar, Renatinho também, e ainda tinha um outro amigo, o Augusto, que bebia só brejas. Mas a Letícia estava alterada, ela bebia sem parar o tempo todo, e isso preocupava a todos. Diabos, ela sempre bebeu bem, mas naquele dia havia algo errado.

Não sei se a droga era forte demais, ou se a vodka bateu errado, mas a Letícia precisava da ajuda do Augusto pra ir no banheiro, e porra, nunca havia visto ela daquele jeito. Eu estava de boa, bebia a vodka, cheirava minha parada, mas como sempre fiz. Meus efeitos colaterais eram ficar de pé e fazer um monte de planos (me sentia o maldito super-homem) e Renatinho também. Só nela que havia batido errada a tal da parada, que aliás, era amarela, só por curiosidade.

Mandamos 1.5g sozinhos, eu precisava de mais, porra, eu sempre preciso de mais, que caralhos! E Leticia também, e Renatinho também e caralhos, quem em sã consciência ia dizer "estou cheio" e perder aquela parada monstra daquela biqueira nova. Eu tinha ainda muitos cigarros e ao menos 5 garrafas de vodka. A noite seguia muito bem, eu estava bêbado e cheirado e não precisava de mais nada pra tornar a noite mais agradável, estava bem feliz, acho que eu tinha descoberto como compensar ausência de família e de felicidade, mas a noite é uma criança e me reservava coisa pra porra.

Leticia estava alterada. Já tinha ido ao menos umas 2.2g entre nós três e as doses de vodka, isso não consegui contar, sim, não consegui, porque aquela puta bebia como uma esponja, eu só via ela empilhar a garrafa vazia e abrir outra, acho que pelo menos umas 8 doses de vodka pura aquela porra tinha tomado, e eu não controlava, "não sou o pai dela caralhos!" pensava e bebia na maciota, Renatinho também, ele só bebia breja na real.

Num determinado momento, Letícia partiu pra cima de mim. Sei que ela pediu pra eu colocar as mãos nos peitos dela e diabos de novo, "seu desejo é uma ordem!" pensei, já colocando as mãos, vindo de baixo e indo pros mamilos e brincando com os mamilos. Fomos pro meu quarto, tentamos transar, estava foda, (literalmente hahahaha) mas sim, meti meu pau lá dentro e bombeei um pouco, isso contava. Paramos, mandamos mais uma carreira e tentamos de novo, mas aquela maldita cocaína não me deixava gozar. Sei que transamos mesmo por uns 10 minutos. Renatinho e Augusto ficavam longe de tudo e me davam a chance de uma boa foda.

Ela ainda bebia feito uma esponja. Lembro na última linha, ela não ficava de pé hahahaha, a minha eu mandei de bouas. Ela cambaleava na cadeira, e eu puto.

- Não vai espirrar sua puta do caralho!
- Relaxa relaxa, sem espirros - ela argumentava.

E realmente não espirrou. Sei que Renatinho tinha que guardar o resto pro rolê dele, de sexta e sábado, ainda haviam 8 capsúlas de 1.5g, acho que pra ele estava de boa, mas a noite já tinha válido a pena. Todos foram embora, inclusive Leticia, que eu tinha certeza que não se lembraria do que havia acontecido naquele dia, e sim, de fato não se lembrou, e ainda ficou tímida com a merda toda! Eu, eu fiquei em casa, rindo sozinho por ter o cheiro da buceta dela ainda na minha mão (culpa de uma siririca que fiz nela) e na minha lingua (culpa de um oral que fiz nela). Sabia que não ia dormir mesmo, lavei a louça, limpei a casa e fiquei vendo futebol na TV (que é o que assisto quando não quero pensar) e sim, não queria pensar em nada naquela hora a não ser na buceta da Letícia!

Zaratustra

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