segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A qualidade de vida (2008)



Estava revirando algumas coisas antigas em casa e encontrei um texto que escrevi em 2008, que fazia parte de um projeto meu com textos sobre os mais variados assuntos (que é o que acabei fazendo aqui neste humilde blog). Não está em um nível de perfeição, mas ainda existe uma coerência no que está sendo dito. Segue texto na íntegra abaixo.

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Vários axiomas já foram delineados pelas diversas áreas da ciência humana para determinar o que é qualidade de vida. Na verdade, o que é já está a grosso modo concensuando pela maioria. A discussão se esquenta para determinar quando acontece a qualidade de vida.

Tomando como base a sociedade atual, regida pelo crescente capitalismo, a qualidade de vida está diretamente atrelada à obtenção de capital, que é o meio utilizado para ter os bens materiais. Esses bens são os responsáveis pelo conforto do indíviduo, como por exemplo, um carro ou uma casa. Quanto mais conforto um bem trás, mais capital é necessário para obtê-lo. Ora, já está claro para a sociedade que um ser humano confortável é mais feliz que um desconfortável. Pensando assim, a felicidade que esses bens trazem, proporcionam mais momentos de alegria, gerando uma maior vontade de fazer as coisas e se relacionar com outros indíviduos. Esses são os itens necessários para a qualidade de vida existir.

Mas então está óbvio? Não. Partindo para um lado sociológico, estudos indicam que a população com menos de dez salários mínimos mensais, é mais feliz do que os com mais de dez salários mínimos mensais. Isso ocorre, porque para a obtenção de capital, é necessário dar em troca a mão-de-obra. Para os cargos que pagam melhor, a carga de trabalho é menor, mas a responsabilidade é maior, gerando assim níveis de mais elevados de estresse. E esse estresse influi em tudo, desde família à saúde, causando o desmoronamento da estrutura de um casamento (consequentemente do psicológico dos filhos) e doenças como gastrites, úlceras e enxaquecas.

Portanto, após explanadas as lacunas, chego à seguinte conclusão: o maior conforto que existe na vida, é a tranquilidade de espiríto.

Zaratustra

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