segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Uma luta sem vencedores



Com um pouco de dificuldades ainda era permitido olhar e sentir as coisas que me rodeavam. Não, eu não estava nada certo, isso com certeza que não, mas no fim o certo e o errado acabavam sendo a mesma coisa, o mesmo tom das coisas, o mesmo lance... sacou? Se sim parabéns, caso contrário sinto muito. E quanto mais eu saia, menos eu queria sair, quanto mais eu dormia, menos eu queria dormir, e quanto mais eu bebia, mais e mais eu queria beber. Sim, tudo estava demasiado fodido. A falta de palavrões no meu texto me incomodava (mais do que a falta de sentido das frases, sempre inconstantes claro), mas nada mais me irritava, ou me irritou como aquela situação de merda. Porra, não seria muito mais fácil se isso me fosse encaminhado por email com pelo menos uns 2 anos de antecedência!? Com certeza, mas a vida me fode, sim, ela me rasga os culhões, eu e ela sempre brigamos e eu sempre perdi, mas sempre mesmo! O máximo que consigo é dar umas porradinhas de leve no rosto dela enquanto ela arrota na minha cara. Merda. Estou sozinho numa luta sem vencedores, e a única coisa que me resta é ver o mundo ruir na minha frente e tentar escrever alguma coisa pra me manter sóbrio da bebida e anestesiado da realidade, que nesse caso é cruel.

Zaratustra

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