domingo, 15 de dezembro de 2013

Restos de uma sexta



Acordei na porta da Zurich Seguros. A ressaca era minha amiga. Não sei como havia chego ali. Virei pra direita, peguei a Peixoto Gomide, fui subindo com os braços cruzados, tremendo de frio. As pessoas me olhavam e me julgavam. Eu só ria. O alcoolismo não é fácil. É um estilo de vida. Pensava na minha vodka. Com esforço, cheguei na Paulista. Virei à direita. Me senti vivo. Me senti feliz. O caos me atraia. O barulho dos carros, era meu silêncio. Eu amei, mas agora não amo mais. Perdi meus cigarros, mas entrei no metrô Consolação, junto aos nóias, que cheiravam cocaina às 8h da manhã.

Eu juro que, se eu fosse um nóia, moraria na rua, beberia corote, não teria ninguém e morreria cedo.

Zaratustra

Nenhum comentário:

Postar um comentário