segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Afetos, afetos, afetos!




Ahhh, malditos sejam os que vivem na era do vazio. Uma era em que ninguém se importa com ninguém, em que a vaidade prevalece, em que os afetos são vazios!
Os afetos, como sentimos falta dos nossos afetos, que antigamente existiam aos montes! Hoje em dia ninguém confia em ninguém, e as pessoas estão cada dia mais solitárias!
E o pior é que as pessoas pensam que tem amigos! HAHAHAHA Eles não entendem que esses amigos, assim que tivessem a oportunidade de foder com eles, foderiam facilmente!

Ahhhh malditos sejam os afetos atuais, que de nada servem. Prefiro ter várias rochas ao meu lado, rochas, isso mesmo, rochas, daquelas que estão mortas mesmo, as inanimadas, do que me cercar de pessoas vazias, interesseiras, que sei que não tem afeto por mim!
Que morram as pessoas, como eu tenho nojo das pessoas, malditos seres humanos!
Vou me trancar, com as minhas pedras, chamá-las de amigas, partilhar segredos, revelar frustrações... Sei que o carinho delas é mais sincero do que do ser humano!

Ahhhh malditas sejam as pessoas que habitam esse lugar! Como eu gostaria, como eu iria amar, se a teoria do fim do mundo fosse concretizada. Como eu desejo que tudo fosse limpo!
Aos que acham que eu tenho medo da morte, aos que acham que me afugenta a sensação de me perder no tempo e espaço, que me aguardem no inferno!
E se o mundo estiver acabando, estarei sentado, com uma garrafa de whisky numa mão, um maço de cigarros no bolso e me sentirei espectador da limpeza, a limpeza daquilo que um dia se designaram afetos, mas que na verdade são apenas merda materializada em carne e osso!


Zaratustra

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