terça-feira, 15 de abril de 2014

Nada demais, nada demais



Um fígado surrado
umas roupas velhas
um pouco de atenção
mais um pouco de compreensão
E honestidade
E drinks baratos
e uns dotes culinários
e um pouco de aventura

Perfeição não existe
Mas entenda
(acho que você entendeu)
Eu não tenho nada demais
agora se deite comigo
no meu ombro, de
mansinho
Isso
Agora eu lhe dou um beijo
na testa e aliso
seus cabelos
E você sorri
timidamente
E fechamos os olhos
e suspiramos
E cada suspiro é um começo
de algo que vamos viver
eternamente
Mesmo que não seja
eterno

Se coloque nessa estrada
eu não tenho nada demais
Agora fique quietinha
feche seus olhos que
eu fecharei os meus
Durma comigo
abraçados
Mesmo que eu não
tenha
Nada demais

Carlos Reis

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