sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Uma mamãe com a boceta ainda firme



Eu não transava haviam alguns anos, acho que uns 4 anos, isso, no mínimo eram quatro anos que eu não metia. Nem batia mais muita punheta, eu estava nessaa altura com 57 anos, estava começando a me tranquilizar com esse lance de sexo, bem contrário de quando eu era jovem, de quando eu comia uma mulher por mês (exagero? talvez) e a vida era bem mais interessante. Mas agora com 57 anos eu tinha preguiça demais do lance do flerte, e de ser responsável por ela, e de beber socialmente. Eu ainda bebia como quando eu era moleque, sem me preocupar muito. Bebia todos os dias, fumava cigarrilhas na varandinha do meu ap e a vida estava passando bem rápido até para um velho como eu. Não me sentia tão fracassado nesse ponto, havia finalmente me tornado um bom escritor, e era adorado por todos os que se arriscavam a ler o que eu publicava, das minhas aventuras de quando era mais moleque, das drogas, do alcool e do sexo inconsequente.

Naquela tarde de 03 de agosto eu daria autógrafos na livraria Cultura, ali na região da avenida Paulista, era recém lançamento do meu último livro "Eu não morri de overdose", em que eu contava em forma de contos algumas noitadas que eu passara quando moleque, nada muito demais, mas ainda assim boas histórias, que, por Deus, era inacreditável como eu ainda havia sobrevivido à aquilo tudo. Se eu não era o super-homem, ao menos eu tinha uma boa genética e ainda conseguia beber com 57 anos. Estava sentado na mesa, bebia umas cervejas e eventualmente uns goles de vodka barata, era Balalaika e as cervejas eram Bavárias, nunca tive um paladar muito afinado, digo, refinado, isso faria minha criatividade ir para o saco, e eu teria que voltar a me sujeitar a trabalhar 12 horas por dia num emprego de merda. A grande vantagem de ser escritor é que podia acordar ao meio dia e beber sem parar, não existe profissão em que possamos fazer isso além dessa. Eu prosseguia divagando e assinando livros, quase sempre sem olhar muito para os transeuntes que me sorriam quando eu escrevia meu nome na contracapa com uma dedicatória especial e uma eventual cinza de cigarro que caia na folha. Tudo prosseguia bem, as cervejas faziam efeito, a vodka também, além de ficar bêbado, eu ia mijar bastante, e ainda tive que ir dar uma cagada de breja daquelas fedidas. Limpava o cu e voltava aos autógrafos e tudo parecia que ia se tornar somente mais um dia alcoolátra padrão pra mim.

Estava saindo da livraria, não usava carro, não tinha seguranças, simplesmente era um cidadão comum que por direito bebia todos os dias, nada além disso. Já acendia um cigarro quando rumava para o metrô quando fui parado por uma mulher. Era alta, tinha um corpo avantajado, mas com belas curvas. Cabelos enrolados e castanhos, olhos claros, lábios grossos e orelhas e nariz comuns. Um sorriso meio sem vida, as mãos gastas e um belo rabo. Parecia ter uns 35 anos, por aí, ela me abordou com aquela voz que me encheu de tesão de imediato.

- Adoro seu trabalho! - ela me disse e sorriu
- Legal, valeu.
- Como você compreende tanto as coisas? Não é possível!
- Eu não compreendo nada chuchu - eu disse, já tragando o cigarro - simplesmente bebo e as coisas parecem fazer sentido quando as jogo para o papel. Não sou nada além de um bêbado
- Sou sua maior fã - ela me disse extasiada.
- Legal, legal mesmo... Agora tenho que ir chuchu, foi um prazer.

Eu já ia embora, tragando novamente o cigarro e preparado pra pegar o cantil de vodka no bolso, quando ela me puxou pelo braço direito.

- Espere! - ela ficou queita, me olhou e disse - podíamos sair né?
- Hahaha chuchu, não pense nisso, você não me conhece, só conhece meus textos.
- Mas eles te refletem... E admiro isso
- Sim sim, mas vamos evitar um foder a vida do outro manja? Acho que não seria bacana pra ambos.

A deixei na rua e fui ao metrô, fui pra casa, bebi mais um pouco e fui escrever. Estava escrevendo um dos maiores romances de todos os tempos, e pra que ele ficasse bom eu bebia vodka durante a noite toda, na espera de que escrevesse algo decente.

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 No dia seguinte acordei com o toque infernal da campainha e com a fresta de luz que veio direto no meu olho. Praguejei por não ter fechado a janela de forma decente, deveria estar bêbado demais pra pensar nisso, sim, com certeza isso. A campainha insistia em gritar, eu simplesmente gritei "JÁ VAI CARALHO!" e ela me deu um descanso. Coloquei uma calça, acendi um cigarro e peguei uma cerveja. Abri a latinha, tomei metade numa talagada, abri a porta com uma cara fechada.

- Oi Carlos!

Era a mesma moça de ontem, sim, aquela que me parou e que queria sair comigo.

- O que você está fazendo aqui? - perguntei enfesado
- Oras, vim te ver, queria conversar com você
- Você é doente! - eu disse, e quando ia fechar a porta um gorfo me subiu pela garganta, tive que sair correndo.

Fui ao banheiro, vomitei, bebi mais brejas, vomitei mais um pouco. Limpei a boca, lavei as mãos e verifiquei minha roupa, pra ver se eu havia sujado ela. Por sorte estava intacta. Nisso, ela já estava na minha sala de estar, sentada no sofá e me aguardando.

- Você está bem? - ela me perguntou
- Sim sim, isso é comum pra mim, faço todas as manhãs, é minha rotina... É como tomar café da manhã, só que colocando comida pra fora, não pra dentro.
- Puxa, que foda ein... - ela disse e continuou me olhando com aqueles olhões enormes, como o de um porquinho da India com fome.
- Ok chuchu, agora saia daqui... Tenho muito o que fazer - eu disse, acenando com a mão pra que ela saisse.
- Me deixe ficar um pouco, por favor. Prometo que vou embora logo, só queria conversar contigo algumas coisas, entender seu mundo.
- Ok - eu disse, sabia que não ia adiantar ficar espantando ela - pode ficar, mas não muito ok chuchu? Tenho um porre pra tomar e um livro pra escrever.

Fomos na cozinha, preparei umas fatias de bacon e um queijo quente. Abri outra lata de cerveja e ela ficou ali me observando. "Por Deus, só atraio mulheres completamente insanas" ela tinha cara de maluca, começou a fazer perguntas inúteis que nem vale a pena citar, pois minhas respostas era ainda piores.

Num dado momento, quando me levantei, fui ao banheiro, mijei mais um pouco, e abri mais uma latinha de cerveja, ela foi para o meu quarto e se deitou na cama. Olhei ela ali, deitada, ainda com a calça jeans, mas já com o sutiã um pouco mais folgado. Não estava na pegada de transar, mas pensei, "Foda-se, foda-se, foda-se" E fui pra cima dela. Beijava ela já mirando com a mão esquerda na calça, desabotoando com violência. Ela me parou, me olhou séria e disse

- Peraí... Tenho um problema.
- Qual?
- Sou mãe, tenho a boceta frouxa. Tive dois filhos.
- Que nada chuchu, deixe-me ver.

Fui tateando e tateando e tateando e para mim a boceta dela era bem comum, bem padrão, não entendi o porque da preocupação dela. Senti que ainda estava bem apertada, apesar dos filhos, e que a foda seria muito boa, meu pau cortaria ela como uma faca corta um pedaço de margarina, ou seja, de forma rente e sem muitos atritos.

Metemos de forma violenta, parece que emagreci uns 4 quilos depois que gozei na cara dela, despejei muito tempo de porra acumulada. Quando terminamos ela se vestiu e foi embora, dando razão ao que eu achava desde o começo. Ela queria dar pra mim só pra dar pra mim, só pela fama de ter dado pra mim, e poder contar pras amigas dela de meia idade e divorciadas que ela havia transado com o famoso escritor Carlos Reis. Pois bem, por mim foda-se. Peguei outra garrafa de vodka, comecei a beber e voltei para a minha escrita bêbada e solitária. A madrugada seria exaustiva e com apagões, como sempre.

Zaratustra

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