quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O homem virtuoso e o homem vicioso



Num certo dia, se encontraram entre os muros de concreto da cidade grande dois indivíduos. Um dele muito virtuoso. O outro extremamente vicioso. Pois bem, assim correu o diálogo:

- Hei homem virtuoso, seu filho da puta! Como você vai meu velho?
- Estou muito bem, obrigado. E você homem vicioso, como vai?
- Tranquilão. E aí levando a vida muito a sério?
- Sim, sempre! Faz parte da minha virtude buscar a progressão das coisas. Entender que o altruísmo, a gentileza e a benevolência não são meras opções, e sim obrigações! E você, ainda com muitos vícios?
- Sabe como é mano. To só me destruindo, destruindo os outros, o de sempre. Pra não perder o costume, estou indo num rolê ali, trair minha namorada, injetar uma parada e depois vou roubar uma lojinha, só pelo prazer de ver o sofrimento alheio. E aí, vamos?
- Muito obrigado, mas eu recuso a sua oferta. De qualquer forma, lhe desejo toda a sorte do mundo nos seus atos nocivos.
- Tá certo mano. Abraços!

E assim cada um seguiu o seu caminho, o mundo continuou girando e a moral da história é: independente do que façamos, nada vai mudar! A máquina continuará vazia, e o nada sempre será nossa realidade!

Zaratustra

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