quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Um cara foda (Parte 1)



Não bastava o que muitas vezes bastou, era preciso mais do que um sorriso para atrair aquela garota sensacional que media cerca de 1,70m e tinha belos seios e belas coxas, e bunda razoável e um rosto bonitinho também. E todos os carinhas pagavam um pau pra ela, e ficavam querendo cheirar o seu cabelo, dando desculpas do tipo "Posso sentir o seu cheirinho pra poder saber se teu shampoo é bom pra minha priminha?" Conversinha furada, e claro que ela não caia, ela era o prêmio, ela era superior a todos os carinhas da região e talvez até mesmo de fora da região. Nem os maços de cigarro que ela fumava até ficar exausta deixavam ela mais feia ou pior ou com o cabelo fedido. Pra ela tudo estava muito bem, ela estava na crista da onda, como dizem, e ninguém poderia derrubá-la.

Seu nome era Daniella, chamada mais como Dani, e sua vida era bacaninha. Estudava publicidade, tinha um bom dinheiro e sabia curtir a vida, e bebia e fumava e às vezes, cheirava uma cocaína de leve ou fumava um baseado de leve mas sem se viciar em nada disso. Ela era mais alcoolátra do que qualquer outra coisa. Era uma raça superior, e conhecia muita gente interessante na maldita faculdade que ela frequentava, muitos carinhas legais e que se declaravam e diziam que fariam tudo por ela. Mas infelizmente a vida é assim, temos que aprender que as mulheres são os nossos cachorros, se agirmos como ratos elas nos esmagam, temos que dar as ordens, e isso eles não sabiam. E por isso sofriam por ela, e ela ria, ela só ria, ela podia ter qualquer cara que ela quisesse. Será mesmo?

Pois bem, aí que nessa mesma faculdade tinha um carinha comum, ele não era mais bonito, nem mais pauzudo, nem tinha mais dinheiro do que os outros carinhas. Era tranquilo, mas demosntrava muita segurança em tudo o que fazia, era um cara mesmo bem confiante. Sociável e acima de tudo com certeza das coisas que ele queria. "Evolução pessoal é outra coisa" ele sempre pensava nisso e ria, afinal a vida é como um video-game, se algo dá errado você simplesmente aperta o start e recomeça sem chororô nem mimimi. E era isso que ele fazia, inclusive com as garotas. Se uma desse errado, ok, ele sabia que tinha várias outras que ele poderia ficar e que a que não quis nada se arrependeria profundamente, ou não, isso faria diferença mesmo? Claro que não! E acreditem que ele conseguiu contornar Dani logo na primeira vez em que se encontraram. Ele estava tranquilo, olhava o quadro de anúncios da faculdade, sem se preocupar muito, um cara quando é seguro de si não demonstra estar preocupado com as coisas, ele simplesmente está sempre transmitindo boas energias.

- Oi - ele disse.
- Oi - ela disse.
- Cê faz que curso? - ele perguntou
- Publicidade, e você? - ela retrucou a pergunta
- Faço engenharia...
- Legal.
- Tenho que ir agora, até mais - ele disse e se virou, saindo sem pressa.

Por Deus, acreditem, ela ficou encucada com isso tudo. Ele demonstrou o que ela merecia, colocou ela no lugar dela, ou seja, ele mostrou que quem mandava na coisa era ele, e que ele era melhor do que ela. Hahahah, isso é malvado, mas seu jogo estava começando de uma maneira sensacional. Acreditem, ele pegaria aquela garota algum dia. Aliás, seu nome era Luis, sim, esse era o nome da vitória, Luis. O cara que trata as mulheres como devem ser tratadas.

Zaratustra

Nenhum comentário:

Postar um comentário