quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O ultimato de Carlinha ("Não vai rolar!")



Uma pincelada de felicidade correu por aquela tela branca, e os testes de psicologia que eu estava aprendendo pra comer mulheres estavam sim fazendo efeito. Tinha algumas aos meus pés, outras eu não tinha nem perto dos meus pés, sim, assim é a vida, se ganhamos num dia, perdemos no outro, mas hey, não podemos nos abalar por causa disso! Se uma mulher você não pode ter, ao menos umas outras vinte você tem pra escolher, e sim, com certeza alguma delas será mais foda do que essa que não te quer, mais bonita, mais inteligente e com um futuro ainda mais promissor. Não desista de insistir, e sim, aguente meus otimismos neste momento, aguente sim, é tudo o que eu tenho, e graças a ele as coisas estão caminhando um pouco melhor do que sempre caminharam. Foda-se se você não gosta, foda-se se isso te incomoda, eu queria era mais de tudo, e mais da vida.

Uma pincelada de felicidade correu por aquela tela branca, e as mulheres eram somente mais uma consequência de uma série de consequências boas que a mudança radical de vida havia me proporcionado. Nem as luzes apagadas do quarto, nem a garrafa de vodka que estava já mofando na minha geladeira havia quase dois meses, e nem o fato de a muito tempo eu não comer fast-food, nem nada disso me abalava. Porque eu iria me abalar por alguém como a Carlinha? Não, não valia a pena colocar tudo a perder por causa do ultimato dela... Doeu ouvir aquilo, mas ao menos ela foi direta "Olha, não vai rolar!" Ela me disse olhando bem nos meus olhos. Na hora bateu algo, mas depois relaxei, pensei que precisava ainda conseguir coisa pra caralho, como evoluir a minha meditação ou praticar telecinésia. Prometi que essa seria a última vez que eu falaria dela. Deitei e dormi muito bem.

Zaratustra

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