domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre o espírito positivo



Amigos! Após mais um dia de trabalho, chego às tormentas de meus pensamentos. E nem tudo no mundo é morbidez e depressão. Comte já demonstra isso na sua obra "Discurso sobre o espírito positivo", em que analisamos um lado mais progressista da sociedade. A expressão "positivista", não segue obrigatoriamente o sentido de algo "bom", mas sim uma nova visão da filosofia analítica metafísica.

Pois bem. A visão positivista das coisas prega algo que quero compartilhar. Ao contrário de muitas outras correntes filosóficas, que buscam entender a "coisa em seu todo", o positivismo é simples e objetivo. Ele não quer saber da história da coisa, não quer saber como algo se tornou o que é, e nem o que essa coisa pode se tornar no futuro. Enfim, o que direi agora é uma comparação a grosso modo, mas o positivismo é parecido com o carpe diem. Ou seja, ele vive o atual e foda-se o resto. Essa visão demonstra, ao menos para mim, que ser positivo não é acreditar que o futuro será melhor, e sim que o seu presente é tão foda que você nem precisa pensar no futuro. Muito menos no passado. Sua fase atual é a melhor de sua vida, e a cada minuto que passa, sua vida vai melhorando, uma vez que o seu presente sempre supera seu passado em questão de felicidade. E o futuro, não que seja pior, mas apenas o positivista não pensa nele, pela satisfação com o presente. Confuso? Imagino que sim. Imagine uma estrada. No inicio dessa estrada, ela é esburacada, mas você está satisfeito com ela. Conforme você progride, a estrada vai melhorando, e você vai se satisfazendo mais. Assim infinitamente (ou até você morrer né???).

Outra coisa interessante no positivismo é a crença e o gosto pela sociedade. Muitas correntes filosóficas, inclusive que fui ou sou adepto, como o existencialismo e o niilismo, são críticos com a sociedade. Muitas acreditam que a sociedade é um fardo, algo maligno para a essência do ser humano. O positivismo, por outro lado, acredita que devemos nossa vida à sociedade. Não exatamente a vida, mas o que vivemos. Os objetivos conquistados que constroem simulacromaticamente o conceito de vida. Ele acredita que o homem sem a sociedade não seria nada (o que de fato faz sentido), e que devemos valorizá-la. Eu sou suspeito para falar sobre sociedade. Sou descrente. Acho que o ser humano está regredindo conforme os anos passam. Mas não posso negar que nossos objetivos conquistados se devem à maquina social. Mas contesto que a sociedade é completamente benéfica. Da mesma forma que conquistamos objetivos, conhecemos frustrações. Na mesma proporção. Na minha visão, não devemos valorizar o corpo social como responsável pela conquista dos nossos objetivos, e sim valorizar nós mesmos. Afinal, por mais que a sociedade ajude, se você não corre atrás das coisas, elas não são ganhas.

Portanto, acho que o positivismo, como toda e qualquer corrente filosófica, vem para somar conhecimento, e merece atenção. É claro que não falei tudo da obra de Comte. Citei só dois aspectos que atrairam minha atenção. Todos sabemos que uma corrente filosófica é deveras complexa para resumir em dois paragráfos, mas espero que isso tenha acrescentado algo para vocês, caros leitores.

Zaratustra

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