domingo, 20 de outubro de 2013

Apenas um texto de MERDA! (Como nos velhos tempos chuchu)



"Mestre, mestre!" Augusto era só um professor universitário que ouvia Metallica e cantava a letra da música em português (não em inglês, que eu particularmente acho muito melhor). O cigarro nos seus dedos já estava chegando naquela esponjinha marota recheada de nicotina e que deixa seus dedos amarelados durante longos períodos, por mais que você lave com muito sabão. Talvez a nicotina fosse do próprio cigarro. Talvez não. Isso realmente importa pra um professor universitário? Acho que não, uma vez que ele não trabalha numa fábrica de cigarros e não está estudando sobre cigarros na Souza Cruz. O fato é que o cigarro acabava e já se sentia aquele cheiro característico de um cadáver (mesmo que no momento Augusto estivesse vivo... ainda). O cadáver era de Augusto, sim, ele estava vivo, mas já não se sentia mais como antes, não tinha vigor muito menos ânimo. Tudo o que ele queria fazer pra vida dele era ficar em casa lendo os geniais Bukowski, Schopenhauer, Nietzsche, Spinoza, Mailer, Thompson e quem mais desse ideias pra que ele morresse. Cogitou a ideia da corda, sempre a corda, acho que é mesmo a melhor forma de suicídio, uma vez que Augusto já emagrecera muito por causa da cocaína diária, certamente a corda não arrebentaria!

Ok, não dá pra enrolar um texto demais, e eu tenho muitos problemas pra contar as minhas histórias, uma vez que eu tenho muita preguiça de escrever os diálogos. Caralhos, é muito ruim ter que improvisar as coisas que as pessoas falarão na sua história, uma vez que tem que incorporar o personagem por completo, tentar entender o que ele pensa e como ele soltaria as palavras no convívio social com outros personagens que também tem personalidade própria. É foda. Enfim, ganhei mais algumas linhas explicando o porque eu gosto de enrolar meus textos, não digo que goste de enrolar eles, as coisas simplesmente ficam mais fáceis... chuchu. Augusto estava num dia ruim enquanto ouvia Metallica. Vou colocar ele sozinho, uma vez que ele era um cara sozinho e assim não terei diálogos maçantes nas minhas linhas e nas linhas de Augusto (não as de cocaína, que fique claro aqui). A solidão muitas vezes é melhor do que qualquer compania, e nosso herói sabia disso. Na verdade não, na verdade ele mentia pra caralho pra si mesmo todos os dias, tentando acreditar que estava tudo bem. Mas como ele iria aguentar viver numa sociedade em que ser funkeiro é qualidade e não demérito. Em que as mulheres tratam os homens como lixo e ainda reclamam quando um canalha não liga pra elas no dia seguinte à foda. A vontade de sair na rua e matar todo mundo era grande demais em Augusto, ou ainda, ir num cinema ou num parque de diversões, pra história ficar mais dramática e melhor contada. Mas isso ele não poderia fazer, uma vez que iria pra vala ou pra cadeia (ou pra cadeia e depois pra vala). Então ele tinha que se segurar enquanto poderia, já não tinha muitas cartas na manga e certamente ainda demoraria pra que ele interpretasse a juventude atual como "correta", ou nunca, aliás, certeza que nunca, ele morreria antes. Talvez a morte fosse a resposta que ele buscasse.

Foda-se, este foi apenas um texto enfadonho que escrevi enquanto cagava na cara da sociedade atual e me limpava com jornais de notícias sobre estupros e assassinatos.

Zaratustra

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